A crise existencial de alguém que não tem emprego, essa era basicamente a minha situação. Enquanto olhava pelo vidro do trem no qual estava sentada com os pés esticados para cima, de modo que estava relaxada e ao mesmo tempo tensa, pois como seguiria de agora em diante.
Os currículos deixados em diversas e incontáveis empresas, não obtendo respostas. Definetivamente estava perdida,meus sonhos e objetivos...todos destruídos... Até que talvez por um acaso do destino o trem parou, em subido desânimo por meu previsto azar,este o tivera com problemas mecânicos.Os poucos passageiros foram descendo inclusive muitos curiosos, mas não se abstendo de falar o quanto estavam nervosos por incomodar de seus planos.
Muitos caminharam, outros optaram por esperar o resgate e eu simplismente conferi em um piscar de olhos meu celular que por acaso acabará a bateria. Não restando alternativas exceto continuar o caminho a pé. Mesmo nunca fazendo está trajétoria ou sequer conhecendo aquele ambiente. Já que ultimamente estava saindo de minha cidade natal em busca de emprego.
Após algumas horas andando, avistei o asfalto, tal rodovia não se mostrava movimentada, porém com os poucos carros que passavam por meio aquele local, resolvi encarar a vergonha e a timidez de uma garota andarilha.... Graças ao meu repentino azar.
Ascenei com as mãos em busca de uma boa alma, mas fui surpreendida por respostas frias ao ponto de se passarem reto, sem ao menos parar. Todos, todos passavam reto. Nem ao menos um ônibus ou sequer um táxi havia por se fazer presente.
Desolada e sem esperanças voltei a andar, até que um carro preto, brindando parou metros a frente. O sinal de pisca alerta ligado e uma senhora descendo bruscamente do carro. Não era de meu interesse uma possível intromissão, mas discussões podiam ser ouvidas mesmo dali onde estava.
- Este aleijado não pode agir como se fosse o dono do mundo, não pense que isso ficará assim_exclamava em uma tonalidade de três oitavas acima do normal.
Sua mão se levantou e antes que pudesse terminar seu ato de bater no ser humano que possivelmente se localizava no banco de trás, eu em um movimento instantâneo a empedia com uma de minhas mãos. Está agora olhando nos meus olhos com fúria.
- Que seja, eu me demito..._ grita novamente em uma altura que eu pude sentir meus ouvidos deixarem de ter serventia.
Enquanto a senhora de cabelos presos e roupa social saia aos prantos, não contive um possível sentimento de achar graça e rir, não que fosse engraçado uma sena desumana de se bater em um deficiente, mas o fato dela surtar ao ponto de sair em gritos para longe dali.
- Desculpa_ falei finalmente, ainda sem olhar para pessoa que visivelmente parecia jovem, pois seu braço mostrava-se levemente, junto de um braselete preto com detalhes marrom.
-Por que?_uma doce voz, calma e masculina resplandeceu no banco a minha frente. Talvez fosse bom eu deixar a timidez de lado e olhar nos olhos daquele ser, mas algo impedia me de dar se quer um passo.-Por existir pessoas no mundo ignorantes ao ponto de não respeitarem o próximo..._falo de uma vez e vendo que não obterá resposta, dei alguns passos para trás e anunciei sair de lá.Sem ao menos ver o rosto dono daquela voz calma, daquela mão delicada conforme sua pele resplandecia um branco de neve. Certamente aquele garoto seria albino.
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Um ano depois..A minha vida estava em um modo comum, arrumará um emprego em uma lanchonete. Além disso estudava, sendo o dinheiro suficiente para alugar uma pequena kitnet e um pouco restritivo conforme os horários.
Minha chefe era uma senhora com cerca de quarenta e um anos, porém com um humor de oitenta. Todos os dias ela me fazia varrer e enserar o chão, lavar as janelas e atender os clientes. Nos quais eram bêbados insolentes.Atrevidos.
