Prólogo

38 4 3
                                    

Alguns avisos antes de vocês começarem a ler:

1º - As postagens vão ser sábado e domingo.

2º - Esse é o meu primeiro livro, espero que gostem.

3º - Comentários sempre são bem vindos, a única coisa que peço é sempre respeitar o próximo ❤.

--- * --- * ---

Minha esperança só vai morrer quando o último suspiro sair de minha boca. - J. L. Nile

--- * --- * ---

Desconhecido

Acordo sentindo uma pontada fortíssima na cabeça e algo viscoso descer do rosto para minha barriga. Abro os olhos lentamente e a escuridão continua, tento levantar, mas infelizmente algo prende minhas pernas e braços. O cheiro forte de carniça é insuportável e torço para que não esteja saindo de mim.

— Onde estou?Murmuro baixinho sem conseguir lembrar de nada.

Sons de passos fortes se fazem presentes e por instinto fecho meus olhos. Algo afiado toca minha perna e tento ficar o mais parada possível por dois motivos: Não me cortar e não demonstrar que estou acordada. 

— Ela está dormindo. — Uma voz grossa afirma para alguém.

— Tem certeza? — O "alguém" é uma mulher com voz firme.

— Sim. 

Por qual motivo estou aqui? Quem sou eu? O que fiz?  Como sou? — Questiono-me mentalmente e a dor piora.

— O chefe ficará puto se algo acontecer. — A voz grossa fala após um tempo quieto e logo em seguida corta o que me prende.

— Que peninha. — A outra responde após rir.

Eles vão embora e eu faço a única coisa sensata: fujo.

Saio correndo pelos cômodos do que parece ser uma casa e assim que chego do lado de fora a claridade me cega por alguns instantes, olho ao redor e vejo que estou em uma floresta. O que diabos estou fazendo aqui? Acho que nem Deus sabe!

Paro de correr e começo analisar cada pedacinho, o cheiro de carniça desapareceu, o que é ótimo, o céu está alaranjado indicando o final da tarde, o vento balança cada vez mais forte as folhas e galhos ao meu redor e o som de água correndo me trás sede.

Começo andar em direção ao som da água, e tenho a sensação de que nunca irei chegar. Minha garganta começa a arder, minhas mãos tremem e uma sensação de queda invade o meu ser. Tento falar algo, mas nada sai.

Não posso apagar, não posso apagar — Repito o mantra em minha mente enquanto sigo o som delicioso.

A tontura aumenta, a garganta aperta ainda mais e a esperança vai sumindo.

— Cadê essa água? — Meu subconsciente pergunta extremamente irritado.

Sim! Desde a hora que acordei naquele local asqueroso, meu sub ficou falando comigo. Posso estar louca? Uhum, mas é ele que dá força para continuar.

O vento quebra um galho da árvore e o mesmo atinge meu braço cortando-o. 

Droga.

Acho que já se passaram cinco minutos e nada da água, penso em desistir, mas minha consciência não deixa. O som da água correndo fica mais forte e corro como se minha vida dependesse disso (e depende).

Passo por duas árvores gigantes e avisto o riacho logo em seguida, tropeço em uma pedra que fica na margem e a última coisa que sinto é o baque do meu corpo contra a água.

--- * --- * --- 

Quem será que está narrando o capítulo? Hahaha

Espero que vocês gostem do livro.

Até sábado ❤

21•02•2021

The BeastOnde histórias criam vida. Descubra agora