capítulo 6...

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Savannah Narrando...

—Savannah, a Sabina tá lá em baixo. - Logan diz batendo na porta.

—Fala com ela que eu tô quase acabando. - digo, e escuto passos se distanciando.

Depois do acontecimento na festa, minha vontade é enfiar minha cabeça em um buraco. Hoje é domingo, eu e Sabina combinamos de almoçar fora, num restaurante qualquer. Só que são dez e quinze da manhã e a Sabina já está arrumar, me esperando na sala. Término de colocar os brincos, pego minhas inseparáveis pulseiras de pano (aquelas coloridas, do Bob Marley), e desço as escadas.

—Por que tão cedo? - pergunta olhando para Sabina, que comia alguma coisa na minha geladeira.

—Por que eu vou te levar para passear. Você tem que conhecer um pouco mais da nossa linda Los Angeles. - Ela diz sorrindo e vindo até mim.

—Que seja. Tchau amor. - dou um selinho demorado em Logan.

—Vê se não bebe. - Logan me provoca.

—Olha aqui... - antes de terminar a frase, Sabina me puxa para fora de casa — Onde vamos ir primeiro?

—Não sei, que tal só irmos andando? - ela sorri e eu assinto.

Passamos pela portaria do condomínio e fomos andando sem rumo. Até que paramos em um parque maravilhoso. Sentamos em um banquinho e ficamos olhando as crianças brincando. Tudo mudou, até a Sabina ver um senhor, já de idade, vendendo algodão doce.

—Vamos Savannah, um algodão doce não vai tirar você da dieta. - Ela insiste.

—Tá, só um. - me rendo, ela me abraça e vai até o senhor.

—Voltei. - Ela aparece com quatro algodões na mão.

—Eu disse que ia comer só um. - reclamo.

—E quem disse que você vai comer dois, são três para mim e um para você. Não tenho culpa de você estar nessa dieta, por causa do vídeo clipe, e essas coisas toda. - Sabina diz, ajeitando um lugar para todos.

—Tá, mas agora, mudando de assunto, onde vamos comer? Em que restaurante? Que tipo de comida? - Pergunto, levando um pedaço do algodão na boca.

—Sei lá, podemos comer japonês, ou uma comida mexicana, tem um restaurante aqui, que é maravilhoso. - Ela diz, mais comendo do que conversando.

—Japonês eu já comi muito, enjoei. Pode ser mexicana, algo mais, sei lá, fuego. - sorrio, e ela gargalha.

—Pode ser então, tem muito tempo que não como comida mexicana. - Ela diz abrindo seu segundo algodão doce, como que essa menina come tanto?

—Sabina, meu amor, já que você acabou de comer seus algodões doces, você pode levar os papéis no lixo, né? - Pergunto fazendo voz fofa, pelo ou menos, eu achava que era fofa.

—Deixa eu ver. - Ela diz, olhando em volta —A lixeira mais perto, e lá perto do lago, Sav. - faz bico.

—Chega de drama, Saby. Leva logo. - digo e ela sai.

Sabina já tinha saído a um tempo. Estava sentada no mesmo banco, até que alguém tropeça é me entorna refrigerante.

—Poxa, mano, olha o que você fez. - reclamo alto.

—Desculpa, eu tropecei nessa pedra e... - escuto a voz de Josh, levanto o rosto e vejo que era ele — Você aqui, Sav? Quero dizer Savannah.

—Tudo bem. - sorrio, e me levanto — Pode me chamar de Sav, eu não ligo.

—Vamos, vou te levar no banheiro para você se secar. - ele segura minha mão, mas logo solta, ao perceber seu ato.

—Mas, a Sabina saiu e ela vai ficar preocupada se não me ver aqui. - digo um tanto rápido.

—Calma! - ele gargalha — Onde ela foi?

—Lá perto do lago. - respondo.

