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Caíque

Depois de muito refletir sobre todas as coisas que eu pensava sobre Emma. Talvez fosse só admiração, por ela ser tão independente e forte. Esses elogios não significavam nada.

Ainda estávamos no campo andando à cavalo. O Sol estava mais brilhante do que como de costume. As flores se agitavam com o vento. O barulho dos pássaros me deixava em órbita. Billy estava animado.

— Então, quais negócios você estava conversando com o meu pai? -questionou Emma, tirando-me dos pensamentos novamente.

— Ele está com problemas financeiros e vou ajudar. -eu disse calmamente

— Como assim problemas financeiros? -ela parou o cavalo dela na minha frente.

Expliquei tudo o que Bruno havia me dito, ela ficou surpresa e desviava o olhar de raiva e surpresa com tudo.

— Eu não acredito que ele deixou isso acontecer. -respirou fundo.

— Não foi culpa dele. Foi desatento, como o contador já estava trabalhando a anos aqui, não tinha porque desconfiar dele. -eu pulei do cavalo e estendi minha mão pra ela descer também.

— Caíque, não precisa limpar a bagunça da minha família -disse descendo

— Durante um ano, ela vai ser minha família também. Como eu disse ao seu pai, isso é como um investimento pra mim. Não se preocupe, está tudo bem e eu quero fazer isso, caso contrário não teria falado nada. -afirmei.

— É o mesmo tanto que você vai me dar para eu me casar com você?

— Um pouco mais -não queria falar sobre números com ela.

— Caíque, sem enrolação ou mentiras. Me conta a verdade, quanto?

— Meio milhão.

— Isso não é um pouco mais, é extremamente mais. Meu Deus eu não acredito nisso

Ela colocou as mãos no rosto e começou a chorar. Parecia desesperada.

— Emma, não quero te ver assim. Por favor -eu a abracei. Ela se encolheu no meu peito e chorava silenciosamente.

— Me desculpa.

— Não se preocupe com isso. -eu não sabia lidar com pessoas chorando- Só para de chorar, está bem?!

— Eu sei que não é nem metade do que ele precisa, mas quero que o dinheiro que você iria me dar, seja descontado do valor que você vai emprestar a ele. -ela disse e logo se afastou

— Não, nada disso. Combinado é combinado. O dinheiro é seu.

— Isso não entra em discussão. -subiu no cavalo -Vamos, preciso colocar a cabeça em ordem.

— Emma! -a repreendi.

— Eu ia usar o dinheiro pra dar a eles, eu sei que o rancho tem muitos gastos e uma ajudinha é sempre bem vinda. Não ia mandar porque estávamos falidos, era pra fazer uma coisa boa por eles. Agora não adianta mais. -deu de ombros.

𝑪𝒂𝒔𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒇𝒂𝒍𝒔𝒐 (𝑪𝑶𝑵𝑪𝑳𝑼𝑰𝑫𝑶)Onde histórias criam vida. Descubra agora