𝐭𝐡𝐞 𝐬𝐭𝐫𝐚𝐧𝐠𝐞 𝐠𝐢𝐫𝐥 {𝐭.𝐮.𝐚} 𝟐

era a hora de um recomeço

Acordei naquele manhã com minha cabeça doendo. Então era assim a sensação de perder quem você ama. Eu me senti vazia. Bem vazia.
Resolvi que a única pessoa decente o suficiente que poderia me dar conselhos era o Finn. Ele não estava acordado, então peguei meu casaco e fui dar uma volta pela cidade. Eu finalmente tinha aprendido a andar de skate e estava me sentindo melhor com a brisa batendo no meu rosto. Mas quando eu passei na frente daquele bosque, o lugar onde eu aceitei ser dele, meu coração parou. É tão difícil assim superar tudo?
Havia uma cafeteria aberta e eu precisava de um café, pra pelo menos esquecer toda essa burrice que foi namorar o Aidan. Comprei um café puro e fui me sentar na praça ao lado do bosque.
Então eu comecei a ouvir risinhos vindos de trás de mim, risos incansáveis, seguidos de sussuros completos de amor. No momento que eu me virei, era ele, com a loira oxigenada nojenta. Não era mais nosso lugar, era deles. Tudo piorava em todos os instantes.

Peguei o skate e sai, andei até não conseguir mais aguentar o peso das minhas pernas. Estava cansada daquilo tudo, eu tinha me esgotado.
Eu tomei então a pior decisão da minha vida. Subir na beirada de uma ponte.
Eu estava lá, olhando pra água. Era tão fácil.
Foi quando eu ouvi uma voz atrás de mim.

- Para, não se mexe. Você não faz ideia do que está fazendo.

Sem me virar respondi

- Vai embora, seja lá quem você é. Eu não estou afim de um discurso motivacional nesse momento.

- Vem aqui por favor, eu prometo que vai ficar tudo bem.

- DA PRA PAR...

Quando meus olhos encontraram os do Ben, eu me senti renovada. Parecia que um milhão de borboletas tinham me invadido e me consumido de felicidade.

- Desculpa, eu não sabia que era você

- Olha, vai ficar tudo bem ok? A irmã da Hannah já espalhou pra meio colégio o que aconteceu com vocês, e eu só quero que você saiba que ele é o maior babaca, sempre foi assim e sempre vai ser. Na nossa casa ele nunca foi nada além de um pretensioso.

- Eu não quero falar disso. Será que você me ajuda a descer?

As mãos dele eram geladas e me transmitiram uma eletricidade que eu nunca havia sentido antes. Eu não sei no que eu me perdi, mas eu tropecei e cai em cima dele. Com o rosto corado de vergonha, falei:

- Me desculpa... Não era minha intenção

E ambos caímos no riso.

Eu me sentia bem