Capítulo 3

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Coringa : Virou viado é ? – ele botou o dedo na boca e gemeu –ih alá, que me dá – rimos

C3 : agora é sério, mermão, o baile vai tá o fluxo, só os melhores Mc’s e o estoque tá lotado, só vai dar lucro – sentou no sofá

Coringa: compareceu hein cumpadi - fizemos um toque – Chamou quem ?

C3: TH, LIVINHO, JOÃO, DAVI, POSE o resto fica prós paredão – bolou um e acendeu

TH : caralho C3, compareceu pra caralho irmão

Ficamos bolando um e organizando as últimas pro baile, tá que ainda falta uma semana, mas tem que deixa tudo pelas ordi, vai que rola imprevisto. Terminei as paradas na boca e fui pra casa da minha veia, tinha minha casa mas a da minha mãe nem se compara.

C3 : corôa, ainda tem rango aí to mortão de fome – cheguei na cozinha

Sônia (mãe): tem sim - Saiu da cozinha, toda estranhona, ela não é assim

Coringa : o que deu nela ? – perguntei pra Izabelle e fui esquentar meu almoço

Iza: ela viu o vídeo da Liliane

Ela odeia esse tipo de coisa, pq ela imagina com a gente a dor que uma mãe passa vendo umas coisas dessas.

Iza: se eu fosse tu, comia na tua aí, depois tomava um banho pq tá fedendo a sangue e droga, aí a noite iria conversar com ela, e outra ela já chorou a beça – terminou de lavar a louça

Coringa : mas é a lei Iza, minha lei, fez bagunça com meu morro paga, tem essa não porra! – bati na mesa e ela se assustou

Iza : eu tô ligada Caíque, mas minha mãe você sabe como é – deu de ombros

Coringa: depois eu falo com ela – coloquei meu prato e comecei a comer

Iza : hein amorzinho da minha vida – sentou no meu colo

Coringa : fala logo, quer dinheiro né ? – ela riu e me mandou lingua

Iza : me leva na facul amanhã – sorriu de orelha a orelha

Coringa : tem que aprender a dirigir logo hein parasita – ela me deu um tapa – tá eu te levo, que horas ?

Iza : tenho que está lá 7:00 – levantou

Coringa: caralho Izabelle, não tinha como fazer isso a tarde não !? – bufei e ela riu

Iza : jamaaais!! – ela riu e saiu da cozinha saltitando e eu dei risada .

Eu mato e morro por essas mulheres da minha vida, não tem aquele que pise e que maltrate, tá pra nascer, posso viver rodeado de piranha, mas nenhuma delas chega aos pés dessas duas aí não, muito menos se criam, até pq elas nem deixam mesmo. Terminei meu almoço, lavei as paradas e subi pro meu quarto, tomei um banho daqueles, coloquei uma cueca boxe preta, passei desodorante, perfume e fui pro quarto da minha mãe, de cueca mesmo.

Coringa : mãe ? - Botei a cabeça pra dentro e ela estava mexendo no celular sentadinha na cama

Sônia: entra Caíque – parou de mexer no celular e eu entrei – fala – ela tá muito puta

Coringa: foi mal pelo vídeo, mas são minhas leis mãe, são leis do morro, todo mundo sabe disso- sentei na calma

Sônia: leis um caralho, Caíque, você imagina o sofrimento da família ? Não, não imagina! Meu filho, e se fizessem isso com sua irmã, se ponha no lugar daquela família - começou a chorar

Coringa : nunca vai acontecer, eu nunca vou deixar nada acontecer com vocês, eu dou a minha vida, dou tudo o que eu tenho por vocês. Não chora mãe, só tenta entender o meu lado – abracei ela

Sônia : eu te amo muito meu filho não quero te perder e nem que algo de ruim aconteça com você – ficamos abraçados até a porta abrir

Iza : momento família feliz e ninguém me chama, seus putos – pulo encima da cama e entrou no abraço

Sônia : eu amo vocês minhas pestes.

Ficamos conversando sobre o baile de aniversário dela, sobre a faculdade da Iza e depois colocamos um filme e passamos o resto da tarde assim.

Aconteceu No Morro {EM REVISÃO!}Onde histórias criam vida. Descubra agora