Traços do destino •Jjk + Pjm• 🐺 [ Concluída ]

I

🌙

Bip... Bip... Bip...

É a única coisa que ouço antes de abrir completamente os olhos.

Percebi que estava em um quarto de hospital.

— Jimin! — Ouço a voz de Seokjin — Jimin, você está bem?

Assim que minha visão começou a clarear novamente, pude ver o rosto de Jin. Ele estava chorando. Será que eu entrei em coma?

— Quantos anos eu tenho? — É a primeira coisa que pergunto para Jin.

— Tá doido, Jimin? — Seokjin coloca sua palma na minha testa para medir a minha temperatura — Enfermeira! O Jimin perdeu a memória, socorro!

Vejo meu amigo desesperado, andando de um lado para o outro no quarto.

— Seokjin! Você ficou maluco de vez?

— O que deu em você pra perguntar a sua idade? — Ele chega mais perto ainda confuso — Você tem 20 anos seu doido, só teve uma queda de pressão quando seu pai estava fa...

Eu o interrompi.

— Não precisa terminar de falar — Meus olhos enchem de lágrimas — Eu ainda não consigo acreditar nisso, Jin. Eu não queria me casar com um alfa que eu nem conheço.

Meu amigo se aproxima, segura uma de minhas mãos enquanto deixa um carinho gostoso no dorso da mesma.

— Eu imagino a sua dor, meu amigo — Ele limpa uma lágrima que escapou dos meus olhos — Mas o Jeon não é um alfa ruim, ele é um pouco teimoso às vezes, mas eu garanto que ele nunca te fará mal algum, meu amor.

— Tudo bem. Onde está a minha mãe?

— Jimin... — Chama a minha atenção um pouco apreensivo — Seu pai... ele não conseguiu suportar. Ele... ele morreu, Jimin.

NÃO! NÃO PODE SER...

Mesmo já sabendo que ele não aguentaria por muito tempo, eu não queria que ele partisse agora.

Eu não estou pronto para me casar, não estou pronto para dividir o resto da minha vida com um alfa desconhecido.

E se ele fizer igual ao idiota na época da minha escola? E se ele me tratar mal? Ou pior, se ele abusar de mim? Não! Eu não vou permitir!

🌙

Depois de me recuperar e ser liberado do quarto, eu e Jin fomos até a minha mãe, a mesma estava terrivelmente triste e sensível.

Meu pai era muito importante para nós dois, ele era o melhor pai e alfa do mundo.

Ele sempre me ajudou, sempre me ouviu e me apoiou em tudo. Quando aquela situação constrangedora aconteceu comigo, meu pai foi o primeiro a me defender, enfrentou o pai do alfa que fez aquilo comigo e me confortou quando fiquei traumatizado com tudo aquilo.

Me parte o coração saber que ele não estará mais em casa, me dói mais ainda saber que não verei mais o seu sorriso, não terei seus abraços quentinhos e carinhosos.

Eu estou destruído.

Ainda naquela maldita sala, minha mãe não quis fazer cerimônia, chamou apenas os mais próximos para se despedirem do meu pai antes de o enterrar.

Foi liberada a entrada de todos, na pequena sala, mas dentre aqueles alfas, ômegas e betas, um alfa me chamou a atenção.

Ele era diferente dos outros, seu cheiro era mais forte, ele era grande, tinha ombros largos, cabelos negros como a noite, olhos escuros e bem fofos, na verdade ele era lindo e...