Capítulo 89

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Coloquei uma calça, uma blusa de manga fina, arrumei umas roupas na mochila, calcei meu tênis, prendi o cabelo em rabo de cavalo, passei perfume, escovei os dentes e fiz uma make leve.

Saí do quarto, dei uma olhada no quarto de visitas e nada do meu irmão, peguei dois toddynhos e um biscoito, enfiei tudo na mochila, tranquei a casa e chamei o elevador. Chegando na portaria e o cara que substituía o seu Antônio estava assistindo tv .

Gabs: boa noite moço, se um rapaz do 407 chegar aqui fala pra ele que eu fui dormir na casa da minha amiga ok? - ele anotou e assentiu

xx: a senhora vai sozinha uma hora dessas? - saiu de dentro da guarita - meio perigoso não acha, quer eu a acompanhe?

Gabs: Não fica ruim pro senhor? Só vou pro ponto de ônibus.

Xx: não, é pertinho senhora, não demora muito eu lhe acompanho.

Disse trancando o portão e saindo junto comigo, fomos o caminho conversando, por sorte o ônibus que eu iria pegar estava passando bem na hora então eu me despedi dele e subi no ônibus. Coloquei meus fones, comecei a mandar mensagens pro Jonas

Whats

Gabs: Jhon, tô indo na Iza
rolou uns problemas lá
e ela ta precisando de mim

Gabs: juízo, cuidado no volante
e encapa esse pinto pq eu não
quero ser tia !!

Gabs: te amo
amanhã eu apareço aí
beijos 💕

Ele nem visualizou. Quando estava quase chegando liguei pra Iza, nem fodendo eu subiria aquele morro andando.

Então ela disse que o Coringa iria me buscar pq ela tava numa tal de UPA, sla, enfim, desci do ônibus e logo o avistei de braços cruzados com um casaco preto, encostado a um poste, caminhei rapidamente em direção a ele.

Gabs: eii, boa noite - disse sem jeito

Coringa: Boa.

Disse todo frio, me murchou na hora

Gabs: vamos?

Ele assentiu e fomos andando, pro tal UPA,  que por sinal era pertinho do ponto de ônibus, três ruas depois. Nesse meio tempo não trocamos nem um "a".

Ah quando descobri que o UPA era um pronto atendimento tipo um hospital só que menor. Chegando lá a Iza estava sentada num banquinho mexendo no celular.

Gabs: oi meu amor - eu a abracei e ela suspirou

Iza: Que bom que está aqui!

Sorriu já com lágrimas nos olhos e eu a abracei

Gabs: me conta direito o que aconteceu.

Ela começou a me contar, e percebi que o Coringa também prestava atenção na conversa.

Ficamos conversando sobre isso um tempão mas acabamos cochilando, quando já eram umas 4:00 eu despertei e o Coringa falava com o médico

Médico: então sendo assim ele vai pra casa hoje, vou só assinar a alta, mas tô liberando ele porque você sabe né... Mas ele tem que tomar todos esse remédios... - entregou uma receita a ele - ...e nos horários certos... - ele assentiu - ok, estou indo lá assinar a alta dele.

Ele assentiu novamente e o médico saiu

Gabs: posso ver?

Estiquei a mão e ele mostrou a lista de remédios.

Gabs: Caramba... - tinha muita coisa ali

Coringa: Muita coisa né, mas como são os horários disso?

Sentou ao meu lado e eu comecei a explica-lo, logo o médico chegou com o C3 numa cadeira de rodas apagado

Médico: como é de sua vontade leva-lo, vão ter que esperar o anestesia passar em casa.

Disse um pouco sem jeito

Gabs: tem problema não doutor.

Ele me olhou breve e não disse nada, o Coringa foi na frente para levar o C3 pro carro e eu acordei a Iza

Gabs: Ei amor vamos? Ele já está no carro - ela me olhava meio sonolenta

Iza: bora.

Levantamos e saímos dali direto pro carro ela foi atrás, com o C3 e eu na frente com o Coringa, fomos o caminho em silêncio.

Chegamos a casa deles, levamos o Caio pro quarto de hóspedes que ficava na parte de baixo da casa ( seria foda levar ele por essas escadas ), eu arrumei a cama para coloco-lo a Iza marcou no celular o horário do remédio e deixamos ele lá dormindo.

Iza: tô morta!

Resmungou enquanto subíamos as escadas

Gabs: Eu imagino.

Abracei seu pescoço, entramos no quarto e eu tomei um banho rápido pra tirar aquele cheiro do hospital, vesti o mesmo pijama que eu usei em casa, me joguei na cama e dormi antes mesmo da Iza sair do banho.

Aconteceu No Morro {EM REVISÃO!}Onde histórias criam vida. Descubra agora