How to Fix a Brokenheart #2

4➷ Trouble Trouble

Dave

As malditas aulas infelizmente iriam começar, o que por um lado é ruim já que é a escola e isso fala por si só, mas o lado bom é que era uma ótima distração e um passatempo para mim. Teena invadiu meu quarto no momento em que meu despertador tocou, abrindo as persianas automáticas, fazendo com que a luz do sol batesse direto no meu rosto. Ugh.

— Mais cinco minutos.— resmungo.

— Nem mais um minuto, Thomas, te conheço bem, você vai levar uma hora para se arrumar e mais uma hora só se olhando no espelho. — ela diz, beliscando meus pés.

— Ai! Você faz parecer que eu sou um narcisista. - reclamo, não tendo escolha a não ser levantar.

— E não é?

— Já chega, você está demitida. — murmuro de brincadeira.

Ela ri.

— Não pode me demitir de novo, é a terceira vez em três dias. Agora chega, se prepare.

— Sim, senhora.

Teena deixa o quarto quando tem certeza de que estou de pé, e me arrasto para o banheiro antes que eu durma nessa mesma posição. Talvez eu tenha demorado um pouco para me arrumar mais nada de duas horas como ela tinha dito, claro que dei uma olhada rápida para meu reflexo sexy no espelho, e só então saio. Desço as escadas para o café da manhã encontrando meus pais já à mesa. Ótimo, que azar.

— Bom dia. — eles dizem, parecendo que foram programados para isso.

— Bom dia. — digo como de costume e me sento lá.

São apenas alguns minutos de profundo silêncio, meu pai mantém os olhos em seu iPad provavelmente vendo as notícias, minha mãe, tem os fones de ouvido no máximo enquanto escuta quem sabe um de seus mantras matinais.

— Tente não se envolver em problemas esse ano, vai ser difícil o suficiente te colocar numa faculdade decente depois do escândalo que você se envolveu ano passado. — meu pai comenta de forma monótona sem erguer o olhar.

O escândalo em questão foi eu ter sido levado a força, mantido preso, ameaçado e ter presenciado um assassinato. Claro, obviamente eu pedi por isso tudo, estava na minha lista de diversão passar por aquela situação do caralho.

— Talvez esse ano eu ponha fogo no colégio, ou sei lá.

Ninguém se dá ao trabalho de dizer nada sobre minha provocação.

Bom, hora de ir.

•••

Na entrada dos portões distantes do campus tinham vários fotógrafos de sites de fofocas, isso nunca tinha acontecido antes, mas acho que depois do ano passado todos estão de olho na St. Peter para ver se mais algum escândalo sai daqui.

Bem, os seguranças estavam por toda parte. Passei minha chave de acesso e pude entrar, enquanto os flahses explodiam do lado de fora. Estacionei em meio aos carros de luxo, nos primeiros dias os novatos sempre queriam ostentar o que tinham, ou quem eles eram, isso é burrice e no fim do dia eles vão aprender a lição sobre isso.

Assisti as primeiras aulas no modo automático — principalmente quando essas aulas não tinham nenhum dos meus amigos — apenas fiquei lá tentando não dormir. Início de ano sempre era chato, como se nada de útil acontecesse.

Ou melhor, pelo menos não até a hora do almoço.

— O que aconteceu? — eu pergunto chegando a nossa mesa de costume.