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Léo, após ouvir toda a conversa, leva a mão a boca. Não imaginava que seria ele.

- Ele não precisa contar. - Sua voz fez Renan e Renato estremecer.

- Léo. - Os dois dizem juntos, se virando para o menor.

- Carne e osso, e por enquanto vivo. - Cruza os braços. - Não ia me contar?

- Ia. - Coça a nuca. - Quer dizer, não. Eu sei lá.

- Bom saber. - Desvia o olhar pra Renan . - E você nem pra abrir o bico.

- Esse assunto não é meu. - Ergue as mãos.

- Agradeço por ter cuidado de mim, Renato. Mas não preciso mais. - Se vira e começa a caminhar.

- Perai, Léo, também não é assim. - Alcança o moreno - Eu ia te contar, quando você estivesse bem.

- Ah claro. - Ri irônico. - Conta outra.

- Achei que ficaria feliz. - Sua voz sai baixa e magoada.

- Eu ficaria. - Para de andar. - Se você tivesse tido a coragem para me contar.

- Eu ia contar, tá legal? - Passa a mão pelo rosto. - Mas não é fácil.

- Era só chegar e falar "Oi, sou eu o dono dos bilhetes." - Engrossa a voz. - Mas não, além de não contar nunca me disse que seu primeiro nome é Renato!

- Isso não tem importância.

- Tem importância sim! - Diz alto. - Éramos amigos.

- Éramos? - Sua voz falha.

- Éramos. - Diz firme. - Eu me apaixonei por um mentiroso.

- Eu não sou um mentiroso, Léo.

- A não? E o que você é?

- EU SO QUERIA CUIDAR DE VOCÊ, PORRA! - Grita, fazendo o menor.
recuar. - Será que tem como você entender que tudo o que eu fiz, foi pensando no seu bem? Todos os remédios que eu deixei no seu armário, todos os bilhetes, todas as levadas para sua casa, tudo! Tudo foi por você. E não por mim! - Fecha os olhos. - Eu ia contar para você, mas não era o momento.

Léo fecha os olhos e respira fundo. Da dois passos em sua direção e abre os olhos, fixando nos olhos castanhos que agora estão marejados.

- Renato.. - Sua voz sai em sussurro e ele deposita uma mão no rosto do moreno, que fecha os olhos com o ato.

- Léo... - Encosta as testas.

ANONIMATO - Leonato AdaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora