Capítulo 19

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A Toca

Era uma bela manhã ensolarada e Molly estava preparando o café da manhã, quando se deparou com uma coruja de igreja que pousara na janela de sua cozinha. A sra. Weasley logo notou que se tratava de uma carta vinda de Hogwarts, então apanhou a carta e se dirigiu ao sofá para ler.

Caros Sr. e Sra. Weasley;

É com imenso prazer que, informamos sobre a reabertura da escola de magia e bruxaria de Hogwarts, e com isso o retorno das aulas. É de suma importância que os alunos que tiveram seu ano letivo afetados devido à segunda guerra bruxa, retornem a Hogwarts para a conclusão dos estudos.

Também informamos que iremos realizar uma recepção de Boas-vindas e homenagens às famílias que participaram integralmente durante a guerra. Contamos com a presença de todos os integrantes da família Weasley em nossa festa de volta às aulas no dia 1º de Setembro.

Atenciosamente;

Diretora e professora;

Minerva Mcgonagall.

Assim que terminou de ler a carta, Molly escutou um alvoroço nas escadas. Era Rony e Hermione, que também haviam recebido suas cartas e estavam discutindo sobre o retorno a Hogwarts.

— Mione, você só pode estar ficando louca se acha que eu vou voltar... não quero voltar, eu perdi meu irmão naquela guerra!! — Disse o ruivo enquanto descia as escadas com Hermione em seus calcanhares.

— Ronald, precisamos voltar... você... não vê que precisamos disso para ter algum futuro profissional? — A morena estava de roupão com sua carta na mão, descendo as escadas correndo para alcançar o ruivo.

Molly se levantou e parou à beira da escada para ver o que estava acontecendo.

— Hermione eu não vou voltar, vou escrever para o Harry, e aposto que ele irá concordar comigo, quero só ver o que ele e a doninha tem a dizer sobre isso.. — Disse Rony aborrecido.

— Bom dia, crianças. Vejo que também receberam cartas de Hogwarts. — Disse Molly ao pé da escada.

— Sim, mãe, ah... bom dia... recebemos sim mas... —  O ruivo parou em frente a sua mãe, que o puxou para lhe beijar a testa.

— Hermione está certa querido, vocês precisam concluir os estudos, eu sei que não será fácil, mas seu pai e eu já havíamos pensado nisso e sabemos que é o melhor para vocês.

— Mas mãe... depois de tudo que fizemos... quero dizer... nós salvamos o mundo bruxo, acho que isso já está muito bom para o meu currículo e Harry com certeza irá concordar comigo.

Nesse momento, outra coruja entrou pela janela da sala e pousou no ombro de Rony.

— É do Harry... Rony pegou a carta e se sentou à mesa para ler.

Rony correu os olhos pelo pergaminho e pediu que Hermione se arrumasse para irem ao Largo Grimmauld encontrar Draco e Harry. Em questão de segundos aparataram na sala da casa de Harry, que os esperava.

— Harry!! — Falaram em uníssono Rony e Mione.

— Você recebeu sua carta? E Malfoy? — Perguntou Mione.

— Recebemos, de forma estranha inclusive! — Falou Draco chegando na sala.

— Sim, recebemos a mesma carta endereçada a nós dois, foi estranho. — Falou Harry achando confuso e rindo.

— A minha também foi para Hermione, mas isso é normal, Minerva sabe de tudo. Ela e Dumbledore sempre souberam, agora não ia ser diferente. Mas Harry, vai querer mesmo voltar? Quer dizer... depois de tudo que passamos? Eu acho loucura! — Disse o ruivo indignado.

— Loucura, Weasley? Você acha mesmo que só porque vencemos a guerra não temos mais que estudar ou trabalhar? — Falou Draco se sentando no sofá junto a Harry

— NÓS vencemos a guerra... me lembro muito bem de qual lado você estava... — Disse Rony olhando para o loiro em tom de provocação.

— Rony, para! — Hermione cutucou a costela do namorado

— É sério isso, Weasley? Acha mesmo que eu estava do outro lado? Pensei que confiasse mais no julgamento de seu melhor amigo. — Draco tentou manter a expressão neutra e a voz calma, mas Harry notou que havia desapontamento e culpa em seu olhar.

