Nos assustamos com o barulho do sinal, logo eu volto à realidade, ele não se afasta, mas minha vergonha é explicita, então me afasto e me viro de costas, sinto os braços do professor em volta de mim e, com um sussurro em meu ouvido, sinto minha pele se arrepiar.
- Me desculpe, chiisai
Aquelas palavras me levaram para outro lugar, eu não ligava mais para os olhares, naquele momento só o que importava era como ele fazia eu me sentir, o toque que arrepiava minha pele, como se a cada minuto meu corpo e meu coração desejassem mais a presença dele... De repente, percebo que aquele momento nada mais era do que minha imaginação fluída, então apenas desviava o olhar de seus olhos.
Não queria fazer o professor se sentisse estranho, não por esse momento, não pela minha imaginação fértil e repentina.
Ao segundo toque do sinal, apenas me afastava sem dizer nada, correndo pelo corredor para a sala de aula, meu coração estava frenético e eu não entendia minha própria cabeça. Eu não conseguiria dizer nenhuma palavra para ele, só precisava sair dali.
...
A aula se passa com normalidade, Tanaka sensei explica a matéria de literatura e logo entrega um trabalho para tal para sua próxima aula, era algo em base de um antigo texto, no qual ela lia em seu doce bom-tom.
- Certo dia, um espírito belo estava à beira de um lago do deserto, sozinha sonhava em cultivar aquele espaço, até que então, ao seu lado, outro espírito surgira... Inicialmente se estranharam, mas mesmo sem conhecer um ao outro, decidiram juntos plantar uma pequena semente estranha. E ali eles ficaram, resguardando-a, em meio ao mais quente dia e à mais gélida noite. Quanto mais o tempo passava, mais um pequeno fio surgia da semente, tal que os conectava. Ao se cativar e cultivar aquele pedaço de terra, mal sabiam que dali se tornariam apenas um.
De repente, escutamos o sinal tocar e os alunos se retiram da sala.
...
O tempo passava tão depressa que logo me vejo no final da última aula do dia. Foi difícil me concentrar, não tirava da cabeça o que tinha acontecido, também não queria levantar da carteira, pois sabia que, ao voltar para o dormitório, Osana iria querer falar sobre o professor novo e todas as outras novidades, eu sei que não teria cabeça para isso... Então, era melhor esperar algumas horas antes de ir para meu dormitório.
Frustrada e confusa, abaixo a cabeça na mesa, contudo, logo ouço a voz de Osana a me chamar, até em meus pensamentos ela estava? Não... Aquilo eram realmente passos, tais que se aproximavam. Como ato de fuga, olho em volta e decido me esconder debaixo da mesa dos professores, ali não tinha como ela me ver.
Só que, me surpreendo quando a cadeira da mesa é puxada e alguém se senta nela, mas a pessoa apenas me percebe ao sentir seu pé tocar meu joelho, que estava no chão. Ao me notar ali, ele olha para baixo da mesa surpreso. Logo em seguida, sem me dar tempo de explicar, Osana na sala.
- Ah! Saikou sensei, o senhor viu uma aluna chamada Ozu Alita, ela estuda nessa sala, tem cabelos longos e é meio baixinha.
Ele me olha discretamente debaixo da mesa, meio vermelha, aceno não com a cabeça, então ele foca seu olhar em Osana e, depois de um curto tempo, ele fala:
- Não, infelizmente não a vi.Ela bufava um pouco descontente por não encontrar nenhuma pista da amiga.
- Urf... Obrigada, sensei. - Ela sorri e sai da porta, ainda me procurando.
Espero um pouco ela se afastar, daí respiro fundo como se tivesse sido salva, contudo, a voz do professor ocupa meus ouvidos.
- O que faz aí, chiisai? - Ele pergunta, parecendo preocupado, podendo sair da cadeira para que eu possa fazer o mesmo.
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O começo de uma aventura
Randomuma menina simples passa maior parte do tempo na biblioteca, não pensa em meninos, mas isso pode mudar com a chegada de um professor substituto, uma historia de romance adolencente!