“QUANDO VOCÊ SAI E EU FICO SOZINHO, VOCÊ VIVE EM MINHA IMAGINAÇÃO. O VERÃO E AS BORBOLETAS, TUDO PERTENCE A SUA CRIAÇÃO. EU AMO VOCÊ, É TUDO QUE EU FAÇO, EU TE AMO”
OLIVIA-ONE DIRECTIONO sonho de qualquer pessoa, ela admitindo ou não, é ter um romance de cinema daqueles bem clichês. Por mais que nos digam que isso não existe temos aquela pontada de esperança, pelo menos eu tenho, ou tinha até algum tempo atrás, que cheguei a uma conclusão. Um romance não tem que durar para sempre, ele tem que ser bom enquanto durar (não foi essa a minha conclusão). A minha conclusão é que existem as pessoas destinadas a viver um romance clichê e outras que vão viver outros tipos de romance, menos o clichê. E quando eu digo um, é exatamente o número um, afinal, não tem como você cair nessa cilada mais de uma vez, seria algo histórico e patético, ou melhor, historicamente patético.
Na teoria o romance clichê é maravilhoso, quem não queria ser uma Lara Jean da vida, ou uma Sandy (referências antigas, foi mal). Só que quando você vive na prática você não acredita, por que parece algo tão óbvio, que você só percebe que existia algo quando termina. Ou talvez não. Minha experiência prática de romance clichê foi bem engraçada e óbvia, não acreditei que aquilo estava acontecendo comigo, mais para a frente vocês vão entender porque falei isso. Não que na prática não seja maravilhoso, deixando isso claro desde já.
Quem sou eu para falar mal de romances, principalmente esses previsíveis, afinal sobrevivo por eles (como já falei) e fingir surpresa quando chego ao final dos livros/filmes e o casal termina junto é o meu dom. As pessoas que estão no meu close friends no Instagram sabem bem como é, as minhas reações são as melhores. Talvez eu me sinta extremamente iludida em alguns momentos, já que nos últimos tempos me apaixonei por três personagens de uma série, e eles eram fantasmas, garanto para você que isso é zero saudável, mas eu não ligo, eles são perfeitos (e um deles é gay, o que deixa a situação ainda mais estranha, na minha cabeça). Além desses personagens, também tenho uma incrível paixonite em diversos outros personagens, seja de filme, série ou livro. Fala sério, vocês já viram Grease? Tem como não se apaixonar naqueles olhos azuis e atitude babaca do Danny? Eu realmente tenho um crush no John Travolta. Falando assim, só mostra o quão patético é ser uma pessoa romântica (ou ser eu): ter um crush num ator da década de 70. Ou então no Charlie Gillespie, que é um dos atores que interpretam os fantasmas que citei antes. A personagem principal da série e seu personagem são teoricamente um par romântico, e quando digo teoricamente, é porque ele é um fantasma e ela uma humana (com humana, quero dizer viva). Enfim, como diria o Reggie, eles exalam química. Quando estou ouvindo o álbum de Julie and The Phantons, me imagino no lugar da Julie. Meu Pinterest e meu TikTok só dão ele, então fui obrigada a estampar o rosto dele em todos os lugares possíveis. Quer dizer, não só o dele, mas os de todos os meus crushs fictícios, o povo da minha casa, principalmente minha mãe, sofrem já que estou obcecada, falando sobre eles 80% do tempo, e nos outros 20% eu esperava alguém falar sobre eles. E assim eu sou com qualquer romance, minha professora de Literatura que sofreu me ensinando sobre o Romantismo esse ano. Qualquer escola literária que aprendemos depois dele, fiz questão de deixar claro que preferia o romantismo (e ainda prefiro, então se ano que vem ela quiser passar só Romantismo...).
Só que ao mesmo tempo que eu amo ler, assistir e aprender sobre romances, eu sinto uma pontada de inveja e ódio por que alguns me representam tanto a um tempo atrás, que eu poderia estar tranquilamente vivendo o meu romance, se nem eu e nem tivéssemos sido tão babacas e infantis (ou seja, tão adolescentes).
