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Liliane Vianna

Brisa leve de outono, aquele friozinho que é bom mesmo para ficar de baixo dos cobertores, mas essa infelizmente não é a minha realidade.

Acabei de acordar como sempre às 6:00h da manhã, confesso que hoje eu tive que me esforçar muito, mas com muita dificuldade acabei me levantando.

Andei em direção ao banheiro e fiz todas as minhas atividades rotineiras, e depois peguei o meu celular para verificar se alguém havia me mandado mensagem.

Vejo que minha melhor amiga desde a época da escola havia me mandado uma mensagem, o nome dela é Sophia, mas carinhosamente eu a apelidei de Sofi.

Mensagens:

Sofi: Bom dia dorminhoca, acho que é um milagre hoje eu ter acordado mais cedo.

Liliane: Milagre mesmo, por isso que hoje o dia está tão nubrado e chuvoso só pode ser.

Sofi: Tá bom amiga te amo viu, a gente se fala depois, você tem que correr para não se atrasar como sempre.

Ela tem razão, afinal eu sempre estou correndo e atrasada. Não tenho tempo para absolutamente nada, aff minha vida é tão corrida, mas eu amo tanto o que eu faço.

Como sempre eu já havia separado a minha roupa no dia anterior, então fica bem mais fácil para me arrumar, mas ainda sim não dá tempo.

Tomei um banho rápido e após vesti a minha roupa, bem eu não vou para uma balada né?, pois bem meu visual quando se trata de serviço é bem sério e sem graça então não vale a pena entrarmos em detalhes.

Peguei minha bolsa preta de sempre, inclusive eu confesso que estou precisando comprar outra essa está só o bagaço. Caminhei até a cozinha, minha casa é bem pequena, simples e humilde então já vou avisando não espere lá aquelas coisonas.

Eu moro sozinha totalmente, não tenho nem um animal de estimação, apesar que eu amo tanto, mas acho que não tenho tempo para cuidar então acho melhor nem ter essa responsabilidade toda.

Sim, minha vida é bem solitária mesmo. Então digamos que não tem ninguém para eu conversar, a não ser comigo mesma.

Terminei o meu "café da manhã", bem na verdade nem chega a ser uma refeição direito, eu ando tão corrida que todas as vezes tomo uma pequena xícara de café assim mesmo correndo.

Eu pego dois ônibus e o trajeto dura aproximadamente 3 horas isso se não tiver trânsito na estrada, as vezes eu penso " Ah como gostaria de ter um carro", mas ainda me faltam duas coisas dinheiro e coragem.

Depois de muito tempo finalmente cheguei na floricultura marabella nome estranho?, talvez. Eu amo de mais esse lugar sério, ver as pessoas comprando essas flores maravilhosas me deixa tão feliz.

Só tem uma coisa que eu detesto, se chama o dono da floricultura que é um cara mega chato, e métido a besta, que vive dando em cima de mim com segundas e terceiras intenções, eu odeio ele.

Falando em assombração, olha ele aí. Vejo Rodrigo me olhando com um olhar malicioso, desvio os meus olhos no mesmo instante que percebi.

Rodrigo: Sempre tão docê e suave né Lili.

Ele tem mania de me chamar assim, se fosse outra pessoa eu nem me importaria, mas não estamos falando de uma pessoa boa.

Liliane: O que é em Rodrigo?, será que eu posso vender as minhas flores em paz.

Revirei os olhos, eu não costumo ser ignorante mas ele tem o dom de me tirar do sério.

Rodrigo: Amanheceu tão azeda hoje em, chupou limão foi?.

Permaneci calada, e não respondi mais nada.

Rodrigo: Lili, me responde, você sabe o que eu faço quando me deixam falando sozinho né?.

Liliane: Huum na verdade não sei.

Ele veio até mim e do nada me beijou, tentei me afastar dele o mais rápido possível, mas não consegui, pois Rodrigo me puxava cada vez mais forte.

_ Moça, estou atrapalhando em algo?. _ Finalmente chegou um cliente, e Rodrigo acabou me soltando.

_ Claro que não. _ Sorri alegremente, tentando disfarçar o ocorrido.

_ Certo, vou querer esses vasos de flores aqui.

Coloquei em uma sacola e o rapaz pegou, de fato ele é muito lindo tenho que admitir, esses olhos azuis, essa pele bronzeada.

_ Só isso mesmo moço?. _ Estou encantada com a beleza dele mds como que pode?.

_ Sim só isso. Obrigado. _ Ele sorriu, gente que sorriso foi esse, nossa tão lindo.

_ Sou Lili, digo Liliane. _ Espera idiota ele nem perguntou seu nome, pensei comigo mesma.

_ Ah bonito nome. _ Ele começou a rir, deve estar pensando o quanto sou idiota.

Estava tudo fluindo muito bem até Rodrigo novamente enxer o meu saco.

Rodrigo: Lili, o rapaz só pediu as flores, você vende e ele vai embora é só isso entendeu?.

Eu odeio ele, ah um dia eu vou ter a minha própria floricultura aí ele vai ver só esse idiota.

Liliane: Mil desculpas Rodrigo eu só quis ser gentil.

Rodrigo: Menos papo e mais trabalho por favor.

Bem, acho que já deu para perceber o quanto ele é chato né?, e é assim pegando no meu pé todo dia, o dia todo.

Liliane: Por que você só reclama do meu serviço em, não é só eu que trabalha aqui sabia?.

Ele revirou os olhos, nossa que cretino.

Rodrigo: Os outros fazem o que tem de fazer, já você não.

O rapaz que comprou as flores ainda está aqui parado, provavelmente sem entender quase nada.

_ Bem, eu acho que já vou indo.

Rodrigo: Já demorou muito né se manda.

Acho que é por isso, sempre sendo grosso com os clientes, deve ser por causa disso que ele perde as poucas pessoas que vem aqui.

_ Nossa, que moço arrogante.
_ Foram as últimas palavras do gatão haha, após ele virou-se e foi embora.

Bem, e lá se foi outro galã de novela que provavelmente não vai voltar nunca mais aqui e eu jamais verei novamente.

Lili a garota da FloriculturaOnde histórias criam vida. Descubra agora