Hétero Curiosa

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A conversa rendeu tão fácil e agradável que a tarde praticamente voou, dando espaço para um lindo pôr do sol. Gizelly aproveitou para tirar algumas fotos da vista e suas também. Já se sentia bastante tonta por conta das inúmeras cervejas que havia tomado.

– Se você não quiser eu quero. — paulin falou derrepente assustando a morena.

– É melhor parar de beber, já está ficando loucooooooo — entonou na última frase girando o dedo indicador.

– Sonsa! Ela não tira o olho de você — insistiu bebendo um gole de sua cerveja. Gizelly não o respondeu, apenas abriu mais uma cerveja e deu um gole generoso enquanto seus olhos procuravam a loira, quando os encontrou ela a encarava enquanto fazia um coque no cabelo.

Sentindo seu rosto corar jogou os cabelos de lado, dessa vez não iria arregar desviando o olhos. A médica sorriu lindamente e se virou para o irmão que a chamava.

– Então até mais tarde? — Enzo questionou sorrindo para os amigos de Gizelly.

Combinaram de estar na casa as nove e se despediram. Assim que a advogada deu as costas acompanhando os amigos, Marcela não pôde evitar o olhar sobre o corpo bronzeado a sua frente, ainda mais naquele biquíni minúsculo que ela usava.

– Limpa essa baba aí — Enzo bateu de leve no queixo da irmã.

– Cala a boca Enzo. — sorriu tomando um gole de sua vodka

– Ela é hétero, pelo que percebi. — Marcela deu de ombros e o ajudou a guardar as coisas para que pudessem ir para a casa organizar a social. Se fosse relatar os casos de heterossexuais que já tinha dado prazer, seria uma lista enorme. Sorriu com o pensamento. Mas isso não vinha ao caso, não queria de forma alguma incomodar a morena ou deixá-la constrangida, mas havia percebido seus olhares durante a tarde.

A capixaba revirava a mala em busca de uma roupa, queria algo leve já que estava na praia. Acabou optando por um vestido branco tomara que caia que realçava suas curvas. Calçou uma rasteirinha e desceu para encontrar os amigos.

– Nossa... assim vai matar a médica — o amigo de Gizelly cruzou as pernas ao falar.

– Obrigada Paulin, você também está lindo — sorriu sem mostrar os dentes.

– Marcela quer pegar a gi? — Tais perguntou terminando de calçar as sandálias.

– Sim — Paulin praticamente gritou

– Não — a morena retirou o celular da bolsa e apontou a câmera para seu rosto tirando uma selfie.

– Qual é Gizelly, aquela mulher é maravilhosa. – Leticia rebateu afim de irritar a amiga.

– É, mas sou hétero — guardou o telefone na bolsa.

– Curiosa, lembra quando beijou a jaque? —Tabata relembrou a morena.

– Claro, e beijaria de novo — sorririam com sua fala e logo saíram para seus destinos.

Sexualidade era algo não questionável para Gizelly, desde nova sempre se envolveu com homens e achava muito bom. No entanto sempre deixou claro que que se um dia sentisse atração por mulheres também se relacionaria sem problemas.

Faltavam menos de cinco minutos para o horário combinado quando chegaram, já havia uma boa quantidade de pessoas ali, até então desconhecidas para o grupo.

– Hoje beijo na boca — o amigo de Gizelly disse animado observando alguns caras apenas de sunga ao redor da piscina.

– Está precisando mesmo, deve tá com teia de aranha já — sorriram.

Os Opostos Se AtraemOnde histórias criam vida. Descubra agora