capítulo 33

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Luana:

As coisas ficaram como posso dizer: um estranhas por esses dias. Não sei o que está acontecendo. Mas sei que estão me escondendo algo e com certeza é muito importante. Sempre que chego perto do Léo e do Caio eles param de falar, a mesma coisa acontece com meus pais.

O Léo me busca todos os dias em casa, deixamos Meg na sala dela e vamos até a nossa de mãos dadas, e o Caio, sempre fica perto de nós. Até acho que ele e o Léo estão se entendendo, o que é bem estranho. Ele ainda continua no time de futebol  americano da ecola, mas em todos os intervalos vem  fica comigo, com o Caio e alguns da Alcatéia.

Lembro do primeiro dia de aula depois que o Léo e eu começamos a namorar. Ele me buscou em casa e encontramos com o Caio na entrada da escola. Léo estava com a camiseta do time de futebol da escola, uma calça jeans preta e um tênis preto. Ele é lindo seus olhos são azuis, os mais lindo que já vi parecem com o céu azul, tem 1,85 de altura, seus cabelos são dourados, sua pele é bronzeada do sol e tem um corpo bem atlético. O que é estranho para um vampiro. Ele diz que é porque não é um vampiro comum e sim um Original. Isso pra mim não faz sentido, já que vi outros vampiros, e são pálidos como um papel.

Assim que entramos na escola, as meninas do grupo de líderes de torcida olharam para as minhas mãos e do Léo que estavam entrelaçadas. Começaram a olhar pra mim com um cara feia e falar coisas bem desagradáveis. A minha vontade era de sair de lá, não queria ouvir o que estavam dizendo. Antes que pudesse sair Léo segurou bem firme em minhas mãos e disse que ficaria tudo bem, que não precisava sentir medo ou com vergonha.

- Bom, não entendi o motivo de tanta grosseria com a minha NAMORADA. - ele deixou bem claro a palavra NAMORADA. Meu coração bateu mais forte, não esperava que fosse me defender assim.

- Nós é que não entendemos, ficou bondoso agora dando esmolas ou fazendo caridade a essa aí, porque é isso que ela merece, até parece que alguém como você teria algo com essa sem sal e sem açúcar. - Louise faz uma cara de nojo e cruza os braços olhando pra mim.

- Na verdade, quem precisa de ajuda aqui não é a Luana, é você. Desse jeito que é mal amada, ficará sozinha. Você sim precisa de caridade. Vem vamos deixar essa aí morrer no próprio veneno. - Léo olhou pra mim e me deu um beijo, na frente de todo mundo. Como eu fiquei? Querendo esconder minha cara debaixo da terra. Mas feliz com o que ele disse pra Louise. Bem que ela mereceu.

Os dias se seguiram assim, de maneira estranha pra mim. Léo e Caio se revezavam pra pra cuidar da minha segurança como eles diziam. De manhã a tarde ficávamos juntos na escola. Depois pegava a Meg na escola e me deixavam em casa. Caio ficava comigo até o Léo chegar. Ele ficava na árvore na frente da minha janela, ele dizia que era porque vampiros não precisava dormir tanto como nós.

Eu tive pesadelos todas as noites, tem uma mulher com os mesmo olhos da mulher com o bebê no colo. Ela sempre aparece dizendo que vai me pegar, que meu fim está próximo, que não adianta se esconder, que  sabe quem sou eu. Resultado: eu acordo sempre gritando e com a respiração acelerada. A única coisa boa disso é que Léo sempre depois desses pesadelos fica velando meu sono do meu lado. 

Acordo com a luz do sol em meus olhos e tem lindos olhos azuis na janela me vendo acordar.

- Nunca me canso de te ver acordar. Como pode ser tão linda de manhã? Léo me diz com os olhos brilhando, brilhando por mim.

- Você consegue ser galanteador até de manhã! - disse fazendo um pequeno bocejo.

- Mas é verdade, você é linda de qualquer jeito. Feliz aniversário Lua. - disse me dando um beijo.

- Obrigada Léo. Meus dias não poderiam ser melhores. - me aconcheguei nos seus braços.

- Vou ter que ir agora. Tenho umas coisas importantes pra resolver antes da sua festa hoje. E Caio já está aí em baixo. Até mais tarde minha morena! Dizendo isso me dá um selinho na boca e sai pela janela.

Tomei um banho relaxante. Estava feliz, mas ao mesmo tempo preocupada, não sei dizer bem, mas acho que minha vida mudará por completo hoje. Desliguei o chuveiro, troquei de roupa e desci as escadas até a cozinha. Realmente Caio já estava lá.

- Sei que o senhor sanguessuga já te deu feliz aniversário antes de mim. Mas tudo bem, eu tenho algo pra dar.
- Caio me deu uma Caixa muito bonita.

- Vamos ver o que é? - estava ansiosa.

Dentro da caixa tinha tipo um livro, e na capa estava escrito: você sempre será da família!

- Caio é lindo! - era como se fosse um álbum de recordações. Tinha várias recordações, minha. Como minha primeira sapatilha, minha primeira apresentação na alcatéia, nós dois molhados depois de uma banho de chuva, lendo história para as crianças da alcatéia, ensinado uma senhora a ler... Eram tantas que eu nem me lembrava. - Mas por que isso tudo? Eu não vou embora, é só uma festa, ou tem mais coisas que vocês não me contaram? - fiquei com uma sensação estranha de que muito em breve essa não seria mais minha casa.

- Minha filha. - minha mãe falou. - Ter você conosco foi algo extraordinário. Seu pai e eu nunca tivemos filhos. E você veio de uma forma linda e maravilhosa. Apesar de você sempre se achar normal, e sem valor. Ou como você diz: uma simples humana. Às vezes, você comenta que tudo que faz é simples. Quero que saiba que você é incrível, seu jeito dócil, amável, carinhosa com todos. Você é especial, nunca se esqueça disso. - ela pegou em minhas mãos e me deu um forte abraço. Parece até uma despedida. Não estou gostando disso.

- Pára gente, hoje é meu aniversário, se continuarem com isso vou chorar o dia todo. - já estava começando a chorar

Que esse dia termine bem e seja apenas uma impressão ruim.

Um Verdadeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora