Capitulo→4

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Luke's POV

"Porra Michael."

"Estás chateado comigo por te ter ganho a jogar FIFA?" O cabelo agora azul-arroxeado, do Michael balançava de um lado para o outro conforme os seus movimentos bruscos.

"Não, estou chateado por teres feito batota."

"E como é que se faz batota a jogar Playstation, génio?"

"Não sei, mas tu fizeste."

"Queres andar à porrada, Hemmo?" Depois da última declaração do rapaz do cabelo colorido eu encolho-me no sofá, e agarro no telemóvel navegando nas redes sociais. Recebo uma mensagem do Ashton a dizer que não irá puder comparecer ao ensaio, visto que está preso no trabalho por mais duas horas, depois de informar o weirdo, que também é o dono da casa, da mensagem do nosso baterista o Calum aparece com um sorriso do tamanho do mundo. Faço um sinal ao Cal para que prossiga com o motivo da sua cara estúpida e quando este o faz, eu levanto-me e vou abraçá-lo juntamente com o Michael.

"Malta, estão a esmagar o vosso ídolo." Eu dou-lhe um leve murro no braço e afasto-me um pouco para que ele nos possa explicar como conseguiu.

"Nunca gostei tanto de asiáticos como gosto agora."O Michael acaba por dizer, brincando com o facto de o Calum ter alguns traços asiaticos. Eu acabo por me rir, enquanto que o nosso baixista manda bocas foleiras.

"Então mas como é que conseguiste esse milagre?" Pergunto, bastante curioso.

"Fácil, falei com um jogador da minha equipa que o pai é o dono do tal café, para que ele o convencesse a deixar-nos tocar em troca de eu o promover para avançado esquerdo." O Calum acaba de falar e o meu coração começa a bater muito depressa outra vez. Vai ser a nossa primeira atuação ao vivo. Mais nervoso que estou agora é impossivel, pois as minhas mãos suadas tremem bastante e o concerto é só no domingo.

"Espera não vais avisar o Ash sobre a novidade?" O Michael pergunta largando o Calum e agarrando rapidamente no seu telemóvel e digitalizando, acabando por pôr em altifalante a chamada para ele.

Calum nega com a cabeça apesar do rapaz do cabelo estranho já estar a telefonar, e depois de três toques a voz do nosso baterista ouvesse:

"Despacha-te estou a trabalhar e o meu chefe odeia que eu atenda nos turnos." O rapaz do outro lado da linha fala muito depressa, mostrando que temos mesmo que nos despachar a dar-lhe as ótimas noticias.

Respiramos os três fundo ao mesmo tempo e depois gritamos para o dispositivo do Michael: "OCALUMCONSEGUIUCONVENCEROCAFEAOLADODAESCOLAADEIXARNOSTOCARLANODOMINGO."

"O que? Não percebi nada, mas vocês estão a gozar comigo?" O Ashton solta um pequeno riso, achando que estamos a gozar com ele. Nós os quatro desatamos a rir, todos ao mesmo tempo. O Michael retira a chamada de alta voz, certamente para explicar a situação ao Ashton com clareza rapidamente, para que o rapaz não se meta em confusões com o seu patrão.
Irá ser o nosso primeiro concerto, de sempre. E se falharmos? E se as pessoas não gostarem de nós? Muitas perguntas passam pela minha cabeça, respiro fundo tentando acalmar os nervos. Olho para o Calum, e agarro na minha guitarra, tinha já de começar a trabalhar. O concerto era domingo.
Tenho quatro dias para evitar passar vergonhas.

Too Late // l•hOnde histórias criam vida. Descubra agora