Uma Nova Chance

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17 anos atrás...

Naquele tempo éramos do ensino médio, estudávamos na mesma escola e, por coincidência na mesma sala.

Quando à conheci foi amor a primeira vista. Helena adentrou aquela sala e tudo ficou em câmera lenta. Ela parecia um anjo, seus cabelos escuros, seu rosto angelical, sorriso encantador. É claro que eu me apaixonei por ela.

Ela era nova na escola e também na cidade. Sua família era extremamente rica e poderosa, todas as meninas e meninos queriam acompanhar e estar com ela o tempo todo só por conta da sua riqueza.

Os meninos praticamente beijavam seus pés, sempre entregavam presentes e mais presentes numa tentativa de conquistá-la. E eu? Eu só observava de long  e suprindo aquele amor que eu sentia por ela.

Por mais que eles movessem terras e mundos pela garota, ela sequer olhava pra eles. Eu me sentia apenas mais uma no meio daquela gente toda querendo conquistá-la, mas foi um conselho e também um trabalho de química que me fez ter coragem.

— Kath, se tu quer, vai lá. Lute por isso, não desista. — Minha melhor amiga falou baixo pois estávamos em aula.

— Quero que façam duplas para fazer o trabalho de química.  de repente, a professora propõe fazendo a sala toda fazer um alvoroço atrás de suas duplas.

— Essa é a sua chance. Chama ela. mais uma vez a minha melhor amiga me incentiva a ir tentar falar com a minha crush.

Levantei-me e fui falar com ela. Era de se esperar ter mais de duas pessoas brigando para se juntar com ela. E foi naquele momento que ela olhou pra mim, dando um meio sorriso que me fez meu interior se agitar. Ela levantou-se do seu acento, se aproximou ficando cara a cara comigo.

— Quer fazer trabalho comigo, Katharina? 

Eu não fazia ideia que ela sabia o meu nome. Eu obviamente aceitei. Naquele mesmo dia fui na sua casa, e cara? Era enorme, aquilo não podia ser chamado de casa, era uma mansão.

Desde daquele dia não nos soltamos mais. Lembro que a escola inteira falava que nós se pegava e entre outras coisas.

Minha paixão por ela foi aumentando cada vez mais e me enforcando pois toda vez que estávamos juntas chegava um menino e dava em cima dela ou quando ela ficava com um deles.

Lena sentia ciúmes de mim também, mas sempre levei para o lado da amizade e nunca para o amoroso.

Me recordo até hoje quando ela admitiu que sentia ciúmes de mim.

— Le, porque me ignorou quando passou por mim? — pergunto me sentando ao seu lado na mesa.

Lena estava emburrada e eu não sabia o motivo.

— Não sei. Porque não volta lá para a sua amiguinha Kim. — Foi inevitável não sorrir com sua fala. Era a primeira vez que ela assumia aquilo em voz alta.

— Está com ciúmes?  pergunto com um sorriso brincando em meus lábios.

— E se eu estiver, o que tem? — não me contive e comecei a rir sendo atingida por um tapa dela.

Um tempo depois já nas férias começamos a namorar. Vocês podem estarem pensando que quem fez o pedido foi eu, mas sinto em informar que não. Foi Lena quem fez o pedido e foi de repente.

Estávamos em uma daquelas tardes na sua casa deitada no gramado do quintal quando ela do nada me pediu em namoro. Eu fiquei surpresa e sem reação, obviamente. Mas minhas respostas foi "sim!"

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