capítulo 5 | as deusas devem ter muito senso de humor

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Após comunicar a todos nosso destino, inclusive a "senhora Pane" como ela disse que gostaria de ser chamada, Mark e eu saímos em busca de um barco

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Após comunicar a todos nosso destino, inclusive a "senhora Pane" como ela disse que gostaria de ser chamada, Mark e eu saímos em busca de um barco.

— Ele não tinha dado nenhuma pista? Nenhuma? — ele pergunta.

— Estou tão surpresa quanto você por eu ter deixado essa escapar. — comento.

Estamos em un porto de embarcação, a beira do mar.
Sempre achei curioso Malent ter mar, mas não ter praia.
Aris dorme profundamente no ombro de Mark. Impressionante como ela se apegou a ele, e ele a ela. Mark nunca foi fã de crianças.
Essa viagem tem sido cansativa pra nós, mas pra ela tem sido mais ainda.
Poucas as vezes em que temos o privilégio de ver o sorriso de Aris. Ultimamente ela só tem dormido.
Se bem que acho até bom, considerando que o ambiente tem estado muito carregado de energias negativas.

— É, realmente… Temos um iate disponível. — o homem barrigudo do porto diz. — Mas ele não é pequeno não, é dos grande. E um dos mais caros.

Largo na mesa um saco cheio de dinheiro.
O homem arregala os olhos.

— Fica com o troco. — digo, seca. Então encaro o homem nos olhos tão profundamente que ele se encolhe. — E pra todos os efeitos, você nunca nos viu.

Amedrontado, o homem balança a cabeça positivamente.
Ele nos entrega as chaves do iate. Com um último olhar de ameaça em sua direção, saímos.
Quando nos reunimos no porto, e todos ajudam a carregar as coisas, faço tudo o que posso para evitar ficar perto de Rholan. Pois ele esta com aquela cara. Aquela cara. A cara que ele fica quando quer conversar comigo. E não estou com cabeça pra isso no momento.
Entro na cabine de controle com Mark. Resmungando de raiva pois acabo de ouvir Trixie choramingando que ela vai sentir muito enjôo se Mark não dirigir direito.
Juro por todas as deusas, que nunca encontrei alguém tão irritante e burro.

— Deixa eu ligar! Deixa eu ligar! Por favor! — Aris, com sua carinha mais doce pede a Mark, impaciente.

Mark, totalmente apaixonado e rendido pela criança, obviamente deixa.
Rio comigo mesma. Quem diria… Mark que sempre odiou crianças…
Quando já estamos mar adentro, vou para o quarto que fica logo abaixo da cabine de controle.
Não me dou o trabalho de trancar a porta. Todos sabem que eu estou nesse quarto, e ninguém seria idiota o suficiente para me importunar.
De dentro da mochila, tiro os livros.
Separo Ondas da magia e o coloco sobre a pequena mesa logo ao lado do janela.
Sento na poltrona. Tão confortável que quase solto um gemido. Toco na capa, quando minha atenção se desvja para outra coisa.
O livro O laço hup em cima da cama.
Olho por um tempo.
Não. Seja o que for, não estou interessada em saber.
Decidida a ocupar minha mente com outra coisa, abro o livro do elemento água.
Após ler mais de quatro páginas, e perceber que não prestei atenção em uma só palavra, solto um grunhido de raiva e fecho o livro com tanta força que fico surpresa pelo livro antigo não se desintegrar em farelos.
Maldito seja.
Com ódio puro nas veias, levanto e pego "O laço hup".
No sumário, vejo o título Descoberta do laço.
E xingando Rholan de todas as coisas mais ardilosas possíveis, vou até a página indicada.

Destinada (vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora