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Alguns dia depois...

Damon

O cenário para um momento perfeito, o jardim estava mais próspero esse ano com flores mais distribuídas e leves vestígios de pétalas ao decorrer do caminho. Lizzy estava preocupada com futilidades que honestamente tiveravam meu tédio, isto é, um trabalho no qual ela representaria uma personagem ou pelo menos estudaria sobre determinado conteúdo e apresentaria para sua turma na faculdade.
Lizzy era tímida na melhor das hipóteses, então seu professor sugeriu sua entrada no curso de teatro, o qual segundo ele influenciaria no desenvolvimento da habilidades sociais da garota. A minha pessoa estava longe de discordar, tampouco fazia piadas sobre sua situação vulnerável em um papel como aquele. Talvez na melhor das hipóteses estaria apenas camuflando meu lado irônico e rindo internamente sem preocupar me com o dia de amanhã.
O motivo seria o mais volátil possível, bem digamos que o seu vestido fizesse grande contribuição para minha graça. Para melhores explicações é necessário explicar que o papel desempenhado pela Senhorita Lizzy seria a de uma nobre garota no século XIX. Tal papel exigiria o estudo aprofundado sobre as etiquetas de época, bem como as vestimentas.

Lizzy falhava miseravelmente em abanar o leque ou qualquer penteado adequado para a ocasião...

Os últimos dias se basearam em um treinamento em seu tempo passado comigo, já que não haveria mais tempo para a mesma praticar o seu papel. O curso de teatro era uma atividade extra curricular, ou seja também lhe ofereceria novos requisitos em seu currículo. Uma das justificativas para a mesmo aceitar minha ajuda. Sua participação é importante, como um ser iluminado presentiei a mesma com vestimentas similares ao cenário teatral aonde ela ensaiaria todos os Sábados, logo após minha seção de terapia.
Não era de meu interesse o convívio social, o julgamentos das pessoas e os olhares de pena são realmente desnecessários, no entanto devo dizer que estou entusiasmado para participar de cada ensaio da Senhorita Lizzy. Vê-lá subir no plano de ensaio com seu modo desastrado parece música ao meus ouvidos ou mesmo a comparação dos mais belos prazeres desse mundo.
- O Senhor Lewis poderia me fornecer a honra de sua companhia em um pequeno passeio pelo jardim?

-Certamente Senhorita Lizzy, mas devo dizer que prefiro o sobrenome de meu pai, Ryeson._falo fazendo uma reverência com a cabeça em uma forma de charme para o contexto de sua sútil forma educada, falo sútil em decorrência ao seu constante modo ironizante para comigo.
As vezes questiono a mim mesmo :" qual de nós é mais irônico em determinada situação..". Penso ajustando meu parelho respiratório novamente em meu nariz. A maior parte do tempo costumo respirar pelo mesmo e a medida que o tempo passa isso passou a significar parte de meu cotidiano. As minhas peculiariedades são de forma engraçadas a composição de quem sou hoje.
-Acredito que as caminhadas no século XIX eram a forma mais exuberante de se cortejar alguém Senhorita Lizzy.
-Ouso discordar, haja visto que modos como caminhar ao ar livre para se conhecer o outro não ficou inadequado ou até mesmo ultrapassado.
-Então, estou sendo cortejado, fantástico! Caso estivesse com consciência teria trajado uma das minhas melhores vestimentas para tamanha ocasião._falo de modo elegante enquanto observava a mesma sorrir com nossa formosura em desempenhar o ensaio de seu papel.

- Eu não me atreveria a cortejar o Senhor meu Lorde, sendo apenas uma simples Senhorita condenada pela sociedade._fala ela ajeitando seu vestido que por ventura havia enroscado em um dos galhos de arbustos presentes no local em que andávamos...
Andávamos.. falo como se minhas pernas funcionassem perfeitamente, trágico.
Tomo uma de suas mãos por minhas e as acaricio em leves toques, inesperados por ambas as partes, confesso que até mesmo para mim está atitude era imprevista, porém necessária.Meus impulsos a tomaram em nome do que estava querendo, desejando ouso falar, ainda segurando sua mão a levo até meus lábios e a beijo curvando minha cabeça em frente ao seu corpo em uma referência simbólica antes de iniciar quaisquer tipo de explicação para este ato a encaro em tentativa de transmitir meus piores desejos para ela.
-Meu sombrio desejo é ouvir da Senhorita as palavras que tanto anseio, de modo que nelas estejam contidas o sentimento em que espero.
- Você não está seguindo o roteiro planejado, estás palavras não estão contidas em meu mosaico de rascunhos._fala a mesma soltando suas mãos das minhas e saltitante a minha frente passou a sorrir ao colher uma flor denominada tulipa vermelha.
- A Senhorita surpreende-me com seu modo descontraído de negar quaisquer possibilidade de correspondência de sua parte em meus mais puros sentimentos.
- Seu bobo, paixões são passageiras e voláteis, somem com o tempo decorrente. Você merece algo duradouro, jamais espere menos do que merece e saiba que a mais bela das obras primas são esculpidas com o mais duradouro tempo.
-Está insinuando que o tempo é a chave para o seu coração Senhorita?
- Como posso ter certeza que você não será como todos os outros garotos passageiros em minha vida Damon?
-Deseja-te uma resposta para sua pergunta e eu desejo sabe-lá,entretanto ainda devo solucionar os mistérios desta sua frase....
-Não há necessidade de uma resposta por hoje...
-Agradeço sua compreensão Senhorita, mas agora me diga o seu tipo ideal de garotos, estes são bonitos como eu?_falo na tentativa de suavizar as tensões ali estendidas anteriormente.
Ouço sua risada em meio ao seu semblante estendendo se ao horizonte em forma análoga a um ser pensante, seria essa uma pergunta complexa ou difícil de ser dita uma resposta exata?
- O meu coração nunca amou alguém...
-Serei o primeiro!

A culpa é do sorriso dele...Onde histórias criam vida. Descubra agora