— OK chega, Rony não provoca. — Disse Harry tentando evitar conflito. — Eu também passei um tempo sem saber o que fazer e sem querer voltar a Hogwarts, Rony, mas estive conversando com Draco e vejo que ele e Hermione estão certos, precisamos disso. Salvamos o mundo bruxo, mas precisamos de trabalhos normais, eu não quero ser visto assim para sempre.

— Eu não me incomodaria... — Falou Rony.

— Harry está certo, Rony. Mesmo que estejamos nos livros de história da magia, eu não quero ser reconhecida por isso. Todos nós sofremos e fomos marcados pela guerra... — Nesse momento Hermione dirigiu o olhar a Draco, que retribuiu docemente seu olhar, então ela voltou a olhar para Rony que ainda estava indignado. - E agora temos a oportunidade de escolher o que vamos fazer pelos próximos anos, uma oportunidade de sermos... normais.

— Ah vamos, Rony. Pare com isso, sabe que eu não irei sem você — Mentiu Harry — Sempre estivemos juntos nas piores horas, algumas aulas chatas e exames bobos não vão separar a gente... vão?

— Eu não acho que os exames sejam bobos...ah... — Começou Hermione, mas logo viu o olhar de Harry sobre ela — ... hum... temos que fazer isso juntos, Rony.

— Hum.. Parece que eu não tenho opção, né? Três contra um. Eu é que não vou ficar sozinho em casa enquanto vocês se metem em confusões em Hogwarts. — O ruivo parecia desanimado encarando os próprios sapatos

— Ah que drama Weasley... — Disse Draco revirando os olhos e se dirigindo a cozinha para ir preparar um lanche para o grupo, afinal, ninguém havia tido tempo de tomar café. — Vou preparar um lanche para a gente.

— Obrigado, Draco. — Disse Harry enquanto observava o loiro se afastar.

— Então seremos um quarteto? — Rony fez uma careta engraçada ao falar e fez Harry e Hermione trocarem olhares.

— Ah, bom... Ele não é tão ruim assim, você sabe. — Harry sorria abertamente

— Dá para notar que ele mudou, acho que será interessante tê-lo no grupo. E Harry terá uma ajuda a mais em poções. — Disse a morena sentada ao lado de Rony

— Ah que ótimo Mione, nem voltamos e você já está pensando nos deveres de poções? — Disse o ruivo desanimado.

— Então vamos pensar no quadribol e como vamos vencer o Malfoy...

— Falando de mim, Potter? — Draco voltava da cozinha com uma bandeja de torradas e frutas. - Fiz umas torradas... hum.. Granger, pode me ajudar com o chá?

— Ah, sim... claro. — A morena se levantou e seguiu Draco até a cozinha deixando Rony e Harry devorando as torradas.

— Obrigado por fazer esses dois cabeça de vento entenderem que precisamos voltar — Disse Draco entregando dias xícaras a hermione.

— Ah não foi nada, eu sabia que conseguiria — A morena se dirigia a porta da cozinha quando escutou algo e voltou a olhar para trás.

— E obrigado pela confiança... — O loiro olhava para Hermione com gratidão nos olhos. Ela acenou positivamente com a cabeça e voltou para a sala.

Os quatro devoraram o lanche e tiveram uma manhã muito animada. Harry e Rony falavam de quadribol enquanto Draco e Hermione contavam sobre os livros que haviam lido. Jogaram algumas partidas snap explosivo e brincaram com Serpens. Antes de se despedirem, Draco mostrou a Hermione sua biblioteca particular, a morena ficou encantada com o trabalho que o loiro havia realizado naquele cômodo tornando o lugar sofisticado e aconchegante. Para Harry aquela havia sido a melhor manhã de todo o verão, ele se sentia feliz e confiante, capaz de enfrentar qualquer coisa se tivesse junto aos três, mesmo que não houvesse perigo iminente.

I wanna ruin our friendship... -DRARRY🌹Onde histórias criam vida. Descubra agora