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Kol Mikaelson

Estamos todos ferrados e Niklaus não percebe o quão perigoso esse confronto com Mikael pode ser.

—Bando de idiotas.—Murmurei virando o copo de bourbon na boca enquanto encarava o jardim vasto de flores.

—Não é meio cedo pra beber?—Sua voz em tom sarcástico me tirou dos meus pensamentos e ela se aproximou.

—Não é muito jovem pra se intrometer na minha vida?—Rebati, tudo o que eu não precisava era de uma pirralha me passando sermão logo de manhã.

—Não é minha intenção, a minha já é complicada demais pra me ocupar.—Ela suspirou e se sentou ao meu lado também encarando o jardim.—Se pudesse tomaria toda a garrafa de bourbon.

—O que tem de complicado em ser uma adolescente que só precisa pedir qualquer coisa para o meu irmão?—Perguntei irônico.

—Minha vida é muito mais do que isso!—Ela retrucou indignada.

—Tá, então cita uma coisa complicada na sua vida.—Ri debochado e Hellen encolheu os ombros.

—Eu...não posso contar, você não entenderia.—Ela confessou cabisbaixa.

—Ah, não? É algo tão terrível que eu não conseguiria suportar?—Indaguei ironicamente afinando a voz e ela me olhou feio.

—Não enche, tá legal?—A morena soltou ríspida.—Ou eu jogo um "Incendia" em você!

—Ui, que medo.—A provoquei.

—Phesmatus...Incendia.—Ela recitou e meu braço começou a pegar fogo.

Tentei apagar desesperado, mas era impossível.

—Hellen para com isso!!—Pedi quase implorando.

—Eu não ouvi o "Por favor".—Ela disse com um sorriso maldoso nos lábios.

—Tá, tá!—Gritei rendido ou viraria carvão.—Apaga a droga do fogo...por favor!

—Não foi do jeito que eu queria, mas tudo bem.—Ela riu e o fogo apagou, suspirei aliviado.

—Você queria me matar, sua praga?!—Berrei vendo o estrago que o fogo havia feito na manga da minha camisa.—Você vai consertar isso.

—Eu?—Ela me olhou fingindo estar incrédula e fez cara de paisagem.—Eu não fiz nada.

—Ha-ha, muito engraçado querida.—Me aproximei dela furioso deixando alguns centímetros de distância.—Não sou o Nik, não pense que vou facilitar pra você.

—Não preciso que facilite pra mim.—Ela me empurrou para sair, mas me puxou junto.

—Onde estamos indo?—Perguntei desconfiado e ela bufou irritada me deixando sem resposta.—Me responde!—Segurei o braço dela sem apertar, mas forte o suficiente para fazê-la parar de andar.

—Quer que eu conserte sua camisa, não é?!—Ela exclamou no mesmo tom que o meu.—Então nós vamos até o ateliê e vou costurar a droga da sua manga!

Fiquei quieto, eu realmente a irritei.

Seguimos andando até o ateliê em silêncio e ela começou a procurar o tecido parecido com o da minha camisa quase perdendo a paciência. Hellen encontrou o tecido com o olhar, mas estava numa parte alta da estante e ela começou a dar uns pulinhos para alcançar.

—Precisa de ajuda?—Perguntei tentando segurar o riso.

—Vindo de você? Nenhuma.—Ela disse quase desistindo de pegar, então se rendeu e ameaçou se virar para pegar a cadeira.

Antes que pudesse se virar fui até Hellen com velocidade vampírica e alcancei o tecido para ela.

—N-não precisava da sua ajuda!—Hellen insistiu irritada pegando o tecido da minha mão e virou o rosto para o lado, em poucos segundos sua pele branca ficou totalmente ruborizada.

—Um obrigado seria suficiente.—Falei com um sorriso convencido, pude perceber que estava perto demais quando minha respiração bateu em seu rosto e vi a pele de Hellen se arrepiar.

—S-sente-se na cadeira, por favor.—Ela pediu indicando a mesma atrás de mim.

Me afastei e comecei a desabotoar meu colete, logo depois minha camisa.

—O que você tá fazendo?—Ela perguntou descendo o olhar para a parte descoberta do meu peito, onde a camisa já estava aberta, mas logo desviou o olhar para o rolo de tecido em suas mãos.

—Você tem que tirar as medidas da manga.—Falei franzindo o cenho como se fosse óbvio.—Você sabe costurar, certo?

—O básico.—Hellen deu de ombros.—Só o que Danielle me ensinou nas horas vagas entre as aulas de piano.

—Já prevejo o desastre.—Provoquei rindo e ela me lançou um olhar mortal, se não a conhecesse diria que realmente é filha do Niklaus.

—Continue com as brincadeiras e eu te furo com a tesoura!—Ela disse pegando a lâmina pontiaguda de cima da mesa e apontando pra mim.

—Deixa pra lá, eu peço pra Danielle arrumar minha camisa.—Soltei um riso debochado e me coloquei de pé na frente dela.

—Faça o que quiser.—Ela me encarou desafiadora.

Fechei minha camisa e peguei meu colete o vestindo.

—Deveria pensar se vai conseguir reverter a situação quando decide tocar fogo em alguém.—Ri passando por ela e saí do ateliê.

Elijah Mikaelson

Comecei a procurar por Kol, Niklaus tem um plano B caso o plano de enfrentar nosso pai não dê certo e me pediu para contá-lo para nosso irmão.
Continuei andando pela casa até que o avistei vindo em minha direção no corredor.

—Elijah!—Ele me chamou com um sorriso suspeito.—Que bom te encontrar.

—O que quer, irmão?—Perguntei abrindo um sorriso e ele fingiu estar ofendido.

—Como pode pensar isso de mim?—Ele indagou sarcástico.

—O que aconteceu com sua camisa?—Franzi o cenho ao ver o pano destruído de sua manga.

—Era sobre isso que eu queria falar, maninho.—Ele riu e revirei os olhos rindo também.—Será que poderia pedir gentilmente à Danielle que conserte minha camisa?

—Depende.—Brinquei e ele arqueou as sobrancelhas.—Se me contar como conseguiu destruir sua roupa nesse nível.

—Tá!—Ele soltou irritado, Kol parecia envergonhado e a situação estava começando a ficar engraçada.—Hellencolocoufogoemmim.

Meu irmão falou tão rápido que não pude assimilar as palavras que saíram de sua boca.

—O que?—Perguntei novamente, afim de que Kol falasse num tom menos inaudível.

—Eu irritei Hellen e a praguinha colocou fogo em mim! Pronto, está feliz agora Elijah?!—Ele bufou irritado e não consegui conter uma gargalhada.

—Perdoe-me.—Consegui contar minha risada.

—Vá em frente e ria de mim, meu dia não vai conseguir ficar pior mesmo.—Ele revirou os olhos e o encarei hesitante.—Não me diga que vai.

—Infelizmente, meu irmão.—Suspirei.—Vamos conversar na biblioteca.

meu original;  kol mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora