"Capítulo 01"

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{01} Príncipe Van Back

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{01} Príncipe Van Back.

A mulher de cabelos encaracolados estava sentada numa cadeira estofada, com os olhos presos na sua delicada luva feita de renda, mas não prestava atenção nos detalhes, na verdade não via nada à sua frente. Estava aérea a tudo, desejando apenas o silêncio e a solidão naquele momento. Queria ficar sozinha, apenas presa nas últimas informações que recebera.

Iria se casar.

Com um tal de Van Back, que nunca vira em sua vida. Sabia apenas que ele era um príncipe, pois o sobrenome é muito famoso e já ouvira várias vezes. E por mais que fosse se casar com um príncipe, o sonho de toda jovem, não era para ela.

Essa mulher chamava-se Isabel, e o motivo para não querer se casar é simples: Por não conhecê-lo. Nunca foi de seu extremo desejo se casar, portanto acreditava que havia várias coisas no mundo para vivenciar que possa render uma experiência melhor do que um casório. Entretanto a ideia do compromisso não era assustadora, só desejava se casar com alguém que a ame de verdade e sempre iria respeitá-la acima de tudo.

Já que nesses últimos tempos os homens da sociedade não tinham conhecimento dessa palavra. Isabel achava isso tudo injusto, ter que se submeter a um rapaz que se divertirá com outras as escondidas, enquanto se ela cogitasse fazer isso seria massacrada. E é justamente sobre isso, ela queria uma relação de paixão e cumplicidade e não sabia se conseguiria isso com um príncipe libertino.

Mais uma lágrima escorreu de sua órbita, caindo na luva azulada, penetrando no tecido rendado. Seu futuro é incerto e ela não tem ideia de como fugir dele.

— Senhorita? — Imediatamente Isabel ergueu a cabeça secando rapidamente suas lágrimas. Encontrou um homem parado à sua frente naquele corredor vazio do baile, lhe encarando com ternura e ao mesmo tempo com pena e curiosidade.

— Quem é você? — Ele não respondeu, foi até ao seu lado e sentou-se na cadeira vazia. A ruiva olhou para o lado e observou aquele moço de pele jambo, nunca havia o visto.

— Me chamo Arthur. — Respondeu e se acomodou melhor — E o seu nome é?

— Isabel. — Respondeu baixinho e voltou a encarar as próprias mãos, fechou os dedos lentamente e depois os abriu de novo, como se aqueles movimentos de seus dedos fossem a coisa mais interessante do cenário.

— Se me permite perguntar... — Começou o rapaz e a menina ergueu o olhar para ele, esperando que continuasse — Está com problemas? — Isabel riu sem humor, não carregava o costumeiro doce misturado com extroversão, agora está amargo. Em momentos de frustração acaba por ficar muito irritada.

— Perdoe-me a minha grosseria, mas meus problemas não são do vosso interesse. — A frieza também estava presente em sua voz — Nem nos conhecemos.

— Você que sabe. — Deu de ombros — Só estava tentando ser gentil.

— Guarde sua gentileza para você, senhor. — Ficou de pé, queria ir embora dali. Não costumava ser ignorante, porém naquele momento só precisava ficar sozinha, mergulhada nos próprios pensamentos.

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