Uma Nova Chance

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Point of view Helena Walsh


Semanas atrás após Benny ter chegado pouco antes das seis horas, falou com o nosso filho e me procurou no nosso escritório.

— Querida. — me chama, ergo o olhar e o vejo na porta do escritório.

— Chegou cedo. — comento, o vendo se aproximar de mim.

— Sim, preciso falar com você sobre algo da nossa empresa. — Faço cara de confusa. Ele beija-me os lábios me cumprimentando e se afasta sentando-se na cadeira logo a frente.

— O que foi? Por que está com essa cara? — Pergunto, realmente o seu silêncio havia me deixado preocupada.

— Estava pensando em fechar um negócio com a Corporação Danvers. — Meu corpo trava ao escutar o sobrenome.

— Como? — Pergunto ainda confusa.

— A corporação Danvers e a W-Corp, são duas empresas potentes e imagina se nos juntássemos em um grande projeto?

— Querido...

— Por favor, não negue. As potências juntas em um grande negócio, imagina os milhões que iremos fazer e podemos até doar para instituições de grandes necessidades ou investir em mais uma empresa. — suspiro, seria impossível reverter a cabeça do meu marido.

— Okay. — ele se animou.

— Teremos uma reunião na segunda-feira que vem. — Não falei.

— Tá. — Digo. Meu marido levanta-se da cadeira e se prepara para sair. — Diga para o Theo tomar banho e me avise caso o jantar esteja pronto.

— Sim, chefe. — sorri e ele fecha a porta do escritório após sair do cômodo.

Sozinha naquele cômodo, pela primeira vez naquele dia, sai da aba do meu trabalho e entrei na de pesquisa. "Katharina Danvers" digitei no teclado e aperto para pesquisar.

Ao carregar a página de pesquisa, a Wikipédia falava algumas coisas sobre ela e ao lado uma foto dela. Algo em mim estava me dizendo que se caso fechássemos negócios com as empresas tudo mudaria e, talvez, uma aproximação ocorresse neste período.

Mas eu temia a algo. Theo. Se ela um dia conhecer o Theo, qual seria a sua reação?

Vários pensamentos e perguntas rondaram a minha cabeça, todas elas fizeram meu coração doer com certas possibilidades e lágrimas escorreram por meus olhos. A porta é aberta.

— Mãe? — a voz do meu filho se faz presente. Enxugou uma lágrima rapidamente e encaro o adolescente na porta do escritório. — O jantar está pronto. A senhora está bem? — pergunta talvez reparando em meus olhos vermelhos.

— Sim, estou. Já tomou banho? — ele assente. Me levanto da cadeira, antes que eu desligue o notebook olhei pela última vez sua foto na Wikipédia e enfim, desligo o aparelho. — Seu pai, onde está?

— Ele deve estar no banho. — respondeu. Me aproximo do adolescente e envolvo um dos meus braços envolta do pescoço dele. — Mãe, a senhora parece triste.

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