7➷ Cracked Walls

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Dave

  

    Alguma coisa definitivamente não
estava certa.

    Naquele dia cheio dei algumas voltas depois de deixar Ellie em casa, já que ela insistia em continuar na minha cabeça, eu estava voltando a minha rotina de pensar nela de um jeito que com certeza não deveria e aquilo era a droga de um mal sinal.

Dirigi por aí antes de ir para casa, minha meta era chegar tarde o suficiente para apenas ir dormir, minha cabeça não precisava de nenhuma besteira e amanhã eu poderia lidar melhor com o sermão da minha mãe. Porém, quando cheguei em casa não escutei nenhuma palavra ruim dela, embora o clima entre todos presentes estivesse de certa forma carregado. Desde que não me culpem por nada eu posso lidar com isso, mas as coisas ficaram ainda mais estranhas quando minha mãe — a mesma que me mudou de colégio há um dia — me perguntou se eu queria voltar para a St. Peter.

Eu a olhei com curiosidade, ela não costuma voltar atrás de suas decisões, talvez eu tenha pegado pesado no café da manhã mais cedo? Embora eu tivesse apenas dito a verdade e duvide muito que qualquer merda que eu diga afete a estátua de pedra que ela é.

— Por que isso do nada? — perguntei.

— Você disse que queria ficar com seus amigos.

— E desde quando minha opinião faz diferença? — perguntei normalmente, era uma dúvida real.

— Apenas responda, Thomas. O que você quer?

Eu queria voltar para a St. Peter, é óbvio, mas eu precisava de algo que me prendesse, e no momento minha curiosidade estava voltada para a Cali Prep, especificamente para aquelas garotas, a do chá e a prima delatora dela. Tenho um fascínio por qualquer coisa que me prenda, que me estimule e me deixe interessado. E somente por isso eu posso aguentar um pouco mais, talvez com isso eu tire da minha mente coisas que não deviam estar lá.

— Mais uns dias não vão me fazer mal.

Ela ergueu uma sobrancelha, surpresa com minha resposta.

— Eu estou falando sério, se você quiser voltar organizarei tudo para amanhã.

Isso é estranho.

— Fica de boa, não vou fazer merda nessa escola nova, — embora já tivesse feito — O nome da família vai ficar intacto. O St. Peter pode esperar.

E com isso, subi para o meu quarto. Pensando em o que fazer para me aproximar dos meus alvos.

•••


    Os próximos dias na escola eu me mantive empenhado, não só em não me meter em confusão, mas me misturar e descobrir mais sobre aquelas garotas.

— Tudo o que sei é que Lia foi transferida ano passado no meio do semestre e o pai dela é um falido miserável, a Cassidy sempre estudou aqui, o pai dela é aquele artista famoso Milo Cross, que está recluso há anos e dizem que ele não sai do quarto desde que a esposa morreu.  — a garota diz. Ashleigh era a garota com quem a monitora de corredor fofoqueira me viu, poucas conversas com ela me fizeram perder o interesse, algo sobre o tom que ela usa, como por exemplo esse de agora.

Tenho uma vaga lembrança do nome desse cara, acho que já ouvi Chris falar sobre os quadros dele e como ele era um gênio das artes. Mas no momento meu foco é a outra garota, Lia, e não a prima dela por mais irritante que tenha sido ela ter me dedurado.

— Tá e a que foi transferida, você não sabe mais nada?

— Ninguém sabe e ninguém se importa, ela veio do seu colégio, não era você que deveria saber alguma coisa? — ela dispara. Ok, tudo bem eu não presto atenção em cada alma viva que estuda naquela escola — Ela não fala com ninguém a não ser com a esquisita da Cassidy.

How to Fix a Brokenheart  #2Onde histórias criam vida. Descubra agora