✓ 𝘂𝗽𝗶𝗿 ! 𝖡𝗂𝗅𝗅 𝖲𝗄𝖺𝗋𝗌𝗀𝖺̊𝗋𝖽 [short fic]

09

ANGEL MARTINELLI

Abro meus olhos lentamente vendo que estava em um quarto diferente, percebi logo que era o quarto de Roman pelas paredes escuras e sua cama enorme. Minha cabeça estava enfaixada, assim como outras partes de meu corpo, mas as dores que eu sentia antes não eram as mesmas.

Levanto da cama lentamente e ando até a porta, tomando um grande susto quando ao abrir ver Roman encarando a mesma.

— Finalmente acordou — Diz ele — Estava começando a ficar preocupado.

— Quanto tempo eu dormi? — Pergunto confusa.

— Dois dias — Arregalo os olhos — Mas vejo que você já se sente bem melhor.

— S-sim, estou bem! Obrigada por me ajudar, embora eu ainda esteja confusa — Falo pensativa — Parecia tudo um sonho, seres que eu só via em filmes e agora vendo bem em frente de mim ou até mesmo convivendo com eles. Você acredita mesmo que vampiros existem?

— Porquê você não acredita? — Ele pergunta.

— É tudo tão confuso. E Brenda? Que espécie de vampiro ela é?

— Upir — Ele responde curto. E eu o encarava confusa. Sou guiada pelo mesmo até a cama e sentamos lado à lado.

— O que é um upir? — Pergunto.

— Não acho que é o momento certo para você saber, Angel — Diz ele.

— Tudo bem, mas me diga uma coisa... você é um deles?

Ele me encara seriamente por alguns segundos mas em seguida solta um leve sorriso e balança a cabeça.

— Não. Não sou um deles, mas farei de tudo para manter você em segurança.

Aproximo do mesmo e abraço seu corpo, Roman pareceu surpreso e ao mesmo tempo hesitante ao retribuir o abraço. Sentir seu perfume e seus braços em volta de meu corpo era reconfortante para mim. Poder saber que estaria segura em seus braços.

Ergui minha cabeça fitando seus olhos verdes intensos, sinto meu rosto corar quando o mesmo toca delicadamente meu rosto e aproxima nossos lábios, dando um selinho demorado.

Passei minhas mãos em volta de seu pescoço aprofundando o beijo, nossas línguas dançavam em perfeita sincronia, era como se aquele momento fosse o último em nossas vidas. O beijo ficava cada vez mais intenso, meu corpo pedia por mais. Sento em seu colo com uma perna em cada lado, fazendo Roman arfar.

— Angel — Ele sussurra em meu ouvido de uma forma provocativa, que fazia meus pelos arrepiarem-se — Você está brincando com o fogo.

— Estou? — Provoco. Roman segura forte minha cintura, sua ereção já se sentia em minha intimidade, e eu não negaria que estava gostando.

— Não deveríamos estar fazendo isso. Você é nova demais.

— Nova demais? — Levanto de seu colo — Por quê parece que você está gostando? Você estava me beijando, Roman. Eu parecia nova para você?

— Foi um erro, Angel — Ele diz calmamente.

— Um erro? Você me trata como uma adolescente, mas é com essa "adolescente" que você beijou pela segunda vez. Ou melhor, porquê não me deixa socializar com pessoas de minha idade? Scott, por exemplo. — Falo. Vejo sua mão fechar em um punho e o mesmo me encarava irritado.

— Você acha que Scott tem sua idade? Aquele desgraçado tem 225 anos e que deveria ficar longe de você.

— Você não decide quem deve ficar na minha vida — Falo, porém admirada com a idade de Scott.

— Porra, Angel! Por quê não obedece uma vez na vida? Você está em perigo, aquele erro de vampiro não sabe nem ao menos proteger você.

— Não fale assim de Scott — Empurro seu corpo, mas parecendo estar a empurrar uma parede.

— Você está gostando dele? — Ele pergunta agora baixo.

— Não é da sua conta — Dou as costas para o mesmo e saio de seu quarto.

Pensava em ir para o meu quarto e chorar de tamanha raiva que eu sentia nesse momento, mas eu precisava saber se Scott estava bem. Seria difícil agora pedir para Heitor me levar, única solução agora seria ir andando, mesmo que Roman não gostasse de me ver sair de casa, pouco me importava agora.

Passo pelo seu quarto e desço às escadas, ao sair pela enorme porta, uma grande ventania bate em meu rosto, não poderia voltar para pegar meu casaco, desse modo correria o risco de ser flagrada por Roman.

Passo pelos portões sem ninguém perceber e vou até ao meio das árvores. Andava pela floresta na noite fria e ouvindo uivos, que à medida que eu me distanciava da mansão, ficavam cada vez mais próximos.

Paro de andar repentinamente ao ver algo passar muito rápido entre as árvores. O medo me consome, pensava ser Brenda novamente. Olho para trás e não se via mais a mansão de Roman e mesmo que eu gritasse ninguém ouviria, ou talvez já estaria morta.

— Você está perdida?

Votem
E comentem.