Carta

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Berlim, 9 de novembro de 1989.
Querida mamãe,

   Faz tanto tempo que não te vejo. Fiz quarenta anos mês passado e parece que o tempo passou voando. Hoje na televisão vi que o muro está sendo derrubado, e poderemos nos ver em breve.
   Eu me casei e tenho uma filha chamada Christine, o mesmo nome que o seu. Ela é muito parecida com a senhora. Sei que poderei te abraçar novamente, mas parece que vou acordar a qualquer instante.
   Entregarei esta carta para a senhora, como todas as outras que escrevi nestes trinta anos, o mais rápido que puder.

Com todo o amor do mundo,
                                                    Georgina.

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