EPÍLOGO - PARTE 2

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 Desde que Amanda entrou em nossas vidas, sempre senti que havia algo de errado com ela. Inicialmente, pensei que era apenas ciúmes, uma adolescente tentando lidar com a nova esposa do meu pai. Mas à medida que o tempo passava, essa sensação se transformou em uma inquietação profunda. Eu sabia que ela não era quem dizia ser.

Certa noite, depois de um desentendimento particularmente tenso, decidi que precisava saber mais sobre o passado de Amanda. Com meu pai fora para uma reunião, peguei coragem e fui até o escritório dele. A primeira coisa que notei foi o cheiro de papel antigo misturado ao aroma de café. Enquanto revirei as gavetas, meus dedos tremiam. Encontrei documentos, contas e, em meio a tudo, um álbum de recortes que parecia estar esquecido há anos.

Folheando as páginas, fui tomada por um choque. Notícias antigas falavam sobre fraudes, roubos e pessoas perigosas associadas a Amanda. A cada nova revelação, meu coração batia mais forte. Como meu pai poderia se casar com alguém assim? Fui tomada por uma mistura de revolta e medo. Isso não era apenas sobre mim, mas sobre ele também.

Decidi pesquisar mais. Horas se passaram, mas eu não podia parar. O que mais eu poderia encontrar? Em um site de notícias locais, vi uma foto dela cercada por homens que exalavam uma aura ameaçadora. Amanda não era uma mulher comum; ela tinha um passado sombrio. A cada nova informação, eu percebia que ela estava se aproximando de meu pai, não por amor, mas por algum plano obscuro.

Naquela noite, depois de tanto pesquisar, o medo tomou conta de mim. Amanda estava manipulando meu pai. As peças começaram a se encaixar, e uma conclusão aterradora se formou em minha mente: ele poderia ser a próxima vítima dela. Era uma sensação insuportável, como se estivesse em um pesadelo do qual não conseguia acordar.

Finalmente, decidi confrontá-la. Enquanto estava na cozinha, senti um frio na barriga. A coragem parecia me abandonar, mas eu sabia que precisava agir. Respirei fundo e disse:

— Amanda, eu sei sobre seu passado.

Ela se virou, e por um momento, vi um brilho de surpresa em seus olhos. Depois, uma risada fria escapou de seus lábios, como se eu fosse apenas uma criança fazendo um jogo.

— Você não entende, querida — ela disse, a expressão dela se transformando em uma máscara de desdém. — O passado sempre volta, e algumas pessoas não têm como escapar dele.

Aquelas palavras me aterrorizavam. O que ela realmente estava planejando? Eu precisava avisar meu pai, mas a ideia de que ele não acreditasse em mim era aterradora. A luta estava apenas começando, e eu não podia deixar Amanda continuar com seus planos. Eu me recusei a ser uma vítima.

Naquela noite, sentei-me com meu pai e, com um nó na garganta, contei tudo o que descobri. O olhar dele, inicialmente incrédulo, se transformou em preocupação. Ele precisava entender a gravidade da situação. Eu não ia permitir que Amanda arruinasse nossas vidas. Determinada, preparei-me para enfrentar o que quer que estivesse por vir. Meu pai era tudo que eu tinha, e eu estava disposta a lutar para protegê-lo, não importa o custo.

Pedalava apressada, perguntando-me se chegaria a tempo. Meu vestido se amassava a cada movimento, mas isso pouco importava; eu só precisava chegar na festa. Disseram que seria a melhor festa do verão, e eu não podia perder.

Assim que parei em frente à casa da Lisa Fiestein, vi uma multidão de adolescentes espalhados por todo o lugar – alguns já bêbados, outros flertando. Tudo o que eu queria era encontrar meus amigos e finalmente me divertir depois de tanto tempo.

— Ana? — chamou Carter, e eu me virei rapidamente para abraçá-lo.

— Vamos entrar logo! Quero aproveitar a festa.

Quem Matou Ana Baged?Onde histórias criam vida. Descubra agora