Cap. 3

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  Any Gabrielly – Quarta-feira

O dia está bem corrido, tipo muito mesmo. Vou resumir como foram esses dias.

No domingo eu fiquei o dia inteiro em casa, e nos outros dias trabalhei muito. Ontem fui pagar meu aluguel e quase fui assaltada.

Flashback on
Sai do trabalho 00:25, recebi e fui pagar o aluguel pro Sr. Jones não vim atrás de mim de novo. A casa dele fica do outro lado da cidade e como amanhã trabalho não tem como levar amanhã, e claro tive que ir andando.
Paguei Sr. Jones e quando estava na esquina da casa dele uma moto parou do meu lado. Nessa hora eu vi tudo muito rápido. Ele pediu a bolsa, e eu estava sem reação não fiz nada e ele pegou uma a, eu só lembro de ter coberto Luiza, ele começou a gritar comigo e eu estava em choque, foi aí que o Josh apareceu, e não me pergunte como porque eu não vi, o cara foi em bora, depois disso eu entreguei Luiza pro Joshua e me permiti chorar. Quem fica parada em um assalto?
Depois Josh me levou pra casa e me acalmei.
Flashback off

Hoje estou mais calma. Preferi esquecer isso e seguir em frente.
Estou saindo do trabalho pra buscar a Lua, comer alguma coisa, estou verde de fome, vou passar comer antes porque já estou tonta.

-professora: Luiza está chorando sem parar, achamos que possa ser cólica- meu coração de mãe ficou a mil, fiquei muito preocupada.

-onde... onde ela está?

-professora: vou busca-la- eu fiquei andando de um lado pro outro até ela voltar- aqui está- diz me entregando minha filha aos prantos.

-muito obrigada- digo saindo.

Em quatro meses sendo mãe eu nunca vi minha filha chorando desse jeito. Sentei em um banco próximo e tentei dar de mama mas nem isso ela queria. Meu deus do céu o que eu vou fazer, estou me sentindo uma péssima mãe por não saber o que fazer. Decidi deixar ela em pé no meu colo. Levanto e vou indo lanchonete, ela vai se acalmando aos poucos e eu vou indo pro trabalho.

-oi Saby.

-Sabina: amiga que cara é essa?

-Luiza está com cólica, eu nunca vi ela chorar o tanto que chorou hoje, me senti... me senti não, estou me sentindo péssima por ter comido algo que fez ela sentir dor.

-Sabina: calma, fica calma, ela já está bem, vai passar, e não é por isso que é uma péssima mãe.

Enquanto não tinha muita gente na lanchonete fiquei com ela no colo, mas agora que ela dormiu e começou a chegar mais gente, vou coloca-la no bebê conforto. Foi só eu por que ela começou a chorar de novo.

-Edgar: ou você controla essa criança ou... sei lá o que sou capaz de fazer- diz meu chefe em um tom bravo.

-ok vou lá fora com ela um pouco.
Eu poderia dar um remédio a ela, mas está em casa e não tem farmácia por perto. Já fazem 20 minutos que ela só resmunga. E se eu pedir pra ir pra casa mais cedo? Legal, é isso que vou fazer.

Entrei na lanchonete e todos os meus amigos estão aqui.

-Bailey: como está Any?

-nem eu sei, Saby vou pedir pra ir pra casa, eu vou por ela no bebê conforto e ela vai chorar, pode deixar ela chorar eu já volto.

Viro as costas e só escuto ela chorar. Bato na porta e espero meu chefe abrir a porta.

-Edgar: fala

-é... eu queria pedir... se eu poderia... ir pra casa mais cedo...

-Edgar: você sabe que eu não sou estressado, mas hoje eu estou, então vá logo antes que eu mude de ideia.

-obrigada, até amanhã.

Graças a Deus.

-amém, estou indo pra casa.... ah desculpa Noah e Josh nem falei com vocês.

-Josh: não tem problema você estava ocupada.

-Sabina: eu peguei ela e ela parou, é cólica mesmo, e alias o que você comeu pra ela ficar assim?

-eu comi um bolo cheio de cobertura, nunca mais como isso enquanto estiver amamentando- pego Lua do colo da Saby- tchau gente até amanhã, e Saby não deixem eles dirigirem se beberem demais.

-Sabina: deixa comigo, e se cuida.

Nunca sai do trabalho tão cedo. Vou pra casa 'correndo' porque ver ela sentindo dor é agoniante. Maldito bolo qu...

-Josh: eu te levo pra casa- aparece do nada.

-um dia você me mata, eu... se fosse qualquer outro dia ou qualquer outra situação eu negaria mas hoje eu preciso aceitar é muito ruim ver ela com dor por minha causa.

-Josh: então vamos-diz pegando a bolsa do meu braço e abrindo a porta pra mim.

Em 10 minutos já estava em casa, dei o remédio pra ela e enquanto não fazia efeito dei um banho quente. Dei mama pra ela, indicações do Josh, eu estava com medo dela ficar com cólica de novo, mas acabei cedendo. Agora que ela dormiu vou fazer janta pra mim e pro Josh.

-obrigada por me trazer até em casa.

-Josh: não precisa agradecer sempre que precisar vou estar pronto pra te ajudar- sorri tímida.

[...]

-Josh: Gabrielly... posso te fazer uma pergunta?- diz colocando comida no prato.

-claro, da outra vez eu te enchi de perguntas, você está no seu direito.

-Josh: é... você me perguntou se eu fazia faculdade... você fez ou tem vontade de fazer?

-no ano que eu iria fazer aconteceu muitas coisas, meu pai ficou mau teve que ir pra um asilo, eu engravidei, e não deu pra eu fazer.

-Josh: entendi, iria fazer faculdade do que?

-sempre quis ser cantora ou dançarina mas acabei desistindo quando minha mãe faleceu, se um dia eu conseguir fazer faculdade eu penso em fazer psicologia ou algo do tipo- ele escuta tudo com muita atenção- me desculpa acabei desabafando demais.

-Josh: não tem problema, isso é bom, e quero te conhecer melhor- sorrio envergonhada- também perdi minha mãe.

-eu sinto muito... tem irmãos?

-Josh: tenho um irmão mais novo, ele quis ser livre e foi em bora com 16 anos, e você?- livre? O que ele quis dizer com isso?

-não, sou filha única, mas sempre quis ter irmãos.

-Josh: eu era muito próximo do meu irmão, as vezes conversamos mas não como antes- ele recebe uma mensagem e se levanta rápido- eu... tenho que ir, desculpa mesmo por não te ajudar aqui.

-sem problemas- vou com ele até a porta, o pego de surpresa quando o abraço- fica calmo, não precisa correr, dirige com cuidado pra não se machucar.

-Josh: pode deixar- diz e vai em bora.

Ele esconde algo, ele é inseguro, não sei, sinto que preciso conversar com ele, fazer amizade, me aproximar, faze-lo confiar em mim. Vou tentar fazer ele contar, amanhã converso com ele.


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Eu vou postar os capítulos proximo as duas e meia (14:30).

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