ғᴀʟʟ

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[🌙]






Meses depois;








Youngjo caminhava de um lado ao outro, checando incessantemente as horas no relógio de ponteiros em formato de uma maçã que fazia parte da decoração daquela sala. Gunmin já estava enjoado em acompanhá-lo fielmente com o olhar, cansado em vê-lo repetir o mesmo percurso pela incontável, sabe-se lá, vez. Naquele instante, poderia estar a saquear os docinhos na companhia de Keon e Dohyun mas concordara em fazê-lo companhia.

— Será que ele desistiu?

Indagou, ligeiramente exasperado ao Lee que somente revirou os olhos, afundando-se no sofá e preparando-se para tirar uma soneca.

— Quanta impaciência, Kim, você quem está adiantado. — respondeu-o em meio a um bocejo.

— Mas combinamos de nos encontrarmos aqui, com uma hora de antecedência. — quando aceitara o pedido do melhor amigo, não entendera suas palavras mas agora, era compreensível. Youngjo não pode ficar sozinho por muito tempo nesse momento.

— Senta aí e espera um pouco, está pensando demasiado. Aliás, Woong disse que iria atrasar-se um pouco. — disse-lhe. — Toma uma água e se acalma, que vou tirar um cochilo.

— Não é momento para isso, Gunmin.

— Que fogo hein, ah, olha ele. — interrompeu-se ao ouvir o barulho da porta abrindo e em seguida a figura loira lhes sendo visível.

Hwanwoong tranquilamente adentrou no espaço, sendo recebido calorosamente pelo abraço de Youngjo, que suspirou em alívio ao sentir o cheirinho presente em seus cabelos descoloridos.

— Já estava ficando preocupado. — assumiu, intensificando o aperto.

— Bobão! Precisei resolver algo, aliás, passaram-se apenas vinte minutos.

— E faltam quarenta para subirmos naquele altar.

Hwan sorriu instantaneamente ao ouvir suas palavras, afagando a face contra o peito alheio ao que suas mãos percorriam-lhe a altura da coluna, tranquilizando-o.

— Eu sei, meu amor. — afastou-o, esticando-se para deixar um singelo beijinho em seus lábios. E somente então, o Kim pudera observá-lo, arrependendo-se de não o fazê-lo anteriormente.

A perfeita combinação entre o terno em preto fosco, livre da blusa superior, despojado e com a presença de um rosa, traziam todo o holofote ao seu rosto brilhante e em principal, as orbes castanhas, sorridentes, que estava no equilíbrio em trazer-lhe aquela sensação de paz mas também, deixar-lhe ansioso. De fato, era indescritível aquele arrepio que atingira em específico suas terminações naquele instante.

Nostalgia.

Aquele garoto, que costumava cortar e muitas vezes ignorar suas investidas, por mais que um sorrisinho deixasse algo além no ar, a esperança na qual sempre esteve agarrado. O pontinho que ao lado de seu melhor amigo, lhe tiravam o fardo que pesava nos ombros devido a tudo que precisara suportar. Que trocava todos os sabores de sorvete existentes por morango. Que horas e mais horas, no fim da tarde, dividia fone consigo a ouvir músicas esquecidas mas que tornariam-se trilha sonora no futuro. Que dançava para si, onde estivessem. Que cumpria suas promessas mais loucas até mesmo em lugares impróprios. Que encontrava aconchego em seu abraço e a cumplicidade compartilhada num simples olhar ou toque de mãos. Aquele que descifrava com mínimas ações e que amava a cada detalhe.

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