JJBA - Sangue Fantasma - Universo Alternativo

Os Gêmeos

-Eu quero fazer esse peru para que todos provem.

-Para isso os criados trabalham.

-Me deixe cozinhar, Dio. Você também irá comer.

-Não era bem isso que eu queria comer na noite de Natal. – ele sussurrou no ouvido dela.

-Pervertido! - Charlotte afastou Dio de perto de si para que pudesse se concentrar recheando o peru, mas ria do que ele havia dito por que foi engraçado.

-Desde que estamos noivos você ficou assim.

-É complicado resistir. Estou ansioso para me casar com você.

-Sei bem o motivo dessa ansiedade.

-Não é apenas isso.

Charlotte olhou Dio fingindo crer naquelas palavras, sabia que não era apenas isso e que também estava ansiosa para poder casar e ter liberdade que não tem pelo momento.

-Sabe o que fará com sua herança?

-Não. Eu nem poderia imaginar que teria esse tipo de sorte. Preciso planejar tudo, porque não quero futuros problemas.

Charlotte entregou o peru para uma criada que o colocou no forno. Lavou suas mãos para limpar e de lá, foi com Dio para o jardim conversar. Ele pegou em sua mão, puxando-a para mais perto apenas para um abraço.

-Tenha cuidado com esse dinheiro e a mansão.

-Tomarei o máximo cuidado com tudo. – ela encostou a cabeça no peito dele. -E quanto a minha mãe, talvez eu tenha sentido vontade de a conhecer.

-Você sente falta?

-Não posso sentir falta daquilo que nunca tive na vida. - disse Charlotte que o beijou brevemente nos lábios.

-Te adoro... – ela sussurrou, rente aos lábios deles.

-Você me deixa louco... Te quero.

-Eu sinto o mesmo. Na lua de mel poderemos... Finalmente.

-Quero desvendar seu corpo por completo.

Dio a beijou nos lábios com urgência, e finalmente entrelaçaram suas línguas. As mãos do loiro mantiveram-se em seu delicado rosto, até uma delas descer até a cintura de Charlotte puxando-a para mais perto de si.

-Hm... Não. Se controle. - ela afastou os lábios dos dele.

-É difícil, Charlotte. Meu corpo te quer, embora eu tente conter.

-Se alivie durante o banho.

-Só piora. – ele riu.

-Ei! – ela ficou vermelha.

Para tentar fugir daquela situação meio embaraçosa, Charlotte esticou seu braço para pegar uma maçã do pomar, trazendo-a à sua boca para morder um pedaço. Doce e bem suculenta.

-É fascinante seu gosto por maçãs.

-Eu nem entendo o motivo de gostar tanto dessa fruta.

-Talvez você seja proibida como a maçã do Éden.

-O que quer dizer? - perguntou uma Charlotte toda confusa.

-Tem conhecimento, faz os humanos pecarem, peca, é bela e certamente saborosa.

-Pare! – ela ficou vermelha, mas riu.

Charlotte mordeu outro pedaço da maçã, até ofereceu para Dio que recusou. Ela então comeu tudo, deixando apenas as sementes, onde enfiou na terra.

-A sobremesa de hoje para o jantar será um bolo de nozes. E eu que fiz. - comentou toda orgulhosa.

-Nunca pensaria em ver pequenas e delicadas mãos na cozinha. Elas combinam mais segurando uma pistola para matar os lixos indesejáveis.

-Gosta de me ver atirando?

A garota aproximou-se um pouco mais de Dio para entrelaçar seus braços ao redor de seu pescoço. O beijou nos lábios demoradamente.

-Adoro. – ele sussurrou durante o beijo.