xxii. new history

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JOALIN

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Uma semana havia se passado desde o encontro frustrado com Corbyn. Eu estava oficialmente de castigo e também não podia ir para a escola, enquanto o meu pai não decidisse o meu destino.

Não contente com tudo o que já havia feito, Claire havia contado para o meu pai sobre as minhas fugas durante o castigo e então ele havia enlouquecido.

Demorou alguns dias até que ele pensasse em uma solução e a melhor delas era que eu fosse morar com a minha mãe. Ela fazia trabalho voluntário e por isso morava no Japão há alguns anos e era para lá que eu iria, para o outro lado do mundo.

Eu não queria deixar a Sabina, não queria deixar o Corbyn porém talvez fosse mesmo melhor para mim. Eu ficaria perto da minha mãe e bem longe da Claire e da Lydia e também havia o fato de que ele não sabia que eu era a Joanna então ele não sofreria com aquilo.

Ao contrário da mexicana, que estava há quase uma hora chorando no meu colo e aquilo me partia o coração. Eu e Sabina éramos melhores amigas desde crianças já que nossas mães se conheciam do trabalho, aquela era a primeira vez que eu iria para longe dela e sem nenhuma garantia de voltar, era mesmo doloroso.

- Eu não sei como vou ficar aqui sem você, isso não é justo.

- Você tem o Jonah agora. - Afaguei os seus cabelos pretos brilhantes. - Eu sei que não é a mesma coisa mas podemos fazer chamada de vídeo! De qualquer forma iríamos para faculdades diferentes no próximo ano.

- Não se compara! Ainda estaríamos na mesma cidade, no mesmo país. - Ela soluçou e então eu a levantei, a abraçando apertado.

- Vou voltar sempre que eu puder, não vou deixar você! Nunca. - Sorri e então a trouxe para mais perto.

Sabina era sensível demais e por isso seria melhor que eu ficasse forte, ou ao menos fingisse, para poder consolar a mais velha.

- A sua madrastra é uma bruxa mesmo! Eu juro que não vou deixar as coisas ficarem assim, eu e Jonah vamos contar toda a verdade para o Corbyn!

- Não vai adiantar nada Sabina, eu ainda terei que ir! E de qualquer forma, é melhor que as coisas fiquem assim. - Suspirei e então encarei seu rosto - Eu não quero que ele sofra porque eu estou indo embora, eu prefiro que ele pense que a Lydia é a garota certa.

- Isso não é justo. - Ela soluçou outra vez e então eu sequei suas lágrimas com os meus dedos.

- O mundo nunca é justo, coisas ruins acontecem o tempo todo.

- Eu não queria que as coisas fossem desse jeito, eu só queria que tudo tivesse saído do jeito que nós planejamos.

- Eu também Sabi, eu também! - Forcei um sorriso, tentando conforta-la. - Mas já é tarde, está na hora de começar uma nova história.

𝗖𝗜𝗡𝗗𝗘𝗥𝗘𝗟𝗔 | corblinOnde histórias criam vida. Descubra agora