Dabi - Touya Todoroki

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não revisado

Aviso: Menção de estrupo.

Cheguei em casa com as pernas bambas, os braços dormentes e não parava de cair lágrimas dos meus olhos. Isso sem contar os roxos que marcavam a minha pele e o resquício de sangue seco entre as minhas pernas.

Não sei como contar isso para o Touya, mas não tive muito tempo para pensar nisso, assim que abri a porta do nosso esconderijo compartilhado o moreno veio correndo até mim e envolvendo-me em um forte abraço, forte demais.

- Ai... – Não contive o gemido de dor.

Touya se distanciou e me analisou, seu rosto passou de preocupado para chocado e (literalmente) paralisado. Eu senti vergonha, eu era uma assassina de vilões, uma lutadora e agora estava ali, parada com o amor da minha vida me olhando no pior estado que eu já poderia estar. Não por causa dos machucados, ou da dor incessante que sentia, eu já sofri ferimentos piores que esses, mas pelo fato de eu estar completamente indefesa, um modo no qual eu nunca havia ficado antes.

- O que... Houve? – Dava para perceber a raiva contida na voz do moreno.

- Touya... – As lágrimas não paravam de cair.

- Quem... – Ele desviou o olhar e suspirou. – Quem fez isso?

- Ele podia anular outras individualidades. – Eu comecei a soluçar, de novo. – E o cara que me pegou por trás era mais forte que eu... Eu tentei sair... M-mas...

- Calma. – Ele parecia estar dizendo isso para ele mesmo. – Fique calma, respire e me conta.

- Eu tava voltando para casa... Eu peguei aquele beco pra entrar no esconderijo... – A cena se repassava na minha mente. – Um homem me agarrou por trás, ele... Ele tinha cheiro de tequila... – Meu Touya me abraçou suavemente e apoiou o queixo no topo da minha cabeça. – Um cara veio na minha frente. Eu tentei incendiá-los... Como você me ensinou... Mas eu não conseguia nada.

Minha voz começou a sumir, caí de joelhos no chão, mas Touya me segurou, se ajoelhando comigo, a raiva começava a ser evidente.

- Ele levantou a minha saia... A m-minha blusa está rasgada... Ele entrou em mim... E o cara por trás t-também... – Não sei se era impressão minha, mas as dores no meu corpo começaram a aumentar. – Eu tentei me livrar deles... Tentei lutar, Touya.

- Fique tranquila. Eu estou aqui e nada vai te acontecer. Você se lembra da aparência desses caras? – Ele começou a olhar dentro de meus olhos, evitando qualquer outro machucado que não fosse o corte na minha sobrancelha.

- O cara que ficou de frente... Ele era loiro, seu cabelo... Era um pouco grande, com olhos pretos, barba por fazer... Era um pouco maior que eu... – Quanto mais fitava os olhos do moreno, mais eu me acalmava. – O outro... Não consegui ver ele, mas era forte... Muito mais alto...

- Certo... – Ele começou a olhar para meu corpo novamente, a raiva tão nítida quanto a luz. – Vamos fazer assim, eu te ajudo a tomar um banho, cuido desses... Ferimentos, comemos um lámen e nos deitamos um pouco, para você se acalmar. Pode?

Franzi o cenho já sabendo o que ele estava tramando, mesmo assim, cedi.

- Pode.

Dito e feito. Demorou um tempo e... Bem, Touya nunca esteve tão próximo da minha intimidade sem segundas intenções, o que me deixou desconfortável, mesmo assim ele cuidou de mim, fez um lámen instantâneo delicioso e deitamos na cama após comermos, eu finalmente havia parado de chorar.

- Touya. – Chamei meu amado.

- Pode falar, minha princesa.

- Quando for atrás deles esta noite, me prometa que vai queimá-los vivos, do mesmo modo que eu tentei. – Falei com meus olhos fechados e abraçando o moreno mais ainda.

- Claro, querida. Não há método melhor de vingança. – Ele começou a fazer carinho no meu cabelo e eu adormeci.

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