Os Opostos Se Atraem

Distância

Bianca estava deitada de bruços sobre a cama de Marcela usando apenas um minúsculo baby-doll. Marcela fechou os olhos pedindo aos céus paciência e calma  tanto para si quanto para morena ao seu lado. Gizelly estava incrédula, por mais que não quisesse mais brigar com a loira por ciúmes, estava sendo impossível.

– Pode sair do meu quarto, por favor? — Marcela  pediu sem alteração na voz.

– Não vamos dormir juntas como de costume? — Bianca perguntou propositalmente e Gizelly se desvencilhou do corpo da loira.

– Não Bianca! tem outros quartos na casa, agora por fa... — foi cortada pela voz rouca da advogada.

– Não precisa, estou de saída — Gizelly  ameaçou sair, mas Marcela a segurou.

– Tudo bem, estou saindo pombinhas! — Bianca ergueu as mãos em rendição com um sorriso sínico nos lábios. Assim que a mesma passou por ambas, Marcela fechou a porta atrás de si trancando-a em seguida. Observou a semblante da morena parada no meio do quarto enquanto mantinha os braços cruzados. Ela estava tão linda naquele vestido longo, porém bem ajustado no seu corpo bem feito, seguido por seu cabelo naturalmente cacheado nas pontas. Marcela percebeu quando a mesma desviou o olhar e mexeu nos cabelos como sempre fazia quando se sentia envergonhada.

– Desculpe por isso.. — tentou com cautela enquanto caminhava vagarosamente.

– Você não tem culpa, está claro que ela quer me atingir de alguma forma — descruzou os braços agora pousando as mãos sobre a cintura enquanto observava a loira se aproximar lentamente.

– E conseguiu? — arqueou uma sobrancelha e viu Gizelly revirar os olhos.

– Não! sei controlar meu ciúmes quando quero. — disse e deu um passo para trás com a aproximação da loira. Marcela deixou uma risada escapar e levou um tapinha no braço por isso.

– Vejo que reprovou nessa matéria Bicalho – Segurou a mão da mais baixa, mas ela recuou prontamente.

– Vai a merda Marcela! — tentou passar pelo corpo alvo mas foi impedida pela mão da loira.

Marcela sentia o corpo formigar apenas por tê-la por perto. Estava com saudades,  do cheiro e do corpo da morena. A muito tempo não se sentia dessa forma, sempre foi rasa com relações, nunca deixou se levar por ninguém, até então. Gizelly não estava diferente, sentia falta, e muita digamos que de passagem. Pensar que a poucos dias não veria mais aqueles par de olhos castanhos lhe causava um desconforto jamais sentido antes, porém saberia ponderar, ou pelo menos, era o que pensava.

Sentia cada parte de seu corpo reagir prontamente ao toque de Marcela, que estava atrás de seu corpo e com a boca serpenteando entre seu pescoço e nuca, nem se quisesse conseguiria resistir aquilo, mas tentaria.

– Está ficando tarde... Vamos? — se afastou das carícias e virou de frente para loira que suspirou em frustração.

– Não está tão tarde Gizelly — olhou o relógio de pulso.

– De qualquer forma combinamos que você me levaria em casa — retrucou em provocação.

– Não foi isso que me disse dentro do carro a poucos minutos atrás... — se aproximou novamente com aquele sorriso fodidamente bonito que mexia tanto com a morena. Antes de beija-lá a olhou por alguns minutos e logo as bocas estavam juntas novamente em uma dança sensual.

Os cabelos castanhos eram puxados de forma nada gentil para trás enquanto as línguas traçavam uma batalha. Gizelly suspirou quando sentiu as pernas baterem contra a cama da loira e sem aviso prévio foi empurrada contra a mesma sem nenhum tipo de delicadeza, e por incrível que pareça adorava aquele lado na loira, ela era meiga e delicada na maior parte do tempo, mas somente ali, entre quatro paredes mostrava esse lado que Gizelly estava adorando. No cômodo de baixo podia-se ouvir o falatório dos demais indicando que a casa estava cheia, mas tudo que importava a Marcela estava bem ali, a encarando com um desejo levemente alterado nas Íris castanhas. Antes de avançar o sinal a loira fez questão de tirar suas roupas sendo observada por Gizelly, assim que ficou apenas de lingerie se acomodou sobre o corpo moreno distribuindo beijos por onde seus lábios passava. As mãos inquietas da morena percorria as costas alva sentindo a textura macia, enquanto se perdia nos lábios rosados.