A culpa é do sorriso dele...

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Lizzy

    O Roteiro estava em minhas mãos, assim como o controle do ar condicionado que por alguma razão ensistia em falhar em seus comandos. O calor daquela noite estava em uma porcentagem intolerante para o meu bom humor, porquanto o ambiente daquele quarto também não estava sendo propício para comigo.  Eram 11:36 da noite, meu quarto estava escuro e refletido um pouco da claridade  advinda das estrelas, já que a janela do meu quarto estava levemente aberta.
      As paredes desbotadas em um azul marinho escuro, cada canto despertava em mim uma certa curiosidade. Está casa foi comprada por meus irmãos cerca de meses  atrás,todavia sua construção rústica caracteriza um ambiente sonelemente antigo. Quantas histórias foram contadas neste lugar? Amores e eternos conflitos melancólicos? São perguntas em que gostaria de saber.... Lembro-me dos levantamentos estatísticos em que tive a oportunidade de coletar informações mínimas sobre este ambiente, livros nos quais ainda não tive a oportunidade de degustar. Porém permanecem encaixados no porão da nossa residência. 
       Tantas coisas mudaram ultimamente, começando por meu trabalho, Damon é um garoto misterioso e persuasivo o que desperta em mim um certo nível de curiosidade. Qual seria as razões para  o sorriso dele despertar em mim um considerado arrepio, infelizmente inegável,  em decorrência de meu constante ego de racionalidade. Algo dentro de mim falava incansavelmente para afastar-me de sua presença para o bem maior de todos, já que jamais poderia eu sucumbir a infâmia de me deixar levar por seus satiricos comentários.
    "Eu serei o seu primeiro amor"
  Damon certamente não poderia ter previsto o meu constrangimento com suas palavras, impacto, reflexão, talvez um pouco de medo de suas palavras tornarem-se verídicas. A Medida em que passamos incontáveis horas juntos e seu modo manhoso desperta em mim sensações jamais antes sentidas. Além disso, ele reparou a mudança de tonalidade de minha pele diversas vezes e em todas prosseguiu com suas insinuantes provocações tais quais consistiam em segurar minha mão ou mesmo beija-lá. Seu  toque era algo diferente e peculiar, talvez ambas as partes gostaria de desvendar os mistérios um do outro...
     Na última quarta-feira, estavamos no salão principal de sua residência a espera da palestra da Senhorita Hiez, doutora formada em psicologia,ela falaria sobre Zygmunt Bauman e seu conceito de modernidade líquida. O termo anteriormente destacado teve suas razões, pois ela jamais falou.
 
     Damon desajustou seu aparelho cerca de quinze minutos antes de sua palestra e eu fiquei encarregada de o ajudar, entretanto quando pus-me a ajuda-lo saímos da sala com a desculpa do reabastecimento do aparelho, logo não voltamos por explicações óbvias:
    Segundo Damon, a Senhorita Hiez apresentaria um seminário na próxima semana no museu de literatura próximo a cidade e o mesmo gostaria de participar.
 
"Jamais seria o mesmo contexto de empolgação as margens de um lugar trancafiado como sua residência, exclamou o mesmo".

    As lembranças de meus momentos com o mesmo trazem certo conforto e aos poucos levemente minhas pálpebras se fecham em um benevolente sono....

  O garoto cujo sorriso era devastador, estava sentado a minha frente movendo a próxima peça de xadrez...

   - É sua vez senhorita Lizzy_fala o mesmo esticando seus dedos em modo de espreguiça-los.
    Todas as saídas estavam fechadas, não havia meios possíveis para se ganhar aquela partida de jogo. Como não pensei anteriormente nas possíveis jogadas estratégicas de Damon. Algo estava errado...
    -Algum problema Senhorita?
  -Todos perdemos em algum momento da vida, admitir derrota não é algo danoso quando se pensa em maneiras de ganhar posteriormente._falo jogando a peça que daria a morte de minha rainha e a vitória de Damon.
    - Você sabe que é bem mais que um jogo que  perdeu Senhorita, não sabe?
    - Eu não entendo...
    -Estou gostando de você Senhorita Lizzy, então peço que  me perdoe...
_fala aproximando-se de mim de modo que nossas respirações se conectem e o espaço entre nós seja preenchido totalmente colando nossos lábios em busca de desvendar os nossos mais silenciosos desejos. Seu gosto era doce, algo calmo e aos poucos fui tomando por mim o que estava fazendo...
   Estava o beijando, aquilo era errado de todas as maneiras possíveis.Penso o afastando de mim com rapidez...
    -Eu não podia ter feito algo parecido_falo tomando consciência  do que havia feito e as possíveis consequências.
     -Você é bem mais que uma jóia para mim Senhorita, então por favor  pare de resistir  ao meu amor.
    Ele fala me envolvendo em seus braços em um abraço.
     - Devoto te as mais belas palavras mesmo que elas sejam insuficientes e ainda que jamais tivesse tocado em você a amaria pela eternidade, pelo simples fato de ser você a dona do meu coração.
    -Damon eu te amo....
  
    -Sou o motivo dos seus sonhos Senhorita?_fala em meu ouvido fazendo com que eu desperte totalmente a consciência e levante em um pulo. De modo que caio no chão lembrando que tudo não passará de um sonho. E que havia uma figura deitada em minha cama esticada.
   -Como você entrou no meu quarto Damon?
    - Seus irmãos não estavam em casa, então pensei em fazer uma pequena visita...
    -Meu quarto está localizado no segundo andar Damon...
   -Meu mordomo me trouxe, mas pularemos está parte e falaremos de a Senhorita susurrar em seus sonhos que me ama.
   -Foi somente um pesadelo_falo deitando ao seu lado da cama...
   - Precisamos conversar sobre muitas coisas Senhorita Lizzy, no entanto gostaria de fazer lhe um pedido.
- Qual?
- Tenho consciência de que você é orgulhosa demais para admitir quaisquer que sejam os teus sentimentos por mim, porém preciso que está noite permita-me ficar ao teu lado.
    Esticando os braços o chamei para perto de mim e acariciando seu cabelos fechamos os olhas para dormir. Mas antes que pudeessemos dormir mim ouço o mesmo falar...
  -Senhorita Lizzy, gostaria de um dia ser merecedor de transformar seus sonhos em realidade....
  

 

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       Atenção: A Personagem "Doutora Hiez" é um nome fictício, porém Zygmunt Bauman e o conceito de modernidade líquida são verdadeiros, caso tenham interesse pesquisem sobre as referências citadas, porquanto este sociólogo é simplismente incrível gente...." Meu conceito de incrível é peculiar, eu sei 😂😂😂".
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