the freedom in your eyes | daniel ricciardo

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Qualquer pessoa que andasse pelos corredores da Universidade do Sul da Califórnia naquela sexta-feira, mesmo que quisesse, não seria capaz de ignorar o fato de que o Dia dos Namorados havia chegado com tudo

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Qualquer pessoa que andasse pelos corredores da Universidade do Sul da Califórnia naquela sexta-feira, mesmo que quisesse, não seria capaz de ignorar o fato de que o Dia dos Namorados havia chegado com tudo. Para onde quer que olhasse, só o que Harlow Reed conseguia ver eram casais apaixonados fazendo planos para o fim de semana ou moças e rapazes decidindo sobre a melhor forma de se declarar para alguém — isso, é claro, sem contar a decoração repleta de vermelho, rosa e corações por todos os centros comerciais de Los Angeles.

Reed sabia que passaria o Valentine's Day sozinha, mas tal certeza não a deixava triste e muito menos a fazia odiar a data comemorativa. Primeiro porque sempre havia gostado do dia 14 de fevereiro e da aura que ele trazia consigo, desde que era pequena e mesmo quando a data se resumia a ela e a mãe sentadas em frente à TV se entupindo de chocolate. Mas principalmente porque, ainda que fosse passar o dia em questão sozinha, aquilo não significava que ela estava sozinha.

Se fosse sincera, estava muito bem acompanhada já fazia alguns meses.

Assim que a professora de Epidemiologia liberou a classe, Harlow juntou suas coisas mais do que depressa e deixou o prédio da universidade com um sorriso aliviado no rosto. Não que ela não gostasse do curso que fazia — pelo contrário, era apaixonada por todo e cada detalhe da Biomedicina —, mas a primeira semana de aula era sempre arrastada e repetitiva e nunca tinha muita coisa realmente interessante.

Entretanto, os planos da menina de passar o resto do dia se empanturrando de pizza e assistindo filmes de comédia romântica debaixo das cobertas foi por água abaixo assim que ela viu o carro esportivo de cor azul estacionado não muito longe dos portões da USC.

Semicerrando os olhos para se certificar de que estava enxergando direito, Harlow soltou uma gargalhada e se apressou até onde ele estava.

— Está me seguindo, australiano? — disparou assim que se abaixou e apoiou os braços sobre a janela aberta do automóvel.

— Ficar longe de você é difícil, Reed — Daniel deu de ombros com um sorriso largo no rosto. — Eu sei que o Valentine's Day é só depois de amanhã, mas preciso voltar cedo no domingo, então pensei em fazermos alguma coisa hoje e amanhã a gente tem o dia todo pra ficar de preguiça lá em casa. O que você acha?

— Não sei... você me dá umas horas para pensar? — Harlow perguntou em uma inocência fingida.

— Você pode fazer o favor de entrar logo nesse carro e me dar um beijo? — o rapaz arqueou as sobrancelhas.

— Pedindo assim com jeitinho, posso — ela riu, finalmente se acomodando no banco do carona e selando seus lábios nos de Daniel. — O que foi que você preparou para o nosso não-Dia dos Namorados? — indagou quando se separaram.

— Uma coisa que pode acabar com nós dois em uma delegacia, mas que tenho certeza que você vai gostar — o australiano sorriu de orelha a orelha.

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