A educação alimentar compreende algo mais complexo, é um processo, ou seja, além da mudança de hábitos alimentares, existe o aprendizado do que é saudável, mantendo aspectos do indivíduo, é a construção do conhecimento, a vivência.
A educação alimentar e nutricional (EAN) tem por finalidade contribuir para a promoção e a proteção da saúde, através de uma alimentação adequada e saudável, desempenhando seu crescimento e desenvolvimento humano conforme as políticas públicas em alimentação e nutrição (PNAN, 2012).
A educação alimentar pode ter vários objetivos: perda ou ganho de peso, controle do colesterol, da glicose ou até de inúmeras outras doenças e situações que exigem uma mudança na alimentação, como por exemplo, a cirurgia bariátrica. Mesmo que você esteja super-saudável e queira apenas manter o peso, a reeducação alimentar é fundamental, pois hoje já temos total certeza da importância da nutrição no bem estar e na qualidade de vida. A ciência da Nutrição evoluiu muito nas últimas décadas e hoje se sabe que a alimentação, aliada ao estilo de vida (exercício, controle do estresse, tabagismo etc.) têm enorme influência na prevenção e controle das doenças crônicas. No entanto, como o prazer pelo alimento tem um significado profundo em nossas vidas, a reeducação alimentar deve otimizar os hábitos alimentares, permitindo ao mesmo tempo alguns prazeres que têm para nós um sentido especial. E, por isso, ela deve ser personalizada, pois o significado afetivo de um alimento é individual para cada um de nós.
Ao longo da vida vamos construindo nossa história alimentar, com alguns alimentos que têm um significado emocional, familiar ou que nos traz memórias preciosas. Negociar estes prazeres, associando-os a uma alimentação saudável faz parte do processo de transformação que é a reeducação alimentar.
Mudar hábitos não é fácil, mas é possível, sim. Essa mudança deve ser entendida como um processo, com erros, acertos, novos erros e novos acertos, em busca do equilíbrio, sem preconceitos ou culpas sobre o que se come, apostando no bem-estar e no prazer.
A alimentação não deve ser imposta como um cardápio fixo e sem alterações. Antes, ela deve compreender um conjunto de alimentos saudáveis que dão prazer, que estejam culturalmente ligados ao indivíduo, como por exemplo, aquele bolo feito pela avó desde criança. Tudo isso com o equilíbrio necessário e, claro, com muito bom senso.
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Saúde alimentar
Non-FictionBeba, no mínimo, dois litros de água por dia. Consuma alimentos ricos em fibras para reduzir o colesterol e melhorar o funcionamento do intestino. Como exemplo de alimentos ricos em fibras, podemos citar as leguminosas, frutas e cereais e vegetais f...