27 - Maratona 3/8

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Caíque 

Quando acordei vi que Emma não estava na cama, procurei ela, mas foi em vão. Assim que desci dn. Fátima me conta que ela havia saído a algum tempo. 

Porque será que ela não me esperou? Poderíamos ter ido juntos ao trabalho.

Fui ao meu quarto, tomei banho, coloquei um terno sem a gravata e fui ao escritório pegar um documento que um dos sócio havia me entregado antes do casamento, mas com toda essa correria eu acabei não lendo ainda. 

- Caíque, trouxe uma salada de frutas pra você! -Fátima entrou em meu escritório com uma bandeja

- Ah, obrigada, mas acho que não vai dar tempo, preciso chegar cedo na empresa. -minha voz demonstrava um pouco de pressa

- Nada disso -ela colocou a bandeja sobre a mesa- coma tudo antes de sair! -falou firme 

- Ok, só porque você pediu com jeitinho -falei debochado e sorri nasalado. 

- Porque Emma não te esperou? -questionou com o olhar atento sobre mim

- Não sei também, acho que ela queria chegar cedo na empresa -dei de ombros, fingindo não me importar e sentei para comer

- Entendo. -me olhou desconfiada

- O que foi? -perguntei

- Nada meu amor, é só preocupação com você 

- Comigo? Porque? 

- Você tem estado diferente, com o pensamento longe, parece mais cansado. 

- Deve ser a correria do trabalho ou a do casamento. Acho que agora eu descanso um pouco. 

- Está na hora de tirar umas férias 

- Vou tirar, assim que tiver tempo -disse rindo

- Você é igual ao seu pai, farinha do mesmo saco -sorriu fraco.

- Espero ser pelo menos metade do homem que ele foi. Só que sem a parte das pegadinhas -eu falei rindo da situação que ele me colocou. 

- Pegadinha? -ela me olhou confusa 

- Ah, coisa da empresa -eu não contei a ela, não porque não confio, mas é melhor muitos agirem como se Emma e eu fossemos um casal de verdade.

- Entendi, se precisar de mim, sabe onde me encontrar. Ótimo dia! -disse me dando um sorriso terno

- Obrigado, igualmente! -retribuindo o gesto

Terminei de comer, fui escovar os dentes e desci pra garagem. Quando cheguei na empresa, haviam alguns olhares curiosos sobre mim, normalmente eu diria que estava acostumado, mas havia a mesma quantidade de quando todos souberam que eu era o filho do dono da empresa. No começo eu não aparecia muito na empresa, só depois de uma certa idade que eu comecei a ajudar nos negócios. 

Acho que os olhares são por conta do casamento com Emma. Eu peguei o elevador e quando cheguei ao meu andar a procurei, mas não a vi. 

Eu fui até a minha sala e perguntei sobre minha agenda para a Natália. Ela me olhou como se eu tivesse com alguma coisa no rosto, um olhar curioso, diferente dos outros, era um olhar confuso, como se não entendesse o que estava acontecendo. 

- Vou precisar repetir? -perguntei sem paciência.

- Achei que você estaria falando comigo aos gritos -disse se levantando 

- Porque eu faria isso? 

- Não sei -ela disse hesitante- como foi o casamento? 

- Perfeito, melhor impossível! -eu disse confiante

𝑪𝒂𝒔𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒇𝒂𝒍𝒔𝒐 (𝑪𝑶𝑵𝑪𝑳𝑼𝑰𝑫𝑶)Onde histórias criam vida. Descubra agora