I Just Want to Kill You!

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– Meu Deus Todo Poderoso, não faça nada de mal acontecer comigo. – pedi, com o coração a mil.

E depois vi um rosto aparecer de trás da cortina de uma das camas.

Ah, se eu mato...

– Ei, o que faz acordada? – sussurrou, com um sorriso maroto no rosto.

– Eu estava indo dormir. – respondi com naturalidade. – Graças a você, mudei de ideia. Agora vou te matar!

Me abaixei e me enfiei em sua cama – mais para cima dele – e tentei atingi-lo. Já pensei seriamente em fazer aulas de karatê apenas para ficar mais forte que ele.

– Ninguém manda ir ao cinema para assistir a um filme de terror em 3D. – provocou, segurando meus pulsos enquanto eu me debatia, tentando não acordar a pessoa acima de nós.

– O que eu assisti não se relaciona ao que você fez. – grunhi, entre dentes. Ah, como eu queria poder gritar. – Sabe que eu me assustaria com isso. – fechei a cara. A pouca claridade que vinha da noite escura nos iluminava quase nada, apesar disso era o suficiente para enxergar alguma coisa das expressões um do outro.

– Sabe que eu não faria mal a você. – falou, e eu baixei a minha guarda. Só um pouquinho. – Não quero que as Dreamers me odeiem por ser o responsável de deixar a queridinha delas traumatizada.

– Não foi isso o que pareceu! E se eu quisesse que elas te odiassem, isso aconteceria. – sussurrei, áspera. – Você não presta!

– Aposto que as 5SOSFam acham o contrário.

Controlei a minha respiração, que já estava se alterando por estar naquela cama que não foi feita para duas pessoas.

– Estou adorando a nossa situação.

Arregalei os olhos. Agora que percebi estar em cima de seu corpo e com as pernas em cada lado dele. Ou seja, ele estava entre elas.

– Você. É. Um. Pervertido. – tentei afetá-lo, ou ao menos deixá-lo com raiva. Mesmo sabendo que não seria assim. – Eu queria tanto que suas fãs soubessem.

A ameaça era evidente em minha voz.

– Elas gostariam mais ainda. – sorriu. Maldito sorriso lindo! – Afinal, sou homem.

Cansada disso, tentei sair. Só tem uma coisa: me esqueci de que o “teto” de seu pequeno espaço estava a curtos centímetros de minha cabeça. Consequentemente bati ali com força. Au.

Abaixei um pouco a cabeça, soltando alguns palavrões baixinho.

– Ei, machucou? – sussurrou, segurando meu rosto em sua mão.

Estava pronta para rebater. Contudo me vi presa ao seu olhar. As minhas estruturas desabaram por completo por um momento. Meu cérebro estava obedecendo meu coração, ao invés de o papel estar invertido. Não, não, não!

Minha nossa, seus lábios estavam tão perto! Portanto não seria eu a dar o braço a torcer. Mesmo que cada partícula residente em meu corpo implorasse para que eu os tomasse de uma vez e acabar com isso. Minha mão, sem meu comando, foi parar em seu rosto. Senti um leve choque quando ele escorregou sua mão para o meu quadril.

Quando...

Uma forte luz era apontada para nós, e olhamos para ela, surpresa. Era Calum.

– O que estão fazendo? – perguntou, confuso. Depois seu rosto se clareou antes mesmo de esperar uma resposta. – Ah, entendi. Vou deixá-los a sós.

Puta que pariu!

– Não! – protestei num tom não alto. Me joguei para fora dali, caindo nos pés do meu amigo. Ele me ajudou a levantar. – Que porra, só tentei matá-lo por me assustar. – esclareci, tentando apagar seu sorriso malicioso.

As faces do amor (5SOS - Ashton Irwin)Onde histórias criam vida. Descubra agora