—Acho que ela não tá lá mais. - ele aponta para o lago e nem sinal da Sabina.

—Não acredito que ela ia me deixar sozinha. - falo balançando a cabeça em negação.

—Vamos logo, se não vai pegar um resfriado. - ele sorri e eu o acompanho.

Ele me levou até o banheiro, de uma loja ali perto. Entrei no banheiro e ele me esperou perto da porta.
Entrei e tentei limpar ao máximo, minha roupa, mas não adiantou, o refrigerante já tinha manchado, refri de uva tem esse péssimo hábito. Agora tenho uma mancha roxa no meu cropped branco.

—Manchou. - digo com expressão triste, abrindo a porta do banheiro.

—Vem, vou te levar para casa. - ele diz, apontando para fora com a cabeça —Veste meu moleton para esconder a mancha até chegar em casa.

Saímos da loja, um do lado do outro, rindo de várias coisas. Eu achava que conhecia Josh de algum lugar, mas não lembro de ninguém como ele. Ou no mínimo, parecido.

Josh me deixava com o famoso efeito borboleta. É, elas andavam em meu estômago, de um lado para o outro, sem parar. Meu coração batia forte. Minhas mãos transpiravam. Sei que é errado sentir isso, ainda mais pelo meu parceiro de trabalho e melhor amigo do seu namorado. Mas ninguém controla seus sentimentos. Josh me trata de um jeito que Logan jamais me tratou, e jamais me tratará. Logan nunca me emprestou um moletom dele, isso é estranho, por que, até melhores amigos, emprestam seus moletons para suas melhores amigas.

—Está entregue! - Josh diz parando no meio da rua, na frente de nossas casas.

—Seu moletom. - digo ameaçando tirar, mas ele me para.

—Depois você me entrega... amanhã, no estúdio. - ele sorri e eu retribuo.

—Tá bom, obrigada. - sorrio e vou em direção a minha casa.

—De nada. - ele retribui o sorriso, indo para sua  casa.

Entro em casa, fecho a porta e apoio minhas costas nela, apertando o moletom do loiro, contra meu corpo, sentindo o seu perfume.

—De quem é esse moletom? - Logan diz embolado, cambaleando de um lado para o outro, sem contar o cheiro de bebida que ele estava. Não acredito que em menos de duas horas, ele já está bêbado.

—Logan, você bebeu? - pergunto, mesmo sabendo a resposta.

—Talvez. - ele vem até mim e me puxa para ele.

Minhas mãos andaram em todos os bolsos da roupa de Logan, encontro um saquinho, que pela cor, parece maconha. Agora você me pergunta: "nossa Savannah, de onde você aprendeu as cores das drogas?" Não é de hoje que eu convivo com isso. Logan chegava em casa cada dia com um pacote de droga de cor diferente, e ele mesmo diferente. As drogas tem, mais ou menos, a mesma cor, mas algumas são mais escuras, o que deixa as pessoas mais descontroladas e outras são mais claras, o que deixa as pessoas apenas fora de si.

—Eu disse que não estava aguentando mais isso. - digo enquanto o mesmo passa suas mãos por todo meu corpo.

—Eu sei que você gosta quando eu te fodo. - ele diz quase em um sussurro.

—Como eu vou gostar? - pergunto irônica — Na maioria das vezes eu estou dormindo e na outra maioria, eu não quero. - afasto ele de mim — Logan, para eu gostar, eu tenho que querer.

—Você quer agora. - ele diz em tom de ordem, me puxa novamente para ele, me beijando.

Por mais que eu tentasse me separar dele, era inútil, Logan era mais forte. A bebida e a droga, nunca foi uma boa combinação.

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Quem disse que a saga da fanfic traiçoeira acabou?

Não sejam fantasminhas, deixe seu voto please🤡💕

Até o próximo capítulo Beauvanners💕

✓┊𝐕𝐈𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐏𝐎𝐑𝐓𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora