A Pedra Filosofal - Pt.1

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P.O.V. S/n

Hoje é quatro de junho de 1991. Tenho dois minutos até meu aniversário de onze anos.

Um minuto... trinta segundos... dez segundos... cinco... quatro... três... dois... um...

Cinco de junho. Feliz aniversário. Pra mim.

Escutei duas batidinhas fracas e curtas na porta escura do meu quarto.

- Com licença, senhora, Dobby veio entregar uma carta que chegou para você. Feliz aniversário, senhora S/n. - Olhei para baixo observando a criaturinha, com suas roupas de trapo e todo maltratado. Eu não podia ser amigável com Dobby na frente de alguém da minha família, mas quando ninguém via eu o tratava bem, o melhor que podia. Como ele merecia.

- Obrigada, Dobby, mas não me chame de senhora, somos amigos. - o elfo assentiu com um sorriso animador, me olhando com aqueles enormes olhos de bolas de tênis, entregando o envelope amarelado em minhas mãos. - Entre, venha dormir. Só tome cuidado para não ser visto por meus pais. Eu prometo te fazer um elfo livre um dia, Dobby.

- Muito Obrigada, S/n - Dobby sorriu de novo, e entrou no quarto, se deitando na cama que eu havia improvisado para ele.

Fui a janela, colocando a carta à luz da lua, para ler o que dizia.

S/n Malfoy
O menor quarto do segundo andar
Mansão Malfoy
Wiltshire

Virei a carta, abri o fecho vermelho escarlate e li a primeira folha da carta.

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts

Diretor: Alvo Dumbledore (Ordem de Merlim, Primeira Classe, Grande Feitiçeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional dos Bruxos)

Prezada S/n Malfoy,
Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em 1° de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall
Diretora Substituta

Eu tentei não me animar demais com aquela carta, mas a ideia de ficar longe de casa me deixava ansiosa.

Passei a minha vida toda ouvindo meu pai contar histórias para meu irmão sobre a escola. Meu pai ama meu irmão, por que Draco acredita nas doutrinas que ele impõe, e o obedece. Além de ter certeza que ele vai para a sonserina. Draco não é ruim comigo, nunca foi. Ele só se deixou levar por tudo que meu pai prega, e para agradar ele, Draco me ignora e me evita, e as vezes acaba sendo um pouco grosso. Meu pai é o único exemplo de Draco, é difícil ir contra isso, contra a própria família. Ainda mais com onze anos.

Mas eu vou. Não acredito em meu pai. Muito menos nessa doutrina de puro-sangue que ele prega. Desde que comecei a ser capaz de ter minha própria opinião e me opor a ele, meu pai começou a me bater e me colocar para fazer serviços pesados em casa, junto com Dobby (que também não merecia), e coisas desse tipo.

Me deitei na cama macia, colocando a carta na mesinha ao lado. Adormeci com a luz do luar batendo contra meu rosto e escutando o ronco fino de Dobby. Adormeci imaginando como esse pode ser o melhor da minha vida.

(...)

- S/n? - ouvi uma batida na porta, respondi com um resmungo, e em seguida minha mãe entrou no quarto. Dobby já havia saído.

Eu e você - S/n e Harry Potter Onde histórias criam vida. Descubra agora