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ANGEL MARTINELLI

— Scott! Você me assustou — Falo com a mão no peito e recuperando — O que você está fazendo aqui? Quer dizer, como você está?

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— Scott! Você me assustou — Falo com a mão no peito e recuperando — O que você está fazendo aqui? Quer dizer, como você está?

— A pergunta é, como você está?

— Eu estou bem — Respondo — Ainda meio confusa, mas estou bem.

— Fiquei preocupado com você. Passou dois dias dormindo, achei que falhei miseravelmente na tentativa de te salvar.

— A culpa não foi sua, nós não sabíamos que ela apareceria lá — Respondo.

— Talvez eu soubesse — Diz ele e eu o olho confusa — Não deveria ter levado você para lá, aquela área é considerada perigosa para humanos, mesmo assim eu levei você lá.

— Já passou, como vês eu estou bem, pare de se culpar por isso. Agora me diga, como soube que eu estava inconsciente por dois dias?

— Eu estive sempre ao seu lado e hoje eu estava indo para lá ver você novamente, foi quando a vi andando sozinha nessa floresta. Para onde você estava indo? — Ele pergunta.

— Para sua casa, precisava saber como você estava.

— Agora que já sabe como estou, melhor voltar para casa, não é seguro andar à essa hora — Diz ele.

— Tudo bem. Até amanhã — Tento aproximar do mesmo, mas ele recua e fechando suas mãos em um punho. Percebo que ele estava em uma batalha interna, não entendia o que tinha de tão especial em meu sangue.

Dou as costas para o mesmo e volto em passos lentos para à mansão. Tudo estava muito calmo, parecia até que Roman não estava em casa, seria mais fácil voltar para o quarto.

— Onde você estava? — Me assusto ao ouvir sua voz atrás de mim.

— Não é da sua conta — Respondo.

— Tudo que você faz é da minha conta, todos os seus passos, com quem você fala, onde vai, tudo Angel, eu devo saber de tudo.

— Você não é o meu pai — Grito irritada, porém assustada 

— Mas eu comprei você e agora me pertence. Ou achou mesmo que sua mãe viajou porque recebeu uma proposta de trabalho?

— O quê? — Falo em um fio de voz — Minha mãe não faria isso.

— Sua mãe vendeu você para mim, Angel, ela queria se ver livre de você. E eu mandei ela sumir do mapa, por isso toda a merda que você faz eu devo saber — Ele altera o tom de voz — Querendo ou não, você é minha.

Eu não sou sua. Vou embora daqui, você é doente, Roman — Tento passar por ele, mas o mesmo me prende contra seu corpo.

— Se você ousar sair dessa mansão, Angel, eu juro que não vai gostar do que vem depois e pode se preparar porque quem sofrerá primeiro é o seu amigo Scott.

— Não se aproxime de Scott nunca — Afasto do mesmo e dou um tapa em seu rosto.

Me arrependo no mesmo instante ao ver que Roman tinha se irritado e muito. Arregalo os olhos ao ver presas crescerem em sua boca, seus olhos mudavam de cor, para vermelho.

— Roman? Você é um deles — Falo afastando do mesmo.

— Eu vou repetir, se não quer ver seu amigo sofrer, melhor fazer tudo que eu mando. Entendeu?

— S-sim — Assenti rapidamente com a cabeça e logo Roman volta ao normal.

Sinto minhas costas bater na parede fria, lágrimas não paravam de rolar como uma cascata. Eu estava com medo desse mundo de seres sobrenaturais, sempre acreditei que não existiam. E agora? Agora foi comprada por um deles, como um objeto descartável. Queria que tudo isso fosse mentira, nunca pensei que minha mãe tivesse coragem de fazer isso com a própria filha, tudo por causa de uma quantia de dinheiro.

— Angel — Ouço Roman me chamar e tocar delicadamente meu rosto — Me desculpa, não quis assustar você.

— Eu quero ir embora — Falo ainda chorando.

— Sinto muito, mas eu não posso deixar você ir. Você é minha, Angel, quero te proteger de todo o mal desse mundo, até mesmo de mim.

— Talvez você estivesse falhando em tentar me proteger — Dou as costas para o mesmo e subo às escadas, seguindo até meu quarto.

Assim que entro, me assusto ao ver Scott parado no meio do quarto. 

— Sinto muito, Angel — Diz ele. Aproximo do mesmo e o abraço, não me importando mais com as consequências.

Eu gostava de estar em seus braços, me sentia realmente em segurança, embora tivesse vulnerável demais.

— Você deveria ter medo de mim, Angel — Diz ele assim que nos afastamos — Eu posso fazer mal à você.

— Mas você não teria coragem — Respondo — Você pode ser um vampiro, amante de sangue humano, mas isso não interessa, eu não quero ficar longe de você.

— Por quê? — Ele pergunta com um olhar curioso. Olho para o chão e tomando coragem para falar, mas achei melhor deixar quieto.

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✓ 𝘂𝗽𝗶𝗿 ! 𝖡𝗂𝗅𝗅 𝖲𝗄𝖺𝗋𝗌𝗀𝖺̊𝗋𝖽 [short fic] Onde histórias criam vida. Descubra agora