Sorus e Alexia então desceram a escadaria que levava ao pátio externo da Cidadela.
Dois guardas andavam a frente deles e outros dois andavam atrás deles, Alexia parou.
- Capitão Sorus, isso é necessário?
Sorus olhou-a surpreendido.
- É claro, Senhora Tyler. A senhora não é escoltada quando caminha junto ao seu povo?
- Não. Nunca precisei disso na Terra. Preferia andar incógnita entre a população local. Seria possível?
- Como queira senhora Tyler. – ele voltou-se para os guardas. – Senhores, estão dispensados. Obrigado. Por favor, deixem em meu gabinete – ele entregou seu capacete e o galardão que usava.
Os guardas prestaram continência e se retiraram.
- Está melhor assim, senhora Tyler? – ele postou-se diante dela.
Alexia, então, viu realmente o capitão Castellan pela primeira vez. Ele era tão alto quanto o Doutor, talvez o excedendo em dois ou três centímetros. Os olhos experientes da militar entraram em ação e ela sabia que não havia nenhum peso excedente no corpo do capitão. Resultado de muito, mas muito treinamento mesmo. Os músculos do capitão transpareciam sob a roupa e, numa reação puramente feminina, Alexia apreciou a companhia do capitão.
- Sim, capitão. Mas ficaria melhor de deixarmos de lado as cerimônias. Seu nome é Sorus o meu é Alexia. Nada de Senhora, está bem. – Alexia acenou com a cabeça.
O militar pensou um pouco e respondeu. – Bem, eu poderia chamá-la de senhora Alexia, então.
Alexia considerou a questão. O pobre homem estava acostumado a formalidades e resolver dar um refresco ao soldado. – Está bem. Agora sim podemos conhecer Gallifrey.
Os dois passaram pelos portões, caminhando entre as pessoas. Alexia reparou que as ruas estavam enfeitadas e nas casas, grandes panos colocados nas varandas retratando o grande símbolo idêntico ao que ela tinha visto no grande salão do Panopticon.
- Então, está tudo enfeitado para uma grande festa. O que vocês comemoram?
- É o Festival da Criação. Uma homenagem a Rassilon, um dos fundadores de Gallifrey. Eles determinaram normas e leis que são a base de nossa sociedade. Os Anciãos são reverenciados, mas em relação à Rassilon essa reverencia chega as raias da divindade.
- Nossa! Ele deve ter sido muito enfático na formação de Gallifrey.
- Como assim senhora Alexia?
- Sorus, como você me disse e o Doutor havia me dito há algum tempo. Gallifrey havia saído de um estado primitivo quando os Anciãos estabeleceram a base da nova Gallifrey. Como eles fizeram isso? Como muitas civilizações por ai a fora e na própria Terra isso aconteceu. Um grupo vence, seja em número ou estratégia. E então uma nova sociedade surge.
- É uma forma triste de ver as coisas, senhora Alexia.
- Mas é a verdadeira, não?
O capitão deu um suspiro.
- Quando a verdade é muito crua para se ensinar às crianças, devemos enfeitá-la um pouco. – ele parou e mostrou um grupo adiante.
Alexia viu um grupinho de crianças que brincavam de enfeitar um mastro com fitas coloridas. Isso a fez lembrar-se de sua infância quando ela via outras crianças enfeitando mastros de maneira semelhante durante o Festival da Primavera.
Sorus abriu os braços mostrando tudo a sua volta.
- Aqui é o centro externo da Cidadela. É onde os negócios comerciais se realizam. Embora Gallifrey não seja um planeta comercial, nos dias de festa todas as outras cidades de Gallifrey vêm expor seus produtos.
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Criança perdida - uma fanfiction de Doctor Who
FanficAlexia sabia que não tinha passado, era uma órfã sem berço, mas isso nunca a abalara antes. Mas desde que conhecera aquele homem misterioso e sua incrível cabine de madeira azul, sua vida era uma sequencia de revelações e surpresas. Quem era ele e p...