Capítulo 8: A carta

155 7 37
                                    

A carta era de seu pai, nela dizia as coisas que ele queria dizer antes de ir "viajar"... A verdade era que ele havia pegado câncer, não tinha dinheiro para tratamento, tentava esconder o máximo de Jamaica e a irmã dele, não queria magoar seus amados filhos, então os únicos que sabiam eram ele, a mãe e as pessoas que ele tentava pedir ajuda, mas como o mundo em que eles viviam era totalmente injusto, as pessoas passavam reto por ele, como se ele não estivesse ali.

"Olá Jamaica,
Lembra de mim? Seu pai, bom se você está lendo essa carta, significa que eu não estou mais entre os vivos, então mesmo depois de morrer eu queria te esclarecer as coisas, bom eu acabei morrendo por causa de um câncer, provavelmente sua mãe deu uma desculpinha "esfarrapada" para você haha... Bom, eu saia de casa todos os dias bem cedo para ir buscar reciclagens, pedir qualquer tipo de emprego, eu pedia ajuda para as pessoas, mas nunca achei alguém de bom coração, alguns rejeitavam achando que era para bebidas ou drogas, o que eu até entendo, outros fingiam que não tinham me escutado ou visto e iam embora, outros simplesmente começavam a me espancar, provavelmente estavam bêbados.
Teve uma vez que eu vi um cachorrinho em uma cestinha de bicicleta, você iria amar, era tão fofo, eu ia pedir para fazer carinho no pequenino e o moço da bicicleta saiu correndo achando que eu iria assaltar ele, me senti muito mal, mas foi bem engraçado o "leve" pânico dele de ser assaltado."

Jamaica continuou lendo a carta junto com Brasil por um bom tempo, a carta era bem grande, algumas lágrimas escorriam de seus olhos, o brasileiro tentava o consolar dizendo que eles estavam todos em um lugar melhor, o que funcionava bastante.

========Quando chegaram na casa======

Brasil começou a apresentar a casa ao jamaicano, ele mostrou cada canto daquela enorme casa, perto de lá tinha uma floresta, muito bonita, com vários lugares abertos e bons para se brincar, e também tinha uma casa na árvore em que o brasileiros e seus irmãos brincavam, bom eles eram bem pequenos então só acompanhavam Brasil porque seu pai mandava que o brasileiro cuidasse deles.

Eles foram para o quarto do brasileiro que iria ser dividido para os dois, sentaram-se na cama e começaram a conversar... conversa vai, conversa vem, até que um macaquinho entra pela janela e sobe na cabeça de Brasil.

-Quem é esse?-Disse o Jamaica bem impressionado por não esperar que isso fosse acontecer

-Esse é o mico, meu amiguinho, ele mora na floresta mas de vez em quando ele vem aqui no meu quarto e a gente fica brincando

-E do que vocês brincam?- Quando o jamaicano termina de falar o brasileiro aponta para uma bola de futebol e depois para um "campo de futebol" que estava um pouco dentro da floresta

-A gente poderia jogar né? Já aviso que sou muito bom nisso!

-Por mim tudo bem, mas você vai ter que me ensinar porque eu nunca joguei-Disse o jamaicano com um leve sorriso desafiador no rosto

-Pode deixar hahaha

Então assim foi, eles começaram a jogar e foi assim pela tarde inteira, quando se cansaram, cada um foi para sua casa, os garotos para a deles e mico para sua casa na floresta.

========alguns anos depois========

Em um dia na escola, culparam Jamaica de um assassinato, muito dessepcionado acabou mandando Jamaica para um internato, então antes de ir embora e ser praticamente órfão de novo, pois Portugal não o considerava mais como um filho, Jamaica foi até Brasil e começou a dar uma ideia para ele de formar uma máfia, então o jamaicano enviaria cartas para o mesmo contendo informações que ele quisesse, e assim foi feito... Jamaica foi embora em alguns dias, e como foi combinado ele cumpriu sua parte.

====No internato durante a faculdade====

P.O.V Jamaica

Era o primeiro dia de aula, estava no mesmo humor de sempre, no meu canto e quieto, as vezes fumando escondido, enfim o de sempre... vou para a minha sala e vejo Brasil em algumas carteiras a frente, eu fiquei muito feliz ao ver um dos meus primeiros e únicos amigos, tentei esconder a vontade de chamar ele bem alto na sala, e não seria de uma forma tão normal, e sim um "O SEU CORNO QUANTO TEMPO!" Então era melhor esconder, e eu dei mais uma olhada e percebi que ele estava dormindo, mesmo depois de todos esses anos, ele continua o mesmo idiota hahaha.

Quando a aula acabou eu fui acordar ele...
(Primeiro capítulo ↑)
Depois de acordado ele me deu um oi, também parecia feliz, mas não era tempo de ficar de saudade, ele tinha que ir atrás de Canadá
Quando ele saiu, eu fui para um outro lado fumar em um lugar onde não tinha muitas pessoas, até que eu vejo Japão, uma garota que era da minha sala
Quando eu entrei na escola, ela me apresentou a escola, a gente conversou um pouco e viramos amigos, depois de eu falar dela para o Brasil, ele quis que ela entrasse para a máfia, ela aceitou e começamos a conversar mais ainda, descobri que ela era lgbt provavelmente lésbica e algumas outras coisas, recentemente vem crescendo um sentimento maior que amizade, eu realmente amo ela, ela é perfeita mas como eu disse, ela é não gosta de homens, eu finjo que não sinto nada e que esse sentimento não existe, machuca, e machuca muito, mas machucaria mais ainda se eu falasse a verdade e fosse rejeitado, então eu deixo desse jeito mesmo.

Eu chamo ela e nós ficamos sentados e conversamos, pego meu cigarro e o acendo logo colocando-o na boca, Japão não gostava que eu fumasse, então logo retrucou:

-Caralho Jamaica de novo? Já falei pra você parar

-Foi mal, esse é o último

-Você sempre diz isso!-Ela disse com a típica carinha dela de emburrada, ela infla as bochechas parecendo uma bolinha com raiva

-Tabom senhora...-Eu estava dizendo aquilo zombando um pouco da cara da mesma com um leve sorriso no rosto, antes que eu terminasse de falar ela tentou pegar o cigarro.

-Me da isso!-Ela disse com um sorriso já levando na brincadeira

Ela tentava a todo custo pegar o cigarro e eu desviava, a gente ficou assim por algum tempo até eu perceber que ela estava em cima de mim, eu coro quando olho rapidamente para os.... Bom você sabe, como era grande, eu praticamente congelei

-Aeeeee consegui!!-Ela percebe-Jam? Você tá bem?

-Ah tô bem sim hahaha-Voltei a vida real e tentei desfarçar o máximo possível.

Continuarmos a conversar até dar o horário da próxima aula.

======= Fim do "mini-filme"========

(Cancelada Coutryhumans Argbra)Onde histórias criam vida. Descubra agora