A poucos dias recebi a proposta de morar com meus irmãos, em uma casa que segundo eles ficaria localizada em um lugar melhor que o "beco sujo" de que morava atualmente. Talvez fosse uma boa ideia, o aluguel subia a cada dia e os meus estudos custavam um dinheiro no qual não tinha, já que arcava com as dispensas sozinha.
Meus irmãos, Haste e Mason, dois garotos de 20 e 21 anos. Ambos cursando Economia e educação Financeira.Eramos filhos de mães diferentes, o que nos permita sermos diferentes.
Haste, um garoto de cabelo vermelho e olhos azuis. Possuía 1.80 de altura, tendo o corpo atlético e dono de uma beleza encantadora.
Mason, um garoto louro, olhos verdes e 1.84 de altura...Assim como Haste, ele também era bonito.
E finalmente eu...a negação da nossa família, eu não era a típica garota adolescente perfeita.
Possuía exatamente 1.60 de altura, cabelos castanho escuro e olhos levemente azuis esverdeados.
A mudança para casa de meus irmãos resultaria em ter de ir em um novo lugar desconhecido. Estes seres haviam comprado uma residência em um bairro nobre, segundo meu caro amigo Google.
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Em quanto isso na Mansão Ryeson uma pequena confusão acontecia...-Por favor, Jovem Mestre Ryeson, necessito que ouça o pedido de seu pai e não tome decisões precipitadas.
-Quem dera o direito de um simples empregado ousar a me dar ordens?
-O questionamento meu senhor, é sobre sua Segurança, pois não é apropriado sair sozinho em seu estado atual._disse referindo se possivelmente ao fato do garoto estar em condições debilitadas.
-Apressio a liberdade, sair com qualquer empregado desta casa me dá tédio e uma constante sensação de ser vigiado por meu pai._disse com lágrimas repentinas nos olhos, o garoto que um dia sonhou com o mundo, hoje em um cativeiro estava.
Vencido pelo cansaço e insistência do empregado chefe administrativo da mansão Lewis, o jovem fora para seu quarto com a ajuda da enfermeira.Infelizmente para o azar do jovem Damon sua saúde após o acidente levou-o muito mais que a mobilidade de suas pernas. Mas também sua dificuldade respiratória, porquanto conforme a batida do carro e as muitas batidas no corpo do garoto que na época possuía 17 anos, alguns de seus órgãos declaram falência em não corresponderem suas funções. Dente eles o coração do garoto que agora possuía uma certa delimitação, além de seus pulmões,que lhe causaram a necessidade de usar um respirador móvel.Especialistas de todas as áreas da medicina o analizaram, mas era sempre a mesma resposta.
"AS POSSIBILIDADES DE SOBREVIVÊNCIA, EM UMA CIRURGIÃ SÃO MUITO PEQUENAS".
O jovem, agora se encontrava em seu quarto.É um fato que após o acidente sua personalidade mudará radicalmente, mas uma chama ainda existia...
Seus olhos ainda brilhavam ao ouvir o nome de um livro de ficção científica, sua chama pelo desdobramento de um mistério era eminente, um aventureiro.Salvo a arrogância para com todos...
- Enfermeira abra a janela, gostaria de ver o que se trata esse barulho repentino._disse com o piscanear do fato de existirem o som de um possível caminhão na casa vizinha.
- Senhor, acho que você terá novos vizinhos e olhe parecem ser da sua idade._disse calma analizando os jovens que auxiliavam as pessoas uniformizadas do caminhão de mudanças.
Dois garotos altos, seguidos de uma pequena garota perante aqueles que a cercavam...
Essa com um livro na mão ignorava totalmente os irmãos.Espera...
-É ela...
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A culpa é do sorriso dele...
RomanceDamon Ryeson costumava ser o típico adolescente atraente e rebelde, sem horário para voltar para casa, sendo esse o motivo de preocupação dos pais. Mas. um dia sua história tomou um rumo diferente, o garoto de 17 anos sofreu o acidente que marcou su...