uma menina simples passa maior parte do tempo na biblioteca, não pensa em meninos, mas isso pode mudar com a chegada de um professor substituto, uma historia de romance adolencente!
Parecia dizer em um tom preocupado, então, ele se abaixava para certificar-se de que estava realmente bem, parecendo esperar uma resposta, já que, bem... Ainda me mantinha no chão apenas a lhe encarar.
– Si-Sim... E-Estou bem.
Ele estendia a mão para poder me ajudar a levantar e não recuso, pegando em sua palma gélida, me erguendo, mas não o soltando, pois ainda estava presa no tom vibrante de seus olhos carmesim, mas assim que voltava à consciência podia o soltar e tentar organizar o uniforme bagunçado pelo impacto.
– Me desculpe por isso, eu não a vi chegar... És meio, pequena... Naquele momento, ele me olha e aparentemente nota minhas bochechas ficarem mais avermelhadas.
– Eu não sou pequena... Te-Tenho 1,58, ok? Percebo ele segurar um riso frouxo que saía pelo canto do lábio.
– Tudo bem, desculpe-me, chiisai.
O sinal toca, ele parece voltar à realidade e fecha o sorriso que antes tinha em meio à face, assim apenas o vejo ir e levar junto a si aquela sensação estranha que rodeava meu peito... Mas bem, não iria me aborrecer com isso, então reviro os olhos, saindo de lá. Percebendo não ter mais tempo para ir à biblioteca, sigo caminho até a sala, sentando no meu lugar habitual próximo à janela, onde sempre buscava inspiração para meus desenhos, ainda mais por ter uma visão direta e privilegiada da bela cerejeira, que tanto diziam ser um ponto romântico na escola. Mas, para um bom desenho, devia-se ter uma música ideal! Então era isso que fazia, colocava os fones enquanto ficava em meu mundo particular à espera do professor substituto.
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O destino não podia ser mais traiçoeiro, me fazendo sentir aquela sensação estranha novamente, mas isso até notar que o jovem de mais cedo entrava em minha sala, iriamos estudar juntos? IMPOSSÍVEL! Muita coincidência para um dia só!
Bem, ele já parecia ser esquisito e piorava tudo quando se sentava na cadeira do professor. Aquilo era naturalmente considerado desrespeito, então haveria um grande problema para todos se o docente chegasse vendo que um aluno simplesmente se apossou de seu lugar. Os outros entraram na sala após o sinal novamente tocar, dando início aos minutos da matéria, mas aqueles que entendiam meu pensamento, tentavam o convencer a sair dali, mas parecia ser um garoto rabugento e sem expressão alguma que apenas os ignorava completamente, até que me olhava como se tentasse fugir das vozes alheias. E quando meus olhos se encontraram com os dele, ficava rapidamente corada, como se fosse impossível desviar, era como um grande ímã me atraindo... Mas aquela magia diabólica pôde ser quebrada quando a diretora adentrava a sala, todos se sentavam, gerando um clima constrangedor...
A diretora ia à sua posição, chegando ao centro, próxima do quadro e dizia em bom-tom: – Bom dia a todos, creio que alguns já devem saber da atual situação, a professora infelizmente sofreu um terrível acidente... Oramos por ela, mas nossos queridos alunos não podiam ficar sem a matéria. O comitê de responsáveis junto ao Grêmio estudantil decidiu então por ocupar o horário com alguém que a substituísse, até seu retorno, lembrando que, para qualquer problema, sabem onde me contatar... Bem, agora o deixarei com vocês.
