Cap. 21

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Josh Beauchamp

Nós tentamos esquecer as coisas mas nem sempre dá certo, fiquei muito tempo sem falar com meu pai mas hoje criei coragem e vou falar com ele, irei mais tarde depois do horário de trabalho dele, Any que me deu coragem de ir, ela até se ofereceu pra ir comigo mas disse que conseguiria sozinho, eu acho que consigo, talvez esse tempo longe tenha feito ele mudar.

Deixei minhas garotas em casa e fui pra minha antiga casa, estava nervoso mas não queria demonstrar, quero mostrar pro meu pai que eu sou mais forte, sou o homem que ele nunca achou que seria, e eu acho que iria chorar, mas como a melhor pessoa desse mundo disse "pessoas fortes choram" e hoje antes de sair ela me repetiu isso, "sei que está inseguro e com uma vontade tremenda de desistir e chorar, eu já te disse uma vez, os fortes choram e eles são fortes porque demonstram o que  sente e você vai estar fazendo isso, de expressando, então não tenha medo e se sentir medo coloque tudo pra fora', eu não poderia pedir uma pessoa melhor pra viver comigo.

E perdidos em pensamentos cheguei na casa do meu pai. Desci do carro e toquei a campainha.

-Margareth: oh meu filho que saudade- me abraça.

-eu estava morrendo de saudades suas também- nos soltamos- meu pai está?

-Margareth: ele ainda não chegou, vamos pra cozinha acabei de tirar um bolo do forno- sorri e fomos pra cozinha- conte-me o que está fazendo?

-sou professor de dança e minha namorada é de canto e de dança também, Any, aquela que veio aqui da última vez que vim.

-Margareth: me lembro, mãe daquela doce menininha, ela deve estar enorme.

-e está, fez um aninho a uma semana atrás, vou te mostrar um vídeo dela- pego meu celular.

Mostro um vídeo da Luiza andando até mim com um ursinho e no final ela fala 'papaiiii'.

-Margareth: que coisa fofa, e ela te chama de pai?

-sim, foi a primeira palavra dela, e é uma honra ser chamado assim.

-Margareth: quer que ela saiba que você... não é...

-quero, ela merece saber, quando ela começar a entender contarei.

-Ron: tenho visitas e nem fui avisado, o que te trás aqui?- pergunta naquele tom de soberba dele.

-vim conversar, podemos ir no seu escritório?- ele concorda.

-Ron: sobre o que veio conversar?
Aquela puta te largou e veio pra casa do papai de volta?- fala com soberba e cerro os punhos.

-ela não é puta, pense muito bem antes de falar dela, e não, nunca vou voltar, achei que depois de tanto tempo você mudaria mas pelo jeito não. Eu vim falar da minha vida, como ela anda, dou aulas de dança, tenho uma casa, um carro, uma namorada incrível e uma filha, eu assumi a responsabilidade de cuidar de uma criança, de deixar ela me chamar de pai, e quero muito que ela se orgulhe de me chamar de pai, porque eu me orgulho da filha que tenho, diferente de você, não se orgulha de mim, e eu presto muita atenção nas suas palavras, atos, tudo, pra eu não fazer igual, porque eu não quero que meus filhos se sintam como eu me sentia morando e trabalhando com você, escondidos no quarto, controlando a respiração por causa da minha ansiedade, e olha você nem sabia que eu tinha, quero ser amigo deles, quero que eles tenham livre e espontânea vontade de escolher uma faculdade, seja ser um empresário, um dançarino ou qualquer outra coisa, eu sinto pena de você, você não sabe o que é ser pai, você não é, nunca foi, mas eu sou, e eu tenho medo de fazer alguma coisa errada e você não, você só fala sem pensar nos meus sentimentos- respiro fundo- eu tenho pena de você, meu sogro é mais meu pai do que você. E não eu não iria falar isso pra você, eu ia sentar e conversar civilizadamente mas você não sabe conversar, então eu vou em bora e ficar com minha família.

Virei as costas e sai, dei um tchau rápido pra Margaret e entrei no carro, não derramei uma lágrima, estava bravo, triste, com raiva, tudo meio misturado.
Fui  pra casa meio perdido.

Parei o carro na garagem e entrei em casa, ainda segurando a maçaneta e olhei pra Gabrielly e eu soltei todas as lágrimas que eu pensei que nem segurava, e ela veio me abraçar.
Ela não disse nada apenas me abraçou, e esperou eu me acalmar, e só quando eu me acalmei nós se soltamos, ela foi pra cozinha buscar uma copo de água mas logo voltou, bebi a água acredito que seja com açúcar pelo gosto adocicado, e decidi contar pra ela tudo.

-Any: não vou dizer que foi o certo o que você disse mas foi o certo- dei risada meio as lágrimas.

-só você pra me fazer sorrir nessas horas.

-Any: agora você precisa tomar banho, está suando e está tenso, quer que eu leve Luiza pra tomar banho com você ou quer ficar um tempo sozinho?

-não, quero minha pequenina comigo e se quiser também...

-Any: vou buscar sua pequenina então- ela vai pro quarto da Lua e vou pro nosso quarto.

Entro no chuveiro me molhando, logo escuto minha pequenina me chamando, sorrio olhando pras duas na porta, ela me estica os bracinhos e pego ela, logo Gabrielly entra também, minha família é meu tudo mesmo, não sei como seria minha vida se não entrasse naquele bar com o Bailey e o Noah e visto aquela linda mulher acariciando sua barriga quem nem dava pra ver se futuramente iria crescer e dali sairia uma pequena menininha, que agora é minha filha.

Saímos do banho e fomos jantar, Any esquentou a comida do almoço e jantamos, fomos assistir Moana, Luiza ama, fala que é ela bebê e a mãe quando a Moana fica grande, o que é verdade parece muito, terminamos o filme e fomos dormir.

[...]

Hoje é quinta, dia 9 de outubro, aniversário da Any, encomendei flores, e vou fazer panquecas com morango de café da manhã, ela disse que não queria viajar então passaremos em casa, o pessoal vai trazer bolo e cada um vai trazer um prato de comida pro almoço, só temos aula as três da tarde, temos um tempo pela frente, e a noite será só nossa.

Vou pro quarto da Luiza que já acordou faz um tempo, deixei ela no quarto com meu celular e fui buscar a bandeja com o café, pego Lua no quarto e entramos devagar no quarto onde a Any está dormindo, ela engatinha até a mãe e dá um beijo na bochecha dela.

-Luiza: oi mamãe.

-Any: oi meu amor, bom dia vida- me dá um selinho.

-nós trouxemos café pra melhor aniversariante do mundo.

-Any: huum que delícia, eu amei, amo vocês meus amores.

Tomamos café nós três juntos, Any deu banho em Luiza e ficamos na sala até que.... a campainha tocou e ela abriu tendo a visão de todos nossos amigos e meu sogro, eles estavam com chapeuzinhos de festa e Saby estava com um bolo nas mãos, eu vou até a porta de mãos dadas com a Luiza e ela fica parada na porta sem reação.

-Sina: parabém amiga, eu te amo muuuuiitooo- abraça Gabrielly e em seguida todos à abraçam.

Almoçamos, ela abriu os presentes, e quando deu a hora tive que levar minha pequenina na escola.

A tarde passou assim todos juntos, em família, fomos trabalhar e os alunos também quiseram cantar parabéns pra Any, voltando do trabalho fizemos o que tinha pra fazer, tomamos banho, jantamos, Any amamentou e fez Luiza dormir e depois.... ah vocês sabem o que aconteceu né...



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