Eu não sou a mestra em amor, mas tenho uma vasta experiência lendo esse tipo de livro, desde os mais famosos até fanfics no Wattpad, além de um quase romance clichê que não teve sucesso. E eu posso afirmar diversas coisas. A primeira delas é que opostos não se atraem, eles se repelem e cansam um ao outro. Segundo: pessoas com personalidades iguais também se repelem. Terceiro, (vocês me questionam: então o que não se repele?) A chave para tudo não está só na personalidade e afins, e sim nos pilares de relacionamentos em geral, que são respeito, diálogo, amor, resiliência e todos os outros valores que você escuta durante as aulas de filosofia, por mais que pareçam a maior baboseira depois de quinhentos anos vendo e “aprendendo” a mesma coisa.
Vou parar de enumerar as minhas afirmações para não correr o risco de perder a conta no meio do caminho. Voltando para o raciocínio... A quarentena que estamos vivendo nesse "belíssimo" ano de 2020 (e uma parte de 2021 até todo mundo vacinar) está me fazendo refletir mais que o normal, ou seja, afastando de todo mundo. E uma das pessoas que já vem sugando minhas energias nesses últimos anos que decidi cortar laços foi minha última paixonite que no caso foi minha experiência de quase romance clichê. E aí minhas três primeiras afirmações vão fazer sentido, porque para chegar a elas, eu vivi isso, inclusive já entreguei que não pensava isso antes de presenciar.
Por mais que elas parecem coisas óbvias, quando se está apaixonada e entregue aquilo você não se importa com essas baboseiras, você só quer que a pessoa tenha o sentimento recíproco ao seu, o resto vocês correm atrás depois, e aí que está o ponto. Você merece tudo, independente de como você seja, essas virtudes são essenciais para qualquer tipo de relacionamento, seja amizade, amor, familiar ou convívio normal. Não deixe ninguém lhe dar menos do que você merece, isso é uma questão de caráter, a partir do momento em que a pessoa não faz isso, ela não merece você e nem ninguém. Mas isso não tem nada a ver com a história e sim sobre relacionamentos em geral.
Se você não se considera o suficiente para alguém, reflita sobre isso. Na maioria do tempo a pessoa vai botar a culpa em você para que a consciência dela não fique pesada, e assim surgem os relacionamentos tóxicos. E novamente, não é só no caso do amor, mas como estamos falando exclusivamente disso, um romance que te faz chorar, que muda você para sua pior versão, onde você não se reconhece mais, que te traz diversos transtornos, fuja enquanto é tempo, antes que traga consequências para o resto da sua vida. Principalmente quando você é jovem. Temos a vida inteira pela frente, não vai ser um cara ou uma garota que vai mudar isso.
Eu sei que parece fácil falar, ainda mais que nunca presenciei algo nesse estilo, nem desejo viver algo assim, mas se nos prendermos demais aos acontecimentos que destroem nosso psicológico acabamos perdendo momentos preciosos da vida, ela é passageira demais, ela é curta demais para vivermos de arrependimentos. Por isso eu adquiri a o pensamento que vi no Instagram a uns anos atrás e o modifiquei para a minha situação. Só me arrependo das coisas que nunca vou poder mudar ou que não vou ter a mesma chance novamente, por mais que a vida não volte, as vezes ela nos dá a chance de mudar, então devemos agarrar essa chance já que não é todo dia que a temos. O que a maioria das pessoas sente arrependimento, eu vejo como lição. Muitos dizem: que arrependimento de não ter saído ou estudado mais ou aproveitado tal coisa, eu vejo como uma lição para o futuro, se eu tiver essa oportunidade novamente, eu vou aproveita-la.
Cheguei nesse ponto de arrependimento para dizer algo que meus amigos acham que eu minto. Não, eu não me arrependo de ter me apaixonado por ele, ou de ter dado a ele o prazer de me dar o meu primeiro beijo, talvez eu mudaria a situação cômica que foi, mas não me arrependo de forma alguma. Quando escuto alguém se arrepender de uma paixão eu fico completamente perplexa (palavra difícil para demonstrar meu completo choque de quando escuto isso), paixão e amor é um dos sentimentos mais lindos de se sentir cara. Você se entrega de corpo e alma para isso. Existe o lado ruim? Claro. Mas me diga algo na vida que não tenha. Se você se prender a porcaria das coisas que podem dar errado da sua vida você volta ao ponto do arrependimento, você não vai poder mudar isso futuramente porque vai ter se tornado uma pessoa completamente paranoica e pessimista.
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Isso Não É Um Romance Clichê {degustação}
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