O Desvendar

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Dias se passam e Robert junto a Megan começa a entrar em uma depressão, o desespero só aumenta e o conflito de ideias só gera mais discórdia entre os dois, eles estavam exaustos. Então é chegado o momento em que Robert decide investigar o caso por sua conta própria, pois dia após dia se passava e os policiais/investigadores não  conseguiam algum tipo de pista ou até mesmo evidência, que pudesse desvendar o mistério... ele escolhe dar início a essa investigação indo a uma biblioteca local que lá havia.
 
– Vou ir naquela biblioteca que vimos na estrada querida, ver se descubro alguma coisa, sei lá, não custa tentar. Mais tarde eu volto para casa.
 
– Ok, Ainda vou estar exatamente  aqui.
 
Responde Megan totalmente abalada emocionalmente.
 
Em seu carro, Robert está acompanhando as notícias via rádio, e como já esperado, ouve a história de seus filhos "Segue o desaparecimento dos gêmeos Victor e Elise Turner, se alguém souber de algo, entre em contato conosco, nossos números serão passados ao fim do nosso programa, os irmãos sumiram há cerca de duas semanas atrás, no meio de uma floresta em Beaufort (Carolina do sul)." Com sua ida e chegada a biblioteca, Robert se encontra com Scarlet, a proprietária.
 
– Boa tarde! Meu nome é Scarlet, sou a dona daqui. Em que posso ajudar o senhor?
 
– Boa tarde, eu queria saber se você tem uma seção de notícias e de lendas locais.
 
– Tenho sim, Siga-me por favor.
 
Ao caminharem, Scarlet apresenta uma estranha curiosidade em relação a vida de Robert.
 
– O senhor é daqui mesmo?
 
– Não, me mudei faz um tempinho...
 
– Entendo. E o senhor possui mulher ou filhos? Mora sozinho?
 
– Olha se a senhora não se importa prefiro que me leve aos livros sem me direcionar perguntas. 
 
Responde Robert impaciente e ansioso. Scarlet nada responde, e o deixa na seção desejada.
 
Muita pesquisa é realizada, até que passa-se horas e finalmente Robert encontra algo relevante, num livro de experiências sobrenaturais e não comprovadas; Lá havia às seguintes informações "aquele que possuir sangue raro e puro, poderá obter vida infinita." Imediatamente Robert associou isso ao fato de seus filhos serem descendentes de nazistas e possuírem olhos azuis, peles extremamente brancas e cabelos muito amarelados... o pensar dele, refere-se a ideia de que alguém de alguma forma sabia sobre essa descendência, e essa pessoa então  fez proveito da ideia de vida eterna baseando-se em fanatismo cego junto a diversas superstições antigas.
 
Com medo ele opta por ir embora, para assim pensar em algo mais calmamente em sua casa. Scarlet o observa com um sorriso disfarçado, o que deixa Robert bastante intrigado. Depois de chegar em casa, Robert é surpreendido por sua mulher.
 
– Descobriu algo útil??
 
– Não, eu... li bastante, mas não achei algo importante para nos ajudar. Sinto muito amor, não perca a fé de que ainda iremos encontrá-los beleza?
 
– Tá bom, eu confio em você.
 
Responde Megan com um sorriso tímido no rosto. No meio da madrugada (3:15 da manhã) Robert começa a ter ataques insistentes de pesadelos macabros, onde neles ele testemunhava seitas macabras e cruéis envolvendo seus filhos... ao acordar, e ver que nada daquilo era real, ele deitasse de novo, mas não consegue voltar a dormir. 8:30, ele levanta, escova os dentes, troca de roupa e desce as escadas para ir a cozinha fazer sua primeira refeição do dia. Na mesa com Megan tomando seu café, Robert começa a dividir algumas coisas com ela que ele até então tinha omitido.
 
– Querida, lembra quando você foi na casa da minha mãe e você queria ver o álbum da minha família? com a minha mãe... mas eu não deixei.
 
– Lembro sim, por que está comentando isso agora?
 
– Eu tive uns sonhos terríveis a noite, e sinto que devo te contar algumas coisas que nunca contei, com medo de que você fosse me rejeitar. Eu sou basicamente desentende de nazistas, minha família sempre lutou para esconder isso do mundo, porque sabíamos o desenrolar da história caso isso viesse a público. Minha mãe só quis mostrar a você porque confiava em você, coisa que na época eu ainda não. Todas as vezes que nos mudamos com medo de algo, na verdade era tudo coisa da minha cabeça, eu era muito cauteloso em relação a Elise e ao Victor, se alguém soubesse eu entraria em pânico, mesmo assim não me arrependo das mudanças constantes, fiz com a melhor das intenções e se você não conseguir compreender eu entendo.
 
– Você acha que a pessoa que pegou nossas crianças sabia disso?
 
– Eu acho que sim. Por que?
 
Megan não responde, apenas abraça Robert, uma reação na qual nem ele esperava, mas ainda sim ele retribui o sentimentos momentâneo. Momentos depois da longa conversa entre Robert e Megan, eis então que surge um detetive chamado Christopher, encarregado pelo desvendar do desaparecimento de Elise e Victor.
 
– Boa tarde! Meu nome é Christopher detetive especializado em casos não solucionados, falo em nome do FBI. Gostaria de falar com Megan ou Robert Turner, eles se encontram?
 
– Sou eu, meu nome é Megan Turner.
 
– Prazer Megan, eu queria saber se posso tratar com você e com seu marido se possível, o desaparecimento de seus filhos?
 
– Pode sim, entre por favor.
 
Christopher um homem alto, de pele enrugada apesar de jovem, negro e fisicamente enforma, era um sujeito observador, considerava isso até mesmo uma dádiva, afinal isso é crucial para o seu atual cargo. Entrando na casa, começa sua observação padrão, analisa: Fotografias, quadros, decorações e muitas outras coisas... após analisar o ambiente por inteiro, começa a direcionar questionamentos para Megan.
 
– O seu marido não está em casa?
 
– Ele disse que precisava sair, esfriar a cabeça, não me disse para onde iria. O senhor aceita um chá? Ou um café?
 
– Café seria ótimo, muito obrigado!
 
– O senhor usa adoçante?
 
– Amargo é melhor... bom, pelo o que eu consegui analisar, essa é uma casa muito grande para uma família tão pequena. A senhora pode me dizer o por que você e seu marido escolheram morar aqui?
 
– Eu e Robert achamos melhor vivermos em um local onde nossos filhos se sentissem seguros, e olha o que foi acontecer agora, chega a ser irônico. Nossos filhos sofriam muito bullying na antiga escola deles, nós nunca suspeitamos o porque, até que meu marido começou a desconfiar que isso poderia ser em parte porque eles são...
 
– Senhora, não precisa completar eu já deduzi sozinho, deve ter sido muito ruim saber que o verdadeiro motivo do bullying era esse eu presumo. Mas oriento você a não pensar que o sumiço de Victor e Elise tenha sido por conta disso, crianças em muitas ocasiões tendem a ser malvadas, mas muitas não entendem que estão sendo até que alguém às avise disso. Você me entendeu?
 
– Sim, eu entendi.
 
Responde Megan servindo o café na mesa da cozinha para Christopher. Em outro lugar, mais especificamente dentro floresta, Robert caminha em silêncio, depois de fazer isso praticamente todos os dias, ele torna aquela caminhada em busca dos filhos em uma espécie de hobby. Ao fim do caminhar que dura cerca de 2 horas, sem sucesso algum ele decide retornar para sua casa; quando algo inusitado acontece e Robert escuta sons peculiares, sons esses semelhantes a gritos intensos vindos de muito longe, como a região por lá era completamente silenciosa, qualquer barulhinho se tornava algo incrivelmente alto aos ouvidos de qualquer um. Ele então segue os barulhos misteriosos, com nada para se utilizar, além de suas próprias mãos e seu raciocínio lógico e rápido. Após andar 12 minutos, chega em fim
bizarra cabana no meio do nada, deduzindo assim que o som era emitido da própria em questão.
 
– Olá!!? Boa tarde! Meu nome é Robert Turner, moro não muito longe daqui. Procuro meus filhos Victor e Elise! Eles desapareceram a algum tempo, será que eu posso entrar para conversar?
 
Narra ele entusiasmado... passasse o tempo e ele não obtém uma resposta, isso o obriga a invadir o local aparentemente abandonado. Quando invade percebe estar sozinho, mas os gritos inexplicáveis não faziam o menor sentido naquele momento, ele continua a procurar por alguma coisa até que encontra um mapa para um antigo hospital perto de lá, construído na época da segunda guerra mundial, ele também encontra em um quadro uma foto borrada de uma senhora e quando analisa bem essa fotografia se espanta, pois descobre que a senhora que na imagem havia era justamente a diretora da escola onde os gêmeos estudavam, Robert sem pensar duas vezes corre em direção ao hospital, imaginando o pior. Correndo e pensando alto ele faz associações macabras.
 
– Era ela desde o início, só pode ser ela, muitas superstições, muitos planos, e tudo por que? Somente para plantar o mal? Não, eu não acredito nessa hipótese, com certeza ela tem algo em mente... preciso avisar a Megan, eu preciso avisar a Megan!
 
Robert chega em sua casa e ao mesmo tempo Christopher o detetive, se despedia de Megan, após isso os cavaleiros se esbarram.
 
Christopher – Opa, Desculpe-me. Prazer em conhecê-lo! eu sou um detetive e estou investigando o desaparecimento de Elise e Victor Turner. Eu suponho que você seja Robert Turner, o pai dos gêmeos.
 
Robert estava transtornado e por isso, não sabia o que expressar.
 
Christopher – Bom... vejo que o senhor não está bem, eu irei retornar amanhã no término da tarde e espero ter uma conversa dessa vez com ambos. Eu tenho que ir embora agora, boa noite aos dois.
 
Megan – Boa noite detetive! perdoe meu marido, amanhã o senhor será bem recebido.
 
O casal entra e começa a dialogar.
 
Megan – O que aconteceu com você? Sumiu o dia inteiro e quando chega não responde o detetive.
 
– Eu estive na floresta hoje, ouvi uns barulhos estranhos e fui investigar, foi aí que eu achei uma cabana isolada de tudo. Quando vi que não tinha ninguém e entrei lá, encontrei um quadro com uma foto da maldita diretora da escola dos nossos filhos... não pode ser coincidência querida.
 
– Tá bom, se acalma! Respira fundo... não podemos julgar ninguém sem provas concretas, hoje tive uma conversa longa com esse detetive novo e ele me passou confiança, sinto que dessa vez, devêssemos deixar isso nas mãos das autoridades, além disso eu sei que você se culpa, mas a culpa não é sua! Você não tinha como saber e nem eu...
 
– Me escuta! na cabana tinha um mapa para um hospital feito na época da segunda guerra mundial provavelmente nazista, a um tempo atrás quando fui na biblioteca eu li coisas perturbadoras sobre experiências com raças "puras", e você sabe da descendência das nossas crianças, é muita coincidência para nós somente aceitarmos e deixarmos isso quieto. Por favor, confie em mim uma última vez! Precisamos ir lá, sem comunicar isso a ninguém.
 
Megan não responde verbalmente, mas confirma com sua cabeça, e então eles compartilham ideias de possíveis estratégias para finalmente terem alguma Vitória.

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