capítulo 12

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Fomos parar no Chão, ele em cima
de mim, enquanto viramos um
emaranhado de pernas e braços.
Ele xinga baixinho e leva suas
mãos para minha cintura.
Ainda bem que pelo menos
dessa vez meu vestido não subiu
completamente, mas meu cabelo
esta uma bagunça,e minha bolsa
foi parar longe.

Ele se levanta tão rápido, que quase
cai novamente em cima de mim.
Depois me ajuda a me levantar,
então ajeito meu vestido torto, e
meu cabelo espatifado, então olho
em volta procurando por minha
bolsa.

Eu poderia ter caído sozinha, mas
não... Tinha que segurar no Senhor
Urrea. Por que Sina, você sempre
faz tanta burrada?

Com o barulho do tombo, Yoon
entra correndo na sala, com os
olhos arregalados e uma expressão
de susto.

- Desculpe interromper, é que
ouvi o barulho e vim ver o que havia
acontecido. - Yoon diz.

- Não houve nada senhorita
Heyoon, não se preocupe.-
Noah diz seco.

Ela me lança um olhar
interrogativo, e dou de ombros
como resposta, sei que terei de
explicar tudo mais tarde. Yoon sai
da sala, e nem sei para onde olhar.
Estou morta de vergonha, não sei
onde enfiar a minha cara.

E o Senhor Urrea? Está me
fulminado com o olhar.
Provavelmente perdi meu
emprego, sem ao menos ter
começado, vou entrar para a
história.

Ele está zangado, de cara
emburrada para mim, sua
respiração está irregular, está se
esforçando ao máximo para se
acalmar. Depois do que pareceu
meia hora, me encarando, ele diz:

- Dá próxima vez que cair, não me
puxe junto senhorita.- Resmunga
irritado. -Ou melhor, não caia.
Sua voz já diz tudo, ele está muito,
muito, mas muito bravo comigo.

- Sim senhor. Me desculpe, não irá
se repetir. -Digo sem jeito.

- Espero que sim. Agora, vamos
aos negócios.

Aceno com a cabeça em afirmação.

- Você irá trabalhar de segunda
a sexta feira, e terá que dormir na
minha casa e...

- E o que? - o interrompi. - Por
que vou ter que ficar na sua casa?
- Pergunto apreensiva.

Será que eu tinha ouvido direto?
Ou estava alucinando?

- Se você não tivesse me
interrompido, eu já teria explicado.
- Murmura revirando os olhos. -
Continuando... Preciso de alguém
que cuide de Sophia dia e noite,
pois viajo muito, sempre tem
alguma reunião a noite que preciso
comparecer, e o horário de Nany se
encerra as 17:00.

Fico me perguntando quem é
Nany? Ele percebe minha cara
de curiosa e logo explica. Sou tão
transparente assim? Espero que
não.

- Nany é minha governanta. Ela
não mora comigo, pois tem família.

- Entendi. -Digo.

- Irei te passar uma planilha com
os horários de Sophia, espero que
você siga-os ao pé da letra. Você
não precisará leva-lá a escola, pois
Bailey meu motorista a leva, só tem
que deixa-lá pronta no horário
certo. Esse será seu salário Inicial.

Me estende um papel branco, e
o pego. Meu queixo cai, é sério?
Vou receber tudo isso? Só pode ser
piada. Já pode aparecer as câmeras
escondidas.

Ele percebe minha confusão, e logo
se explica.

- Pago o suficiente aos meus
empregados senhorita Sina,
sou generoso quando fazem seu
trabalho bem feito, e não aceito
menos que isso. - Cruza os braços.

- É sério que vou receber tudo
isso?- Pergunto desconfiada.

- Sim. É sério. Esse é o salário
Inicial. Está satisfeita com o seu
salário?

- Se estou satisfeita? Estou mais
que satisfeita.- Sorrio amarelo.

- Esses são os documentos para
você assinar.- Me entrega a
papelada.- Certifique se está tudo
em ordem.

Leio o contrato duas vezes por via
das dúvidas. Está tudo certo, então
ele me passa uma caneta, que só
rico pode comprar. Toda de ouro, e
com seu nome gravado nela.

Entrego os documentos assinados a
ele alguns segundos depois.

- Você começa segunda.- Fala.

- Certo. -Digo já me levantando.
Estendo minha mão para me
despedir, ele retribui com um
aperto forte. Me viro para sair de
sua sala, mas antes que eu chegue
na porta ele diz:

- Só mais uma coisa...

- Sim- Digo.

- Fique longe de meu irmão. Você
está trabalhando para mim, e não
quero ter que te mandar embora
por falta de aviso. Se está afim de
arrumar um homem rico para te
bancar, aqui não é seu lugar.

Acho que não ouvi direto. Esse
idiota pensa que é quem para me
tratar assim? Sinto meu rosto
esquentar de raiva, e o fulmino
com o olhar.

- Não estou aqui para namorar,
e sim trabalhar. E se o senhor não
percebeu, foi seu irmão quem me
beijou, não o contrário. Não sei
com que tipo de mulher o Senhor
convive para pensar tal absurdo da
minha pessoa, mas pode ter certeza
que não sou uma delas.

- Eu não quis...

Levanto minha mão o
interrompendo.

- Sim. O senhor quis. Não lhe
dei motivos para o senhor achar
que sou uma mulher fácil. Dessa
vez vou deixar passar, mas se me
ofender novamente, eu quebro sua
cara, o senhor sendo meu chefe, ou
não.

Lanço Ihe um olhar frio, dou-lhe as
costas, abro a porta e saio da sala o
deixando sem palavras.

Uma Babá irresistível ||Noart adaptation Onde histórias criam vida. Descubra agora