✓┊𝐕𝐈𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐏𝐎𝐑𝐓𝐀

capítulo 27...

        Josh Narrando...

Já tem uns quarenta minutos que eu e Sav voltamos para o chalé. Ainda não caiu uma gota de chuva, mas está dando vários trovões fortes, e pelo o visto, a Savannah tem medo, fobia, ou algo parecido. A cada trovão que dá, ela se aperta mais em mim.

Estamos sentandos nos sofá e não dá para fazer nada, por que segundo Savannah, se ligar a TV, corre o risco de queimar ou estragar, não pode mexer com água, por que água puxa relâmpagos, a mesma coisa sobre pegar qualquer coisa feita de alumínio ou ferro, o que água e alumínio tem haver com relâmpagos?

—Aah. - Sav grita, após um trovão, estourar bem perto de onde estamos.

—Será que tem risco de cair uma árvore na estrada ou no carro? - perguntei, olhando fixamente para a janela.

—Não fica falando não, vai que entra um raio na sua boca. - Ela diz tapando minha boca.

—Sav... - tiro a mão dela, da minha boca - Qual foi o Google que você viu que se falar pode entrar um raio na boca da pessoa? - pergunto.

—Não sei... - Ela fica calada - Começou a chover. - Sav aponta para a janela, que estava repleta de respingos de água.

—Legal, tô achando que vou ligar para o Simon e falar que não vamos ir amanhã. - falo em tom de deboche.

—Chuva pesada assim, vai embora depressa, é só questão da nuvem esvaziar mesmo. - Savannah diz, deitando a cabeça no meu peito.

—Nota mental: tirar o celular da Savannah para ela não ficar mais paranoica com relação a tempestades. - falei alto para que ela me escutasse.

—Hahahaha, que engraçado. - Ela ri ironicamente - Você sabe muito bem que eu tenho esse trauma desde criança.

—Você devia procurar um psicólogo para tratar isso, vai que é sério. - falei ironizando e a mesma riu irônica - Agora, mudando de assunto... tem quanto tempo que você não entra nas redes sociais?

—Sei lá, desde que lançamos o clip de Golden. - Sav diz, enquanto fazia desenhos imaginários no meu peito.

—Sério? Seu celular não vivi apitando com as notificações? Você tem até fã clube, sabia? - falei espantado.

—Sério? - assenti em confirmação - Quando chegarmos em casa, eu vejo isso.

[...]

Depois de duas horas de uma longa tempestade, cheia de relâmpagos, trovões e ventos fortes, a chuva se foi, e um lindo sol apareceu no céu.

Savannah tinha cochilado no sofá, então eu saí, para ver se não tinha caído nem uma árvore na estrada, ou coisa parecida.

Estou na trilha e avisto um caminhão reboque, o cara veio buscar o carro.

—É você que ligou, para buscar o carro? - um homem grita de dentro do caminhão.

—Sou eu sim. Mas você pode esperar um pouco? Tenho que voltar no chalé para buscar umas coisas e uma pessoa que está comigo. - gritei, por causa da distância.

—Claro, sem problema. Vou ver o melhor jeito para rebocar seu carro. - ele disse saindo do veículo em que estava.

—Ok. - disse e sai com pressa, em direção ao chalé.

Se comparar eu e o The Flash, o Flash perde. Eu nunca corri tanto na minha vida.

Cheguei na varanda do chalé, apoiando uma mão na porta, tentando recuperar o fôlego. Entrei e Savannah ainda dormia. Me ajoelhei perto dela, no sofá, e comecei a mexer no cabelo dela.

—Acorda Sav. - falei e ela se remexeu.

—Só mais cinco minutos. - Ela resmunga, ficando de frente para mim.

—Anda Sav, o cara que veio buscar o carro já chegou, temos que aproveitar a carona, ou quer voltar a pé?

—O cara já chegou? - Sav se sentou no sofá. Ela estava com a cara ameaçada e os cabelos bagunçados.

—Sim. - falei rindo da mesma.

—Então estamos esperando o que? - Sav diz e da um pulo do sofá, se levantando.

Arrumamos tudo, trancamos todas as janelas, pegamos as coisas e tranquei a porta. Saímos de pressa, rindo de nos mesmo, já que a cada passo, um de nós atrapalhava com as sacolas e quase caia.

Assim que chegamos no carro, coloquei as sacolas no porta malas e entramos no banco de trás do carro.

—Sabe que essa é a primeira vez, que eu ando no meu carro, sem estar dirigindo ele? - falei, tentando quebrar o silêncio.

—Que coisa. - Sav riu - Ou?

—Hm?

—Eu estou com frio. - a loira diz rindo.

—Toma. - peguei o moleton que estava no painel do carro e entreguei para a mesma.

—Obrigada. - Ela disse vestindo - Não tá com frio?

—Um pouco, na verdade. - falei, e soltei um riso.

—Vem cá, vou te esquentar. - Sav disse, pegando meu braço direito, o colocando sobre seu ombro, enquando se aconchegava em mim. Abracei a mesma.

—Você tá quentinha. - falei e ela riu.

—Que bom para você né? - ela solta uma risada muito contagiante.

—Seu senso de humor hoje, tá o melhor. - falei rindo.

—Josh... - olhei para Sav - Eu tô preocupada com uma coisa.

—Com o que? - fiquei preocupado.

—Tipo, e se o Logan... - interrompi ela.

—Vamos ficar sem pensar no Logan? Tá certo que você deve estar com medo, mas poxa, enquanto eu estiver aqui, eu não deixo ele encostar em, se quer, um fio de cabelo seu. - puxei a garota para um abraço - Eu amo você Savannah.

—Eu amo você Josh. - Ela disse antes de sentar em meu colo e me beijar.

No começo eu estranhei a atitude da mesma, mas logo me rendi ao seu beijo e ao seu toque.

Savannah tinha um cheiro tão bom, tão doce, tão... inexplicável. Eu estou preso a essa mulher.

Nos separamos do beijo, depois do motorista passar em um buraco.

—Desculpa aí. - o homem gritou do caminhão.

—Machucou? - pergunto para Sav, que bateu a cabeça no teto do carro.

—Claro, dei a maior cacetada com a cabeça no teto do carro. - Sav passa a mão onde bateu - Tá rindo do que? Queria ver se fosse você.

—Eu não tô rindo. - falei segurando o riso.

—Quer morrer Joshua Kyle Beauchamp? Quer morrer? - Savannah me olhava com um olhar intimidador, só que para mim estava engraçado.

Ela saiu do meu colo e logo o homem do caminhão, gritou, dizendo que podíamos descer e que eles iriam encher os pneus, para podermos ir para casa.

Que dia viu! Mellody apareceu do nada, Savannah perdendo a confiança em mim, fizemos as pazes, os pneus do carro se esvaziando "sozinhos", tempestade. Não quero viver um dia parecido nem na minha próxima reencarnação.

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