JJBA - Sangue Fantasma - Universo Alternativo

Sonhos bizarros e o Pai Cruel e Burro

Charlotte procurou ocupar-se de novas atividades dentro da mansão, uma vez que estivesse sem falar com Dio por vários e vários dias. Sempre a noite, utilizava da banheira para poder relaxar, posteriormente usando o famoso escalda pés. Ela sempre manteve um perfeito cuidado com seu cabelo, rosto e corpo. Utilizava de fragrâncias e óleos caros. Entretanto, não era bem vista e aceita por praticamente todas da época, justamente por ser do contrário de como uma mulher deveria realmente ser. Não era meiga ou gentil, sequer perdia seu tempo lendo livros de culinária, ia para a escola e queria ir pra uma faculdade. Vestia camisa e calça, vestimentas masculinas. Seus cabelos são lindos e por mais que muitas a vissem de forma negativa por conta disso, Charlotte vivia com eles soltos e longos, brilhantes e bem cheirosos. Apenas vez ou outra que aparecia com um penteado discreto. No século 19, as mulheres mantinham seus cabelos presos porque apenas seus maridos poderiam vê-las com eles soltos - apenas moças bem jovens poderiam mantê-los soltos.

Charlotte lutava boxe, tal esporte a faz lembrar de quando vivia na Ogre Street e seu primeiro amigo lá, Speedwagon, a ensinou a lutar para poder se defender de qualquer um. Bom amigo, ela se pergunta como ele está nos dias de hoje, e espera que vivo, de preferência. Sente saudades, gostaria muito de o encontrar para conversarem e poder contar das novidades só que não teve tempo de fazer tal coisa no dia em que esteve perto do bairro, porque a polícia ficou lhe apressando quase que o tempo inteiro.
Mesmo com tantos comentários negativos a seu respeito, Charlotte nunca se importou, teriam de aturá-la desta forma gostando ou não. É por isso que Dio gosta da garota, porque é diferente de sua mãe ou qualquer outra mulher da época. Fazia o que queria e como queria, sem esperar que dessem ordens. Algo que vinha irritando Dio, era o fato de ver Charlotte sempre acompanhada por JoJo e conversando animadamente. Maldito seja. Não poderia questioná-la sobre isso porque sequer consegue ter um momento de conversa com a garota, ela o evita o tempo todo. Foi assim por quase dois anos, Dio nunca mostrou desistência porque era a única coisa que não o fazia enlouquecer naquela maldita mansão, tudo era um saco, ter que fingir ser um ótimo aluno, e ser bonzinho. Charlotte já sabia sobre seu eu verdadeiro, para ela poderia mostrar parte de sua real faceta.

Durante a noite de todos os dias, Charlotte começou a ter sonhos muito estranhos que faziam-na sentir-se estranha e um pouco perturbada. O sonho consistia em um lugar amplo, florido e com uma árvore enorme - era um pomar. O cheiro era diferente do real que estamos habituados e conhecemos, além de enxergar a si como outra mulher, esta de cabelos longos e brancos, pequena e usando um vestido branco. Mesmo de costas era possível ver que aquele traje era bem ousado porque nas costas há uma longa abertura que acaba na cintura. O diálogo da mulher era ainda mais estranho. Tinha um homem de cabelos encaracolados de cor preta, mas não era possível enxergar seu rosto e a conversa era sobre morrer e reviver, porque Deus a tinha amaldiçoado e precisaria casar de qualquer maneira para aumentar sua força corporal e conseguir algo melhor reencarnando. Tinha um ano de morte, 1935 ou algo assim. Charlotte acordou com um pulo, ofegando muito e assustada. Nem conseguia distinguir o real do não real. O sonho... Aquilo foi mesmo real? Pegou o copo virado para baixo - acima da mesinha de cabeceira, para encher de água com o jarro. Bebeu devagar, sentindo suas mãos trêmulas. Naquela noite, não conseguiu pegar no sono, permanecendo acordada até o amanhecer.

Com 14 anos conseguiu realizar seu maior sonho. Entrar em uma universidade e está estudando química como planejou. Este foi um dos motivos pelo qual ignorava Dio a todo momento. Ela é a única mulher naquela faculdade, tendo de lidar com comentários maldosos a seu respeito – unicamente por ser do sexo feminino, teve de escutar que saía com os professores e por isso suas notas eram as mais altas da turma. Sempre teve de ignorar para poder seguir em frente, conseguiu completar seu primeiro ano no curso sem muitos problemas, apesar do mencionado. Toda a família Joestar junto do excluído por Charlotte, comemoravam suas notas altas, principalmente George que sentia um forte apreço e orgulho por aquela garota desde que a conheceu anos atrás. A tem como sua filha.