Eu e os Romances Clichês

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Antes de começar livro, e esse capítulo principalmente, preciso apresentar dois conceitos que considero cruciais para o pleno entendimento desse capítulo/livro. Pelo título que dei ao capítulo você pode imaginar quais são eles, além de falar sobre, vou contar para você quais suas ligações.
O primeiro dele é talvez o principal e um dos mais importantes do livro: Romances Clichês. De acordo com o dicionário da minha irmã (que está sem capa e quase destroçado, por isso não posso dar os devidos créditos) a palavra romance possui o seguinte significado:
ROMANCE: s.m. Novela; História Fabulosa; História Amorosa; (Filol) as línguas românicas ou neolatinas
Enquanto a palavra clichê:
CLICHÊ: s.m. Chapa metálica onde está reproduzida em relevo uma imagem destinada à impressão; Chapa fotográfica negativa; frase ou expressão muito repetida, lugar-comum.
Os romances clichês então nada mais são do que chapas metálicas com escritos nas línguas românicas (humor). Na verdade, eles são histórias amorosas que tem uma fórmula muito repetida, com isso quero dizer: a nerd acaba com o popular, a mocinha com o mocinho e por aí vai. Aquela coisa que dizem ser muito agua com açúcar, as famosas comédias românticas. A questão que quero apresentar aos que criticam esse gênero é que: só ele é clichê?  Como uma defensora dos romances, quero falar que existem romances não clichês, assim como existem outros gêneros que são extremamente clichês. Na minha humilde opinião, as pessoas que odeiam os romances não suportam ver a felicidade alheia, são mentes fechadas, que planejam tudo e odeiam quando algo os obriga mudar de planos, desculpa se ofendi alguém, mas para mim é isso.
A vida também é muito clichê, tudo é muito previsível, só ignoramos esse fato ou esquecemos dele. E por conta disso, quando acontece algo que fogem dessa previsibilidade, ficamos surpreendidos. Claro que existem coisas absurdas que claramente não podem acontecer, mas nada te impede de viver um clichê de cinema. Além de você mesmo. Se você coloca na cabeça que é impossível acontecer aquilo com você, acredite a vida vai te fazer pagar língua, uma hora ou outra, de alguma forma. Acho que é por isso que vejo tanta graça nesse gênero já que se você pega o gênero de fantasia ou ação fica meio impossível de ser real, não julgando quem gosta deles, mas você não tem o menor direito de falar que romances clichês são fantasiosos.
O outro conceito que considero crucial, sou eu mesma, Cris Torres. Não sou tão egocêntrica assim, mas realmente sou importante para esse livro. Qual a minha importância? Simples. A minha importância na história que vou contar é por que eu vivi ela, e também dou minha opinião ao longo de todo o livro (não sei se já percebeu). São as coisas que possivelmente eu faria diferente, coisas que eu guardei somente para mim ou então só a minha experiência no assunto. É como se fosse um diário, mas não é para tanto. Na realidade, meu nome é Maria Cristina e tenho 16 anos (ao menos nesse momento que estou escrevendo e relendo). O nome não condiz com a idade, mas combina com minha personalidade de tia. Mas prefiro meus diversos apelidos, com Cris, Cristina, Tina, Tininha e outras variações. Também existem aqueles apelidos carinhoso que meus amigos insistem que combinam comigo como trouxa, iludida, tapada, etc. Você deve pensar que minha idade talvez não ajude em nada também pelo fato de ser uma adolescente escrevendo sobre isso. Confesso que seja um pouco precipitado da minha parte, mas não pense que só pelo fato de ser uma adolescente, eu não seja madura o suficiente para expressar minha opinião em um assunto que é praticamente desprezado pelos adultos como são os romances e o amor. Pode ser você uma exceção, mas não me julgue antes de escutar o que tenho a falar. Acredito que somos menosprezados pelo fato de não sermos adultos e muito menos crianças e por isso acredito que nos tornemos mais observadores que o resto das pessoas, principalmente nós nascidos depois de 2000, não querendo falar que somos a melhor geração da humanidade, mas talvez temos um senso que talvez os outros não tiveram. E digo isso pelo fato que considero os mais velhos as vezes muito controladores e conservadores. Não digo referente a minha criação e sim ao que observo as pessoas que convivo. Tenho amigos que não podem “sair do armário” pelos pais e familiares serem homofóbicos, vão ter que cursar algo e serem infelizes o resto da vida (provavelmente) ou porque os pais obrigaram ou porque o curso que queria não dava dinheiro. Existe pessoas da minha família que dizem isso para mim? Claro, principalmente me comparando os primos e tios que são engenheiros ou advogados, por mais que somos uma família extremamente inteligente tanto pelo lado de pai quanto o de mãe, ainda temos esse fardo que os mais velhos insistem em nos colocar.
Eu não me importo nem um pouco, por mais que as vezes sinto um pouco magoada por ser comparada, não vou mudar o que quero pelo simples fato que não dá tanto dinheiro quanto advocacia ou engenharia, não quero ser rica, quero ser feliz. E provavelmente se não conseguir me sustentar existem diversos sites de sugar daddy nos quais posso me cadastrar e arranjar um velho rico para me bancar, enquanto continuo exercendo a área que quero (Para caso você esteja lendo isso e pensando em me chamar de louca dona Fátima, estou brincando). Não me importo com dinheiro se posso me sustentar e ser feliz, nunca quis ser rica, meus sonhos são econômicos comparado aos da maioria, mas se tiver a oportunidade de ser não vou desperdiça-la.
Mas qual seria a ligação da adolescente (que vai ser pobre no futuro) com os romances clichês? Então... humildemente gosto de me chamar de embaixadora dos romances clichês, já que posso tranquilamente perder meu dia falando, lendo, vendo e as vezes escrevendo sobre eles. Não é um exagero da minha parte, adoro criar situações românticas para qualquer um, inclusive para estranhos (é por isso que ando de ônibus na maioria das vezes, mas andar de ônibus em BH é algo peculiar já que além de trabalhadores e idosos você encontra só gente doida dentro deles, só não me incluo nessa gente porque são realmente doidos). As pessoas que convivem comigo já se acostumaram com isso. A primeira coisa que vêm à cabeça delas quando escutam a palavra romance, sem dúvida, é a amiga iludida deles. E as vezes, nem precisam me conhecer para saber. O meu professor de Química ano passado, no meu primeiro dia de aula naquela escola, olhou e falou: Tenho certeza que você é daquelas meninas que são viciadas em romances. Eu pude descordar? Obviamente não. Hoje ele tem completa certeza que viciada é pouco (inclusive se você estiver lendo isso Marcelo, os filmes de romance são muito melhores no quesito ensinamentos que esses filmes do Telecine Cult que você assiste).
Me pergunto as vezes, será que sou uma completa iludida assim? Eu sei que o príncipe não vai vir me buscar de cavalo (eu não preciso e nem quero que me busque). Mas eu acredito real que a maioria das coisas que acontecem nos filmes de romance podem acontecer com qualquer um. Até comigo. E aí que está, será mesmo?

Isso Não É Um Romance Clichê {degustação}Onde histórias criam vida. Descubra agora