Primeiro passo

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"Para que seu mundo mude, você deve mudar. Nem sempre o começo será fácil, muito menos a caminhada. Mas o passo que você der hoje, vai lhe levar a algum lugar." Jhessica Noya.

- Está quente o dia hoje. - repete em pensamento. Cansada, passo a mão pela testa que está suada. Já são uma da tarde e o sol arde por todo o céu azul. Agora, olhando pro céu as nuvens brancas se multiplicam, são muitas delas, lamenta olhando de volta para o chão quente.

- Tantas nuvens...será que uma delas não pode ter o que quer?- respira, impaciente. Fazer uma alusão nesse momento embaixo do sol quente, sentada num banco de praça, com uma pasta na mão cheia de currículos e com sede, é o que mede seu termômetro de impaciência. Depois de andar por mais de dez quarteirões na parte da manhã em vários estabelecimento e não receber uma resposta que pudesse lhe trazer conforto diante de tanto desespero, lhe fazia desanimar. Queria voltar pra casa, era esse seu sentimento mais profundo agora, mas pensando melhor achou melhor continuar. Se voltasse encontraria seu pai, não era o que queria aquele momento. De repente a rua se tornou muito mais interessante que voltar, então ali permaneceu. Sentada, olhando o infinito de pessoas atravessando as ruas e seguindo seu destino.

- Destino - gesticula ríspida. - destino acontece para as boas pessoas. Afinal, estou aqui, precisando de um milagre e necessitando de um destino, óbvio.- ri sarcástica.

- Hey garota.- um senhor de cabelo grisalho se aproxima com passos curtos e rápidos. Logo o reconheço. Tinha acabado de deixar um currículo em suas mãos.

- o que vai fazer agora? - ele pergunta, se aproximando e descansando as palmas das mãos sob os joelhos. Eu não estava muito longe de onde tinha o visto, mas devido a corrida que fez, devia estar muito cansado.

- Eu?- questiono, talvez era algum engano, penso.

- Não, o Dunha! - o senhorzinho responde seco.

Surpresa me atinge, rapidamente processo a grosseria.

- Responde garota. - agora ele se endireita e fica sob os pés. Vendo que ainda não respondo ele prossegue.

- preciso de uma ajuda pra um evento daqui uma hora, num buffet pra um aniversário infantil. Começa as cinco e termina às nove da noite. Setenta reais o dia e você pode comer antes de iniciamos os trabalhos. Você ficará na cozinha como ajudante.- termina.

Encarando ele eu tento lembrar de onde ele veio. Do
local que tinha deixado o currículo, não consigo me lembrar direito mas não tinha lido buffet no lugar onde ele estava. Setenta reais por quatro horas? Questiono mentalmente. Provavelmente meu pai vai estar dormindo essa hora, não terei muitos problemas em casa. O que mais me preocupa é a volta. Estará noite, e moro um pouco longe. Será ainda tem ônibus esse horário?.

- Claro, eu aceito sim. - respondo rapidamente, nao quero ficar divagando por muito tempo. O que tiver que ser será. Preciso de dinheiro.

- ótimo. Então me siga.- o senhor se vira fazendo a mesma volta da que tinha vindo.

- o senhor sabe se tem ônibus aqui a noite até o subúrbio? - pergunto com um pouco receio.

- tem sim, até a meia noite.- ele continua falando e andando.

- lá tem um chuveiro pra você usar antes de começar e temos que procurar um uniforme do seu tamanho.- ele para enquanto o sinal está vermelho.

- mesmo na cozinha o uniforme é essencial. Somos uma empresa terceirizada, estaremos presente num local diferente hoje e precisamos manter a identificação da nossa equipe. Aliás... qual o seu nome? - ele me olha o semblante comprimido.

- Dina Santos. - respondo.

- Depois que você saiu eu recebi uma ligação de um de nossos colaboradores falando que não poderia ir trabalhar hoje pois estava adoecido.- o sinal da rua abre e ele anda novamente. - como precisava urgente de uma pessoa e você tinha acabado de me deixar seu currículo eu não tive tempo de pensar em ler suas informações. Só vi que tem vinte e três anos e fiquei aliviado por ser maior de idade. - ele para em frente a duas portas de vidros.

- aqui, entre. - ele aponta para que eu passasse e a gente entra numa sala bonita e com lustre.

Um lustre? Aperto os olhos para ver novamente. Nunca tinha visto uma coisa dessa de perto, so em filmes. Uau, é tão lindo. Tem tantos detalhes.

Ding Dong. Uma porta apita a nossa frente e logo reconheci ser um elevador. Entramos.

Andar vinte e três o senhor digita. Pensando bem não sei o nome desse homem. Aliás, não sei nada. Não tinha nada na fachada antes de entrarmos. Me toco e automaticamente meus olhos arregalam. Um
pensamento imprevisível me vem rapidamente, será uma emboscada? De repente sinto meu peito apertar e minhas mãos suarem. Engulo seco. Sentir o elevador se mover me deixa tonta. Dou uma olhada para o senhor para estudá-lo. Questiono que ele não seja uma pessoa que faria isso. Ele é mais baixo que eu, tem os olhos puxados, cabelos grisalhos, veste uma camiseta azul logo abaixo de um camisete xadrez clara e uma calça preta com tênis. Realmente não me parecia assustador. Pensar que aceitei seguir um estranho sem ter muitas informações me faz ficar um pouco estressada. Não que me faria algum mal esse senhor muito menor que eu. Mesmo o vencendo em volume a questão é que sou uma cagona. E isso é preocupante.

Tlim. As portas se abrem para um andar colorido.
Há mesas coloridas e muitas pessoas dispersas em várias delas. Logo meu coração se tranquiliza ver um monte de pessoas, parece ser um escritório. Há várias pessoas em seus telefones e outras atravessando o salão com toneladas de papéis sob os braços. Computadores ligados, é um lugar bem arquitetado. Há outro lustre maior que o da entrada instalado logo acima no teto que não está ligado. O que ilumina o lugar são as claraboias de vidro que dispersam a luz natural por todo o ambiente. Penso que o lustre deve ser utilizado a noite, imagino que deve ser tão magnífico sua luz quanto sua estrutura.

- Hey, Dina.- o senhorzinho me desperta do transe. - Aqui. - ele aponta pra uma porta de vidro em uma sala diferente. Mesmo de fora da pra ler a plaquinha que está na mesa. Gerente, está escrito, e pra lá seguimos.
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Hey caro leitor. Tudo bem? Que saudade estava de você. Espero que esteja bem de onde estiver. Lembre se de que você é importante pra mim e minha estória. Por isso se cuide bem, beba água e coma bastante. A saúde é bem importante, não fique com sede igual a Dina, por favor s2 